sábado, 31 de julho de 2010

TRÂNSITO, SEMPRE MAIS VIOLENTO

Apesar de todo o aperfeiçoamento na legislação, o trânsito continua matando!
São motoristas embriagados, dirigindo seus veículos criminosamente. É coisa comum negarem-se a se submeter a exames de dosagem etílica. Causam mortes, mutilações, destroem famílias e, quase sempre, permanecem impunes.
É sabido que ninguém é obrigado a produzir provas contra si, coisa garantida pela legislação penal e, quando evidenciam sinais visíveis de embriaguês, ao se envolverem em acidentes graves esses motoristas, quando sujeitos aos flagrantes por causa da existência de vítimas fatais, ainda têm o direito a depositar fiança e responderem com atenuante processo por homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar.
Com essas alternativas de se esquivarem da responsabilidade, o trânsito continuará ceifando vidas, não apenas por causa dos inocentes drinques, mas o uso de anfetaminas para que condutores de veículos de carga possam cumprir prazos de entregas, se obrigam manterem-se em estado de vigília e a causar acidentes graves em ritmo de crescimento que leva ao Brasil à triste estatística de maior número de mortes no trânsito do que ocorrem nos países em guerra.
Não basta que se façam leis; mais que isso: é preciso que se cumpram as leis existentes e que se acrescente a obrigatoriedade da aferição da presença etílica e quaisquer drogas em exames rotineiros por amostragem a qualquer momento em que se esteja trafegando. Mas isso sem exceções!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FAUNA DA CIDADE DE VILA VELHA

    

    Com todo respeito aos biólogos de plantão e à sabedoria da sua ciência, permito-me comentar coisas ditas sobre animais silvestres (?), perambulando por nossa cidade. Os saguis (pronuncia-se güi, sem o trema excluído recentemente) são exemplo de animais habitantes, teimosamente resistindo às coisas do progresso, mas sentindo fome, migram para o meio residencial urbano próximo do seu habitat natural. Alguns biólogos apelam às pessoas para não disponibilizarem alimento a esses famintos primatas (nossos parentes?). Aqui, muitos encontram a morte em contato com fios elétricos e, quando atravessam rodovias e ruas, são impiedosamente atropelados e mortos.

    A montanha em que está localizado o Convento de Nossa Senhora da Penha, monumento religioso e histórico construído à época da Colonização do Espírito Santo pelo frade franciscano Frei Pedro Palácios, sempre houve preocupação quanto à preservação da floresta do entorno, hoje habitada por pequenos primatas e algumas aves; também essas vivem entre a mata e a cidade, de onde retiram seu alimento.

    Imaginemos que, se a população deixar de alimentar os pequenos primatas, certamente perecerão de fome, pois pequena porção de mata não contempla ecossistema completo para a manutenção dessa fauna de animais silvestres originariamente nascidos ali e, tornando-se alimentados por visitantes do convento, conheceram outros alimentos facilmente obtidos da generosidade dos humanos. Se migrarem para o meio urbano, nisso os biólogos têm razão, estarão expostos aos riscos dos fios elétricos e de outras armadilhas como essas que ceifam vidas humanas também – o trânsito e seus mortíferos artefatos da velocidade.

    Os pássaros vindos das matas têm mais mobilidade e quando pousam em fios elétricos, o fazem em apenas um fio, não tocando em outra fase não completam o circuito, por isso nada lhes acontece. O maior risco que sofrem os pássaros e causado pelos predadores da sua própria espécie e por répteis que invadem seus ninhos para alimentarem-se dos ovos. Dentre predadores de aves, primeiramente cito os de sua espécie – os gaviões e as corujas, em seguida as serpentes e os lagartos.

    Em observações que faço, a partir da sacada do nosso apartamento e pela cidade afora, inclusive na faixa de areia das praias, os pássaros que habitam nossa cidade de Vila Velha podem ser nomeados: Bem-te-vis, rolinhas, pardais, caga-sebos, andorinhas, anus-brancos e pretos; corujas buraqueiras e os temíveis gaviões. É bem verdade que os pardais, outrora numerosos, estão se reduzindo, a ponto de estarem sendo considerados em processo de extinção.

    Voltando ao foco principal, os saguis restantes, para que não morram eletrocutados ou atropelados, deveriam ser mantidos no seu habitat e auxiliando sua permanência na mata, deviam ser ali alimentados.    

domingo, 11 de julho de 2010

VIAGEM A CACHOEIRA DE SANTA LEOPOLDINA

    Embarquei em Santa Teresa, num daqueles coletivos montados sobre carcaça Chevrolet "Cara de Sapo", movido a gasolina e era a coisa mais moderna da época. Além do motorista condutor, havia um cobrador que recebia os valores das passagens, conforme o trajeto que faria cada usuário. No meu caso paguei uma importância equivalente ao segmento que ia desde o ponto de embarque à cidade de Cachoeira da Santa Leopoldina, nada mais que vinte e oito quilômetros, foi o trajeto que fiz nesse coletivo, serpenteando por curvas e mais curvas, deixando para trás grossa nuvem de poeira dessa rodovia de chão de terra.

Para que eu viajaria a essa cidade? Simplesmente para consultar-me com famoso médico homeopata de origem luxemburguesa que havia ali. Somente ele, como especialista da homeopatia e fitoterapeuta seria capaz de curar-me de enfermidade rara, que é conhecida pelo nome de CINESTESIA, que não tem nenhuma semelhança com SINESTESIA (iniciada com "S").

De longa data tenho percepção dos mais variados sons, quer esteja dormindo ou acordado. Ouço sons de cigarras (inseto), de campainhas, de motosserras, de tratores, de buzinas, de sirenes e de vozes humanas. Também dormindo ou acordado, vejo vultos passarem diante de mim, tudo com frequência. Às vezes, a campainha soa, eu me levanto e vou conferir à porta de chegada do nosso apartamento. Será que essa especialidade médica teria como curar-me desta moléstia rara? Foi exatamente por isso que viajei a procura de tal especialista.

Ao chegar ao destino, o ônibus parou em frente a um estabelecimento, onde era costume para que os passageiros, com destino diverso do meu, aproveitariam para se alimentarem de lanches, não faltando o famoso pastel de vento frito em banha de porco, café com leite, pão com manteiga e os famosos sanduíches de pão francês e mortadela "swift", tudo uma delícia!

Fui cercado por agenciadores de hotéis que me propunham levarem-me ao melhor hotel da cidade, inclusive o que podia oferecer preços módicos pela hospedagem. Tomaram minha bagagem e me levara rua afora até chegarmos a um beco com escadas e muros enegrecidos pela ação do tempo e descemos até chegarmos a uma edificação localizada a beira do Rio Santa Maria da Vitória. Era ali que me hospedaria, pelo menos, durante cinco dias, pois fui informado pelo pessoal do hotel que agenciou minha consulta, sobre a existência de longa fila de espera. Para que obtivessem esse pequeno prazo contavam com concessão especialmente para seus hóspedes.

Uma senhora idosa, acompanhada de auxiliares também afro descendentes formava toda a equipe dessa hospedaria localizada frente a uma cachoeira estranha: em meio a blocos de rocha negros havia poços de água que não se movia e a gerente me informava que ali eu poderia pescar nessa água parecida sem vida. Outra pessoa contrariando essa versão sobre pescarias nesse local, disse-me que poderia pescar ali apenas minúsculos bagrinhos e os temíveis mandis, cuja ferroada é extremamente dolorosa, Mas francamente não me movia o interesse por pescarias, bastava-me aguardar por minha consulta com o especialista.

No final desse primeiro dia, abri as bolsas e pendurei as roupas em cabides, sendo informado o banheiro que estaria à minha disposição: era um cano com furos ao longo de uma extremidade a outra por onde chovia água fria, verdadeiramente gelada. Não me lembro que tenha feito uso de tal instalação, apenas me lembro que isso ocorrera durante uma madrugada de baixas temperaturas durante este inverno.


 

domingo, 4 de julho de 2010

JABULANI, A BOLA DA VEZ...

    Não se assuste se daqui a alguns anos, seu filho chegar a casa e lhe disser: Mãe, conheci uma garota interessante que tem nome estranho.

    - Que nome estranho é esse, meu filho?

    - Jabulani, minha mãe!

    Não se trata de invenção, pois aqui na cidade de Vitória – ES, um pai foi impedido de registrar sua rechonchuda filinha como esse nome. Tomando a população da Grande Vitória, Capital do Espírito, onde vivem e residem aproximadas dois milhões de vidas, nesse proporção de 2.000.000, se tomarmos toda a população de Brasil, estatisticamente, poderemos ter cerca de 80 tentativas do gênero. Será que todos os oficiais de registro civil do Brasil serão capazes de impedir a façanha?

    Sabe-se, também, que Jabulani se tornou campeã de vendas, não apenas como bola oficial, mas, também as imitações adotadas como material indispensável à realização das famosas "peladas" pelo Brasil afora.

    Conforme noticiado, própria FIFA está preocupada em substituir esse apetrecho futebolístico por outra pelota oficial.

SELEÇÃO PARA EMPREGO TEMPORÁRIO

    Sou analfabeto em matéria de futebol. Tudo o que eu disser sobre o assunto, deverá ser considerada minha falta de conhecimento. Vejo, porém, a existência de vaga de treinador técnico para a seleção de futebol brasileira – bom emprego, embora temporário, pois qualquer tropeço desse titular, é certa sua demissão, a pedido ou por justa causa.

    Uma vez aberto o processo seletivo, há candidatos disponíveis formando demanda para ocupar esse cargo tão almejado. Por isso é que sugiro rigorosa seleção. Existem, por exemplo, vários candidatos que têm experiência comprovada no cargo, alguns durante anos. Mas é preciso que se pense seriamente se a nomeação, após processo seletivo se fará por contratação pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, regime estatutário, com estabilidade depois de estágio probatório ou, ainda, na forma de monarquia? Neste caso teríamos os candidatos naturais: Rei Pelé, "Imperador Adriano" ou, mesmo, o Rei Roberto Carlos. Também deveria ser exigência a condição para a aprovação do candidato: ser brasileiro nato ou naturalizado. Não! Naturalizado não! Imaginem se determinado candidato, o Hermano por exemplo, resolvesse se inscrever e, com essa tendência ao voto de protesto, ser eleito? Esqueçam esta proposição enquanto há tempo!

    Para escolha natural através de processo seletivo, ou escolha simplesmente ad nutum, poderíamos contar com vários, alguns cujos nomes são lembrados como técnicos da própria seleção brasileira ou de clubes nacionais. Nomes não faltam. Se o processo de escolha for por meio de voto direto e qualquer brasileiro possa votar, já conto com candidato certo.