sexta-feira, 29 de maio de 2009

MAIO DE 2009

Nem os festejos do Dia do Trabalho, universalmente comemorados neste primeiro dia do mês, motivaram a população para celebrar. Notícias outras ocorridas no mês anterior e, outras pretéritas, nada foram de conteúdo diverso: a violência continuou costumeiramente tomando conta dos noticiários sob forma de assassinatos, roubos, estupros e acidentes de trânsito e a revolta da natureza (erupções vulcânicas, terremotos e chuvas diluviais). Pobre humanidade! Além das epidemias que assolam todo o planeta (gripes aviária, suína, dengue, ebola e...). Parece mesmo que o fim está a cada momento mais próximo: é o Apocalipse chegando!?
Se no trânsito, um sem fim de atropelamentos, colisões, quedas em abismos, incêndios e explosões ceifam diariamente grande número de vidas; a violência urbana não dá tréguas: são assassinatos por motivo fútil, latrocínios, infanticídios e outros (a maioria) são debitados ao tráfico e consumo de drogas ilegais. A natureza se insurge cobrando alto preço, devastando riquezas e vidas.
Lá na Ásia, a nação coreana do norte desafia o mundo explodindo artefatos nucleares e disparando foguetes na direção de países vizinhos, prometendo realizar ataques a outros países. Uma guerra nessa região poderá dizimar milhões de vidas. Por que tudo isto? Acaso alguém contabilizaria algum lucro? Por acaso com a paz, não seria mais racional a utilização dos recursos globais?
Hoje, aos vinte e nove dias do mês de maio, pode-se ter visão realista do que será o restante dos meses deste ano de 2009.
Além desse panorama sombrio acrescente-se ainda a crise que assola todas as economias do planeta, que provocou irreparáveis perdas ao universo empresarial, queda na produção de bens, de empregos, de tributos; enfim de toda a riqueza mundial.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ABRIL DE 2009

Mal passou o primeiro de abril, sem quaisquer pegadinhas e quaisquer mentiras para justificar a fama desta data, já recebíamos notícias sobre o agravamento da enfermidade da minha cunhada Demétria. No mês passado, no dia 23 de março ocorreu o falecimento do senhor José Sório, pai de Carlinhos, Penha e Naildes, além de avô dos meninos Gabriel e Matheus, filhos da falecida Cidelene. Isto foi apenas o início de uma sequência de fatos que viriam a ocorrer no transcurso deste mês. A seguir, vivíamos o estresse dos preparativos e das providências que tomávamos para concretizar nossa mudança para apartamento maior: tudo devia ser meticulosamente planejado, pois em trinta dias iríamos nos transferir para essa moradia, quando não faltaram providências para pintura desta unidade, acompanhada de reparos hidráulicos e elétricos. Alguns itens deviam ser repostos; enquanto que outros careciam reparos. E assim comprava materiais, tomava providências de religação da conta de luz, transferências de telefones e troca de endereço postal nos vários cadastros de onde recebemos jornais, revistas e das fontes pagadoras. Com todo o estresse, o tempo passava célere, parece mesmo que corria a passos largos.
Repentinamente na manhã do dia nove, uma ligação telefônica procedente de Fundão, trazia a notícia do fim trágico de um atropelamento que vitimara mortalmente nosso compadre Paulo Demoner. Enquanto isso, Demétria permanecia hospitalizada, desde que a visitamos anteriormente, permanecendo com o estado de saúde se agravando progressivamente.
Fizemos uma visita ao funeral do compadre Paulo, velado na Câmara Municipal de Fundão, reinando ali estado de comoção generalizada entre parentes, vizinhos, colegas de trabalho e outras pessoas da comunidade. Não tivemos como assistir ao sepultamento, pois outros compromissos urgiam celeridade.
Retornamos e continuamos na faina habitual desses dias; não podíamos desperdiçar tempo, pois os prazos eram implacáveis conosco. Teríamos nada mais que um mês para desocupar o apartamento do Edifício Atlantic Tower´s. Essas providências, a prazos predeterminados contribuíam para a exacerbação do estresse físico e psíquico – uma situação que se agravava com nossa condição de idosos na terceira idade – que melhor idade coisa alguma! A pior idade com certeza!
Enquanto isso, paralelamente os noticiários davam conta de uma possível pandemia de uma gripe denominada de “suína”. Em muitos países a tal gripe se alastrou e a OMS (Organização Mundial de Saúde) não poupava previsões pessimistas (grande parte da humanidade poderia sucumbir em massa, pois esta foi uma previsão mais grave que a esquecida “gripe aviária”. Mas este assunto, tal como o grande terremoto previsto para a costa oeste dos Estados Unidos, também é uma previsão dos cientistas de plantão que vaticinam epidemias devastadoras, que culminariam com a supressão de milhões e milhões de vidas.
Enquanto isso, como soi acontecer, os jornais escritos, radiofônicos e televisivos despejavam sangue por todos os lados: pessoas estraçalhadas impiedosamente nos acidentes de trânsito, assassinadas cruelmente com armas brancas, com armas de fogo, estrangulamento, atiradas de cima dos prédios, em latrocínios, em suicídios e outras causas não específicas. Não é exagero dizer que corriam rios, formavam-se lagos e mares de sangue!
Neste dia, 13 de abril de 2009, eu prestava auxílio na cozinha (preparava um purê de batatas. Repentinamente aconteceu que a panela que se encontrava no fogo atirou-se violentamente, espalhando molho com leite, manteiga e cebola pela cozinha afora. Logo, a seguir, soou o telefone, avisando que Demétria acabava de falecer. Minha esposa comentou: - certamente sua comadre passou por aqui para lhe pregar um susto! Mera coincidência, mas o ocorrido deixou um ar de coisa misteriosa, talvez um aviso (deve-se acreditar nisso?). No restante do dia cuidamos de deslocarmo-nos a Várzea Alegre para participarmos dos funerais da minha cunhada, cujo encerramento ocorreu ás 11 horas do dia 14.
Retornamos a casa, aonde nos aguardava muito trabalho para ultimar as providências preparatórias para nossa mudança de endereço, fato que veio a ocorrer no dia 24 deste mesmo mês e ano.
Abrindo os jornais, nada era diferente do que fora nos dias, meses e anos anteriores. Infelizmente vê-se que maio prossegue repleto de notícias de acidentes com veículos automotores, aeronaves, barcos e navios, também terremotos sacodem regiões remotas do planeta, causando mortes, mutilações, deixando famílias incompletas. Agravam ainda notícias sobre a possibilidade guerras pelo mundo afora e uma guerra silenciosa, cujo inimigo é o minúsculo “aedes aegypit”, causa baixas numa epidemia de dengue e a saúde pública se sente incapaz, apesar de tantas providências, de vencer esta guerra não declarada, real e mortífera.
Comparando-se a epidemia de dengue com as gripes e outras viroses, percebe-se que a letalidade desta enfermidade transmitida por minúsculo vetor, cujo habitat e formas de reprodução são por demais conhecidas, não mobiliza organizações internacionais de saúde, nem causam repercussão mundial merecida.
A gravidade deste problema está aí a desafiar, governos municipais, estaduais, federal e a própria sociedade de modo geral. Urge que todas as pessoas sejam vítimas ou não, assumam posturas e ações concretas para formar fileiras armadas para o combate de feroz inimigo, o Aedes Egypit!