quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

RECURSOS HÍDRICOS - UMA REFLEXÃO



Recentemente estive em Várzea Alegre, Santa Teresa-ES. O verde que cobre as plantações de café Conillon e hortaliças é um espetáculo, demonstrando a fartura de que é dotada essa terra, expressa nos frutos da rubiácea em grãos feitos e quase maduros, Algumas roças de milho quase prontas para a colheita; outras, plantadas mais tarde, exibem pouco crescimento e as folhas enroladas que, logo estarão irremediavelmente ressecadas e sem vida. Esta é uma situação anômala para o mês de dezembro, habitualmente úmido e encharcado, contrastando a expectativa, se, não revertido esse quadro, futuro incerto para esse povo laborioso que habita a localidade.
É verdade que a população, não tendo consciência da gravidade da situação, comemora as festas natalinas e de passagem de ano alegremente. Esse flagelo da seca sempre esteve circunscrito ao Nordeste do país e agora pode se registrar aqui, onde jamais se cogitou em tamanha calamidade.  
Em pleno mês de dezembro, sempre época de copiosas chuvas e consequentes cheias o rio Santa Maria do Rio Doce e de seus afluentes, onde havia fartura de água e uma população de habitantes aquáticos completavam essa imagem pictórica repleta de vida. Mesmo sem a queda das chuvas próprias desta estação climática, o verde vegetal predomina em todos os entornos, desde os maciços rochosos do Canudo, do Toma Vento, da Pedra da Onça, da Pedra Alegre, do Charuto e outros mais. Mas, a escassez das chuvas próprias desta estação torna os leitos dos rios e de seus córregos afluentes em lamínulas de líquido. A persistir esse quadro, dentro de poucos dias poderão ser vistos esses leitos com areia seca, não sendo exagero ver-se levantar poeira por essa secura reinante.
Quero enfatizar de que não faço isto como apologia dos resultados catastróficos que a escassez dos recursos hídricos, quer pela falta de chuvas, pelas características da falta de efeito esponja que faz a água ser absorvida pelo solo e se alojar nas rochas e nos lençóis freáticos, reservas hídricas que lentamente fluem e torna os cursos das nascentes, dos rios, dos córregos e dos empoçados perenes.
Esse quadro é tendente a se tornar coisa comum nesses próximos tempos, devidos principalmente pelos efeitos dos desequilíbrios climáticos resultantes do aquecimento da terra, agravados pelas perdas de massa florestais causadas pelo avanço geográfico da extensão da fronteira agrícola e pastoril.
Especificamente, comentando sobre essa expectativa funesta do futuro da agricultura de subsistência da população do estado do Espírito Santo, imagina-se que a situação que se pode estar avizinhando. Isso requer providências que visem minimizar esses efeitos danosos para a permanência junto ao campo dessa população dedicada à agricultura, permitindo a continuidade da produção de alimentos a cada vez mais carentes para uma população que tem crescimento vegetativo, tanto nas áreas rurais como os polos urbanos deste estado. Duas vertentes se desenham para a solução do problema: a conservação das nascentes, mediante proteção vegetal nas bacias de captação das águas fornecedoras de meios aos lençóis freáticos que fluem por essas nascentes; a conservação da qualidade dessas águas que se agregam dos pequenos aos maiores cursos (córregos, riachos e rios); e a construção de barragens, utilizando áreas menos nobres destinadas ao cultivo e àquelas cobertas por embasamento rochoso. Devendo ser dada preferência aos vales profundos, que possam ser atados por barragens de concreto de uma à outra margem.
Com essas providências, certamente seria dada maior sobrevivência aos recursos hídricos existentes e acrescidos outros mediante reservas das águas advindas das chuvas. Se essas não forem captadas e mantidas sob-reserva, elas se perderão escorrendo para os rios, deixando o solo apenas lavado e cada vez menos propenso à retenção desses líquidos.
Adotadas essas providências, haveria garantia de água para o abastecimento doméstico, para os estabelecimentos industriais e comerciais e, principalmente, para uso específico na irrigação das plantações e dos pastos que servem de alimento aos animais.

sábado, 15 de dezembro de 2012

ABOLIÇÃO DE VOCÁBULOS USADOS EM GEOLOGIA E GEMOLOGIA



Nesta 3ª edição do livro A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo, depois de observado ser necessário suporte técnico para levar a obra adiante, realizou-se parceria com a participação deste autor como mentor dos textos iniciais nomeados de memórias em face da impossibilidade de registrar os fatos no rigor que prescreve a pesquisa científica. Não é possível mais redigir textos usando simplesmente a linguagem coloquial dos garimpeiros e, assim, somou-se a presença da participação especial e revisão técnica consumada com a presença da Doutora Daniela de Carvalho Newman, docente no Curso de Gemologia da UFES e responsável por um sem número de acréscimos e troca de vocábulos divorciados da verdadeira técnica de uso corrente na atualidade.
Começamos por singularizar a nomenclatura dos minerais e gemas (estas compreendidas após o seu beneficiamento pelo processo de lapidação). Assim,  os minerais-gema passam a ser registrados no singular. Exemplos: água-marinha, ametista, andaluzita, alexandrita, crisoberilo, crisoberilo olho-de-gato, calcita, granada, brasilianita, fluorita, turmalina, topázio, adulária, etc. Doravante são pluralizados lotes, amostras, peças, cristais, exemplares, quando se queira comentar sobre exemplares e, no singular, os nomes próprios de cada variedade de mineral ou gema. Também se aboliu terminologias como “pedras preciosas e semipreciosas” e, especialmente o vocábulo “pedra” quando designa minerais e gemas. Sempre que possível, expressões como “pedreira” são substituídos por maciço rochoso ou rocha granítica, feldspática, “rocha de cristal” por rocha de quartzo; distinguir as espécies de mica por moscovita e biotita, as mais comuns. Trocar “lapidário” por lapidador para designar o profissional que lapida cristais para torná-los gema. Enfim, sempre que possível, substituir a linguagem popular errônea do coloquialismo garimpeiro.
Todavia, as adaptações que ora se faz nos textos implicam em construções de sentenças perfeitamente identificáveis, inclusive com o cuidado do acréscimo de palavras adjetivas e adverbiais que lhes deem sentido e ainda tendo-se o cuidado com as concordâncias de gênero e grau.
Embora tomados essas providências, esbarra-se no uso da palavra “pedra” que, ora designa ponto geográfico, títulos de autores referenciados, e textos aditivados ao conteúdo do livro Neste caso, embora seja recomendável abandonarem-se expressões postas convencionalmente em desuso, é preciso esclarecer que, em fontes de pesquisas, não é o termo técnico o principal fim, mas as ocorrências de determinados minerais-gema, citados aqui e ali como próprios originalmente do estado do Espírito Santo. Dessa forma não há como modificar nomes próprios de obras e de conteúdos, hoje considerados errôneos, mas que corroboram e comprovam a incidência de alguns minerais não contemplados em obras outras diversas. Há de se considerar também textos escritos, por exemplo, no século IXX, contemplando “pedras preciozas e cristaes”. Não se pode modificar o que outros autores redigiram utilizando ortografia de então. Mesmo na atualidade, publicam-se obras sobre mineralogia e gemologia eivados na linguagem popularmente coloquial não recomendada pela comunidade científica.
Os maciços rochosos de Pedra Alegre e Pedra da Onça como são vistos de Itarana
Percebo agora, o livro A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo passa por modificações, que o tornam redigido em linguagem convencional contemporânea e essas adaptações e modificações terão sempre a dinâmica de cada edição levada a público.
Várzea Alegre, mostrando os maciços rochosos do Canudo e do Toma Vento

domingo, 2 de dezembro de 2012

O RIO JUCU É A ÁGUA QUE VOCÊ BEBE



            Primeiramente, a frase parece estar equivocada, talvez fosse apropriado dizermos: “O Rio Jucu é a água que nós bebemos”. Aí já mudamos a ação verbal da terceira pessoa do singular para a primeira do plural. Que tal se mudasse para a segunda pessoa do singular: “... a água que tu bebes”, ou, ainda, generalizando “... a água que vós bebeis”. Certo é que não conseguimos nos livrar dessa forma coloquial do emprego do você (pessoa com quem se fala) praticando a ação na terceira pessoa do singular. Complicado, não?
            Mas, não é bem isso que está em jogo nessa chamada de atenção. O autor da sentença (ou autores) se refere (ou se referem) à qualidade da água que nos é oferecida por preços exorbitantes e quem nos pode garantir sua qualidade, se a origem é duvidosa? Há muito tempo, essa questão não desocupa minha mente e sempre repete a dúvida: Será que bebemos água confiável? Sabe-se que a CESAN (Companhia Espírito-santense Saneamento) não se descuida da responsabilidade de oferecer aos consumidores a melhor água que consegue produzir a altos custos e, mesmo assim, não se sabe até quando conseguirá fornecer o quantitativo hídrico para toda essa população da Grande Vitória, crescendo vegetativamente devido ao surto de progresso que é visto neste estado.
            Embora não me sinta capaz de realizar estudos sobre o impacto ambiental sofrido pelos recursos hidrográficos no Espírito Santo, quer pelo uso intensivo e ostensivo das águas no segmento da agricultura, nas indústrias e no consumo doméstico. Certo é que esses recursos são finitos e o uso feito sem respeitar a capacidade de produção de que a natureza é capaz, haverá um momento que limitará a oferta, enquanto a demanda continue a crescer. E o que poderia ser feito para postergar esse momento?
            Nas insignificantes ilações que passam pela minha mente; levam-me a algumas sugestões, que envolvem todas as comunidades: a científica pode utilizar trabalhos temáticos para monografias, dissertações e teses. As pesquisas devem abranger todo o universo circunstancial de como essa água que origina pequenos cursos, córregos e rios e que, depois serve ao consumo como água potável, depois de receber tratamentos que visam eliminar sólidos impuros e resíduos tóxicos advindos do emprego de defensivos agrícolas em grande escala.
            Minha sugestão — embora seja uma da contribuição de leigo — visa essencialmente o rastreamento de todas as bacias de produção hídrica, iniciando-se pelos locais finais de consumo à eliminação dos dejetos pelos esgotamentos sanitários; os cursos dos rios, dos córregos, chegando à origem da água, ou seja, as nascentes. O trabalho deve obedecer a rigorosos critérios de observação. Com efeito, ganham os acadêmicos, ganha a comunidade e, com o conhecimento resultante, propicia às autoridades tomar melhores decisões. Às mesmas formas de observação devem abranger as bacias hidrográficas de todos os rios, desde o Itabapoana, o Itapemirim, o Anchieta, o Jabuti, o Formate, o Marinho, o Bubu, o Santa Maria da Vitória, Reis Magos, o Piraqueaçu, o rio Santa Maria do Rio Doce, o Pancas, o Cricaré e seus afluentes, enfim, todo o complexo hidrográfico do Espírito Santo bem como dos demais estados brasileiros.
            Posto o assunto, aguarda-se que medidas urgentes, abrangentes e efetivas sejam tomadas, antes que seja tarde.





           

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

JAGUARITÁ



Apresentação
Jaguaritá é um romance ficcional e sobre a temática da Pedra da Onça – fato –, embora os personagens aqui guardem alguma semelhança com pessoas reais, eles, na realidade, são meras criaturas destinadas a dinamizar o cenário do maior de todos os garimpos do estado do Espírito Santo – A Pedra da Onça. Quando se abordam os trabalhos de lavragem dessa jazida de água-marinha, as pessoas são reais.
É visto também aqui que, nem sempre, são os profissionais os verdadeiros protagonistas das histórias dos grandes achados de minerais-gema, feitos ao mero acaso, semelhante à aleatoriedade de como os minerais se formaram. Um garoto que caçava cabritos teve a sorte de encontrar pequenos cristais de quartzo e de água-marinha, fato semelhante ao ocorrido com um caçador que encontrou idênticos minerais atirados para fora de uma toca de tatus.
Nesse segundo caso, o indivíduo levou o material e o mostrou a um comerciante que, além de não acreditar nessa história, aconselhou-o a procurar serviço, pois sua família dependia dos minguados recursos provenientes da sua atividade de trabalhador agregado em propriedades agrícolas. Ele tinha qualidades do famoso personagem das histórias infantis “Jeca Tatu” — adepto à “lei do menor esforço” —, criado pelo escritor Monteiro Lobato.
Bastou que um farmacêutico estabelecido na localidade de Figueira de Santa Joana tivesse conhecimento do que tal garoto achara ao escalar o rochedo da “Pedra da Onça” em busca da grande fortuna para haver uma corrida ao “Eldorado”. Fato semelhante ocorreu em “Serra Pelada”, onde uma multidão de garimpeiros, movidos pela cobiça de fortuna com o ouro encontrado ali com fartura, atraiu gente dedicada aos garimpos, principalmente profissionais vindos do estado de Minas Gerais. Uma grande invasão ocorreu instantaneamente e de forma descontrolada. Não faltaram curiosos, engrossando a multidão. Sabe-se que foram retirados de um pegmatito superficial, milhares de quilogramas dos mais puros e corados cristais de água-marinha e de quartzo nas variedades morion (palavra estrangeira usada para designar variedade de quartzo enfumaçado negro, cuja pronúncia é morrião), hialino, citrino e ametista. Até hoje os comentários persistem nas memórias de pessoas ainda vivas e na lembrança de outros que tiveram, como eu, a sorte de ouvir de forma reverberada e reiteradamente palavras de quem, mesmo não tendo testemunhado o fato, dele conhece toda a história, sempre transmitida e retransmitida oralmente.
Vê-se que personagens do garimpo criados aqui nestes textos serão nada mais que expectadores, alcançando quantias mínimas de gemas, colhidas nos rejeitos atirados montanha abaixo. A grande sorte foi generosa com poucos indivíduos residentes em Figueira de Santa Joana e outros em Itaguaçu, mas a maioria dos indivíduos que retiraram grandes gemas é gente anônima, pois não se sabe quem são nem de onde vieram. Por isso, os valores encontrados não puderam ser quantificados e muitas das gemas encontradas nessa lavra não foram vistas ou conhecidas. Outros fatos que comumente ocorrem nesses casos são os boatos, nem sempre retratando coisas verídicas. Portanto, há um misto de verdades e mentiras.
Dos poucos cidadãos aquinhoados, residentes nas localidades vizinhas, não há quem tenha conseguido manter suas fortunas porque dinheiro fácil, obtido inesperadamente, assim, na rapidez como chega,­­­ também se esvai.
Esta obra tem como escopo o que se tratou no livro A Pedra da Onça: Jazidas e Garimpos no Espírito Santo, embalando temática idêntica, porém de forma fictícia, a respeito de alguns personagens do garimpo profissional.
Semelhantes às histórias reais desses profissionais do garimpo, vindos de outros estados, que derramaram suor, acharam cristais e gemas coradas, apuraram significativos valores momentaneamente capazes de permitir a aquisição de bens como moradia e manutenção de garimpos diversos, outros, nada adquiriram ou, se alcançaram bons resultados, comportaram-se de forma perdulária, entregando-se aos prazeres do imediatismo e, depois, retornando ao statu quo.
Pode ser que, na criação desses personagens fictícios, algum seja identificado com uma pessoa real. Digo que isso não passa de mera coincidência.   Os nomes das pessoas reais e o fato verídico prevaleceram apenas no momento em que se centralizou a incidência dos achados das águas-marinhas na Pedra da Onça.
Além dos relatos de fatos característicos da atividade garimpeira, existem aspectos relevantes do modo como vivia, como se divertia e como se relacionava socialmente a população, com destaque especial para a juventude da época e seus costumes.

Natal

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Este mapa fará parte da 3ª edição do livro "A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo, trabalho que é realizado atualmente. Esta página mostra alguns minerais-gema e onde se localizam ao longo dos municípios capixabas.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

JAGUARITÁ

Este pequeno romance tem como tema o garimpo lavrado no topo da Pedra da Onça, contendo personagnes reais e outro tanto de fictícios. O nome JAGUARITÁ foi a escolha de um topônimo baseado na linguagem do tupi antigo para nomear o município-sede dos eventos. Nesses textos são mencionados os achados de minerais-gema nessa região do estado do Espírito Santo, tratado agora de forma romanesca para dar nova dinâmica aos fatos. Espero que gostem.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Memórias de Idomar Taufner: A PEDRA DO CHARUTO

Memórias de Idomar Taufner: A PEDRA DO CHARUTO

A PEDRA DO CHARUTO

Imponente monólito exibe-se quase ao centro do grande caldeirão de Várzea Alegre, desgarrado do paredão de pedras, que circunda a localidade situada no distrito de Alto Santa Maria (do Rio Doce, outrora), ao Noroeste do município de Santa Teresa, Estado do Espírito Santo. O nome atribuído essa pedreira teve como origem no apelido “Charuto”, ostentado pelo cidadão Aristeu Cirilo, decorrente do requerimento de área de terra devoluta situada no cume desse monte granítico, ocorrido no final da década de 1950. As alusões a essa denominação são de autoria de garimpeiros que, atraídos pelas abundantes marcas de pegmatitos existentes nos flancos e no cume dessa montanha davam como certo encontrarem-se pedras preciosas no local. Quando esses profissionais dedicados à cata de gemas preciosas de águas-marinhas e de quartzo, fazendo alusão ao local - costumavam denominá-lo de Pedra do Charuto -, nome que, com esse costume perpetuo-se até atingir aos dias atuais. Apesar de muito trabalho executado nos pegmatitos disseminados por todos os lados dessa montanha, nenhuma gema logrou ser ali encontrada, apesar da existência de evidências em sinais informativos. Uma foto registrada pelo autor mostra essa característica paisagística de Várzea Alegre, município de Santa Teresa, Estado do Espírito Santo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

A imagem marca cena do laçamento dos livros TAXISTAS e CAPISTRANO DA ROCHA ocorrido no dia 16 pp, aparecendo na foto meu neto, o advogado ARLAN SIMÕES TAUFNER.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Livro A Pedra da Onça

“A Pedra da Onça – Jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo”. Tiveram esgotadas a primeira e a segunda edição. Agora se ultima a publicação do livro em terceira edição com previsão para o segundo semestre deste ano. Na ocasião será lançado o romance JAGUARITÁ, em evento simultâneo. Locais e datas precisas ainda serão confirmadas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BASTA!


BASTA!
De tantos vilipêndios, que tratam os seres humanos com desprezo, talvez maiores com que tratam animais desprezíveis, peçonhentos, repugnantes e irracionais.
De tantas vidas ceifadas pelas irresponsabilidades de quem têm o dever de lhes preservar as existências, nisso entendidos os responsáveis pela segurança e por quem legislam nesse sentido.
De vidas dos jovens sumariamente executados por aqueles que os induziram à dependência das drogas, tornando suas vidas simplesmente descartáveis.
De vidas ceifadas pelos condutores de veículos, verdadeiramente responsáveis, alguns por dolo intencional, quando conduzem veículos depois de se alcoolizarem, quando irresponsavelmente deixam-se envolvidos pelas velocidades excessivas, fazendo dos seus autos verdadeiras armas homicidas.
Desse mar de copiosas lágrimas por semelhantes que perdem suas vidas no florescer da juventude, tirando a chance de servirem, de se tornarem úteis nos grandes processos humanos; de terem descendentes valiosos para herdar a terra e nela contribuir para com grandes projetos e realizações.
Basta de traficar drogas, de induzir pessoas ao seu consumo, destruir-lhes as vidas, tanto pelos efeitos deletérios em si como a incapacidade de gerirem-se e de perderem a capacidade de se sentirem seres humanos dignos e úteis à sociedade para agirem como seres criados à imagem e semelhança de Deus.
Basta de violência doméstica mediante agressões e abusos de menores, muitas vezes filhos, enteados e outros que os tenham sob guarda, em especial, de muitas mulheres subjugadas ao arbítrio de quem as julgam objeto de posse e uso.
Basta de assassinatos por motivos fúteis.
Basta de assaltos, de sequestros, de estupros e de pedofilia.
Basta da corrupção, que é covardemente praticada por quem tem deveres éticos do bom uso e da guarda dos recursos públicos.
Basta do abuso de autoridade praticada por quem tem a obrigações de zelar pela justiça e proteção aos cidadãos.
Enfim, basta de tanta hipocrisia, quando a verdade deve ser o imperativo, tanto pelas leis temporais quanto às divinas.
Basta disso tudo, enfim!