domingo, 25 de janeiro de 2009

VÁRZEA ALEGRE NOVAMENTE EM EVIDÊNCIA

Já fiz um artigo intitulado VÁRZEA ALEGRE EXISTE? Na oportunidade foi postado no blog Memórias de Idomar Taufner. Vejo-me no dever de aprofundar no assunto para provocar a população dessa localidade encravada no atual Distrito Alto Santa Maria, um dos distritos que integram o Município de Santa Teresa, no Estado do Espírito Santo. A nossa Várzea Alegre existe de fato, desde o século XVIII, quando a localidade foi colonizada por duas famílias de lusos brasileiros – Damasceno e Lima. A família “Damasceno”, possuidora de grande gleba de terras, como era dito, uma sesmaria. A essas terras foi dado o nome de “Fazenda Várzea Alegre”. Daí a origem do nome com que é conhecida toda a localidade, abrangendo inclusive a sede do distrito.
Quando o Município de Santa Teresa teve seu território dividido em distritos, coube ser agraciado com o nome de Alto Santa Maria do Rio Doce a essa porção de terras que compreendia Tabocas, Alto Tabocas, Barra do Tabocas, Barra do Rio Perdido, Vale do Rio Perdido, Santo Hilário, Vale do Rio Santa Maria, São Paulo do Rio Perdido, Córrego Frio, Itanhanga, Pedra Alegre, Alto Várzea Alegre, Várzea Alegre, Serra do Toma Vento, Caldeirão de São José e Alto Caldeirão. Devido à antiguidade do nome praticamente todo o distrito, em certas épocas, tornou-se conhecido apenas como “Várzea Alegre”, talvez pela simples razão de que o nome dado ao distrito de “Alto Santa Maria do Rio Doce” não tivesse base em nome escolhido pela população – o nome foi imposto pelas autoridades municipais, tudo leva a crer.
Há pouco tempo o Município de São Roque do Canaã se tornou emancipado, ocupando território desmembrado do Município de Santa Teresa. O território restante sofreu nova divisão distrital em que foram mantidos os distritos de Vinte e Cinco de Julho e São João de Petrópolis. Foram criados os distritos de Santo Antonio do Canaã e Alto Caldeirão resultante do desmembramento de parte do território do Distrito de Alto Santa Maria do Rio Doce, passando este a denominar-se “DISTRITO DE ALTO SANTA MARIA”, simplesmente. Foi mantida a jurisdição territorial do Distrito-Sede.
Não se pode crer que tal denominação do distrito, simplesmente Alto Santa Maria, os legisladores o tenham feito intencionalmente para criar embaraços à população dos munícipes habitantes desta faixa territorial, talvez tenham cometido cochilo legislativo, deixando nome que confunde com duas localidades capixabas: Alto Santa Maria, no Município de Santa Maria de Jetibá e Alto Santa Maria no Município de Marechal Floriano. Fosse hoje acrescentada à antiga extensão “DO RIO DOCE” poderia prestar uma forma de distinção das demais localidades também chamadas “ALTO SANTA MARIA”, entretanto, depois de muito refletir e pesquisar não encontrei registro de qual a origem para o nome da localidade denominada “CALDEIRÃO” . Mas fazendo uma ilação do significado literal da palavra caldeirão, posso formular a hipótese de que se tratasse de uma panela grande – um caldeirão. O que teria feito com que dessem tal nome à localidade. Observando do alto das montanhas de Várzea Alegre, tem-se a idéia de que estejamos diante de uma panela grande, um caldeirão. Neste caso, Várzea Alegre deveria chamar-se Caldeirão? Isto é óbvio, mas quando se nomeia uma localidade, o que pode validar o nome é a manifestação da população expressa na maioria apurada em plebiscito.
Uma hipótese viável seria a reaglutinação do Distrito de Alto Santa Maria do Rio Doce e manter este nome; outra seria após a aglutinação renomear o território, chamando-o de “CALDEIRÃO DO RIO SANTA MARIA”, ou “ALTO CALDEIRÃO DE SANTA MARIA DO RIO DOCE”. Qualquer que fosse a nova denominação, nomes como Várzea Alegre, Caldeirão de São José, Tabocas, Alto Tabocas, Santo Hilário, Barra do Rio Perdido, Vale do Rio Perdido, Córrego Frio, Itanhanga, Pedra Alegre, Serra do Toma Vento seriam mantidos. Só a localidade de Alto Várzea Alegre poderia ter seu nome trocado por Pedra da Onça, ou Alto Pedra da Onça.

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