sexta-feira, 28 de maio de 2010

CONVENTO DE N. SENHORA DA PENHA – VILA VELHA – ES


Desde que frei Pedro Palácios, frade franciscano, trouxe para Vila Velha e erigiu pequena capela no pé de uma montanha, situada na Prainha de Vila Velha – ES, a imagem milagrosamente se deslocava ao alto do monte e tantas vezes trazidas para baixo, sempre retornava ao alto. Diante dessa evidência, não houve alternativa de senão erigir o santuário no cume da montanha. Muitos milagres são atribuídas a essa santa e uma galeria de mensagens de agradecimento feitas por pessoas que contam e atestam o recebimento de graças não compreendidas senão como milagres figuram em extenso mural. Desde época da colonização da Capitania do Espírito Santo, o convento de Nossa Senhora da Penha tornou-se símbolo religioso de Vila Velha e padroeira do Estado do espírito Santo, por isto, a figura do convento sempre foi o símbolo maior do municipio de Vila Velha.

Recentemente um fato lamentável e sem quaisquer fundamentações substituiu a figura do convento nos símbolos gravados em bens e documentos municipais de Vila Velha por figuras geométricas que nada tem relacionado à história desta terra – a verdadeira terra dos "Canelas Verdes".

VIDA ARTIFICIAL

Teoricamente já se tornou possível construir vida, a partir do genoma sintético como substituto da peça natural retirada de uma célula. Feita a substituição, eis que a célula reproduziu-se normalmente. Esta descoberta descortina, talvez, a maior revolução depois de que se tornou possível com a descoberta de uma energia capaz de produzir bombas atômicas.

Os autores dessa fantástica descoberta, receosos, ante a possibilidade de múltiplas formas de uso, e por não existir ainda normatização de limites éticos e a diversidade de aplicações, podendo haver usos maléficos, clamam por urgentes estudos que visem limitações legais como forma de tornar essa descoberta destinada exclusivamente para o bem da humanidade.

Divagando, agora, sobre o significado do controle sobre a vida, especialmente dessa unicelular, poderemos ter bactérias que absorvam o CO2 da atmosfera, dele se alimentem e sintetizem hidrocarbonetos ou hidratos de carbono, formas energéticas de combustíveis orgânicos e/ou combustíveis semelhantes aos de origem fóssil: orgânicos – glicose, celulose, biodiesel; inorgânicos – petróleo e seus derivados: gasolina, querosene, óleo diesel e, mesmo, formas combustíveis ainda desconhecidas. Bactérias que possam desenvolver vacinas e medicamentos destinados à cura de enfermidades, hoje, incuráveis, alimentos sintetizados que poupem o trabalho da agricultura, proteínas que substituam produtos de origem animal, oxigênio e outros gases úteis na refrigeração e em outras aplicações. Enfim, um universo de diversidades; podem também produzir substâncias venenosas e destrutíveis. Nisto é que reside a parte geradora de dúvidas e o temor do uso inadequado.

Comentários de organizações ligadas às igrejas fazem alusões a esses cientistas, como se quisessem usurpar o poder de criar a vida como coisa privativa de Deus – como se quisessem igualar-se a Deus. O ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, Dele recebe inteligência e inspirações para gerar grandes feitos – esses capazes de assombrar a humanidade. E uma coisa é certa: "nada acontece nesse universo, que não seja da vontade de Deus e nem ao mero acaso".

quarta-feira, 19 de maio de 2010

As pedras da onça

    

    Está em andamento a redação de um novo livro, cuja temática se reporta no tema central da Pedra da Onça. Desta vez, apenas o garimpo e seus personagens são os verdadeiros; há uma série de garimpeiros com nomes e fatos fictícios, contando caracteristicamente a vida e as famílias desses bravos, que, desentranhando as gemas preciosas produzidas aleatoriamente e guardadas há milhões de anos no interior do subsolo, fazem venturas e desventuras; fazem fortunas num momento e escassez absoluta em outro, fazem sonhos e fantasias grandiosas; também decepções e sofrimento reais. Fazem fortuna fácil e no momento seguinte toda a riqueza se esvai com idêntica facilidade de como surgiu.

    Diferentemente do que foi o livro "A Pedra da Onça – Jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo", este "As pedras da onça" é, simplesmente ficção, adotando a mesma temática e, embora não haja realidades, os fatos têm verissimilhança com a realidade de Figueira de Santa Joana, mais tarde tornada, na língua indígena, ITARANA, cujo sentido é idêntico ao nome Pedra da Onça.

    Um fato pode tornar aparentemente injusto com os garimpeiros profissionais, pois a grande fortuna das águas-marinhas, encontradas em profusão nessa lavra, ocorrida de forma descontrolada, talvez guardando semelhança com o grande garimpo de ouro da Serra Pelada, ocorrido no Estado do Pará, onde verdadeiro formigueiro humano extraiu algumas toneladas de ouro. Aqui também a garimpagem se deu á margem da lei privilegiando profissionais liberais, comerciantes, farmacêuticos médicos, tabeliães e alguns garimpeiros profissionais nada viram, sequer as notícias de toneladas de gemas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

INTERNET, RECURSO POLIVALENTE...

    Na década de 1950, época em que se digladiavam as grandes potências numa guerra chamada "fria". Foi nesse ambiente de disputas militares que a tecnologia da cibernética deu seus primeiros passos, concebendo comunicarem-se unidades de forma remota e virtual e garantindo a preservação de informações existentes em locais que viessem a sofrer destruição no caso de batalhas.

    As redes de comunicação e transmissão de dados à distância foram denominadas inicialmente pelo Departamento de Defesa, mediante desenvolvimento, "ARPA - Advanced Research Projects Agency".
"Sua função era liderar as pesquisas de ciência e tecnologia aplicáveis às forças armadas americanas".

    "Assim, em 1969, foi criada a ARPANET - ARPAnetwork e em outubro do mesmo ano foi enviada a primeira mensagem remotamente, inaugurando na prática suas atividades. Durante os anos seguintes, a ARPANET foi sendo ampliada com novos pontos em todo os Estados Unidos, passando a incluir também universidades. Em 1971, surgiu o modelo experimental do e-mail (o seu primeiro software veio em 1972), ampliando a utilidade da Rede. Já em 1973, foram criadas as primeiras conexões internacionais, interligando computadores na Inglaterra e na Noruega".

    http://www.interponta.com.br/~tutorial/suporte/comosuriguainternet.htm. Site pesquisado em 17.05.2010, para os textos acima assinados com aspas.

    Essa história não parou por aí; mas, a partir de 1985 é que se pode considerar a existência da rede de computadores nos moldes atuais e sempre apresentando evolução, de tal modo que a novidade de ontem e de hoje, amanhã pode estar superada, graças aos constantes avanços científicos. Lembro-me de que aquilo que hoje se chama de informática, no final da década de 1970, dizia-se computação, processamento de dados, passando, em seguida, a ser nomeada de informação e, finalmente de informática. Nesse progresso científico formava-se, quase que espontaneamente, a rede internacional de computadores, finalmente INTERNET.

E hoje, quando estamos em vias de transposição da primeira década do século XXI, a internet, coisa consolidada faz parte de nossas vidas para que nos comuniquemos para quaisquer partes do mundo, para que façamos variadas pesquisas sobre quaisquer assuntos, para que publiquemos nossos pensamentos, nossos sonhos e nossas fantasias... Para que possamos receber tratamentos, cirurgias remotas possam ser praticadas em quaisquer distâncias do mundo. Enfim, para que tenhamos, literalmente, o mundo em nossas mãos!

Outra face da moeda tem como característica a mesma velocidade da informação para coisas menos boas e até maléficas: Tudo é democrático e o uso depende, conforme o caso, do livre arbítrio, assim como é a consciência humana. Se alguém decide a usar a internet para fins criminosos, embora haja preceitos legais que possam alcançar esses malfeitores, esses que usam artifícios para aplicação de golpes, para induzir menores à prática de prostituição e de atos libidinosos mediante aliciamento e violências praticadas por abusos sexuais contra menores (pedofilia), extorsões com o uso de práticas de chantagens e seduções, utilizando artifícios enganosos. Há também comércio ilegal, ora vendendo produtos falsificados ou importados em contrabando, ora vendendo armas, drogas e medicamentos proibidos, que requeiram controle de retenção das receitas, chegando a extremos como a venda a incautos compradores de hormônios de uso veterinário para usá-los em humanos. Passagem de mensagens de conteúdo falso e, algumas vezes, alarmista.

Hoje, temos certeza da grandiosidade dessa rede de computadores, transmitindo informações, conhecimento e conforto e, por outro lado, grandes malefícios, não por culpa da informação, mas da maldade que habita, como sempre foi, a mente humana. É preciso conservar as boas conquistas e, se não é possível eliminar todos os males advindos, que, ao menos sejam minimizados para que sejam reduzidos, permitindo o uso saudável da informação a cada vez mais célere.

Esperemos, sempre, o melhor.


 

domingo, 9 de maio de 2010

VITÓRIA SOB DESCONTROLADO TUMULTO

Costumeiramente levei Ana Maria ao seu trabalho no INAMPS e estacionei meu fusca naquele espaço existente no entorno da Catedral, segui depois à agência do BANESTES localizada no centro, na Praça Oito. Enveredei-me por grande elevador, chegando a um andar bem alto (sétimo, oitavo, nono; não me lembro ao certo em que andar cheguei).

Coloquei-me numa das filas destinadas ao atendimento. Algumas das quais se destinavam ao atendimento direto nos caixas, outros sequer entravam em quaisquer dessas filas, pois de posse de senhas numéricas, quando chamados lhes eram indicados os respectivos boxes de atendimento personalizado. De posse de minha senha, enquanto aguardava atendimento, não perdia tempo: falava com quaisquer pessoas a respeito de quaisquer assuntos. Lembro-me de que, quando conversava com uma senhora qualquer, uma criança que a acompanhava (devia ser seu filho), procurou dialogar comigo e eu lhe ofereci cigarros de um maço que portava no bolso da camisa. Aquela senhora me advertiu de que não se deve oferecer esse tipo de coisa a pessoa alguma, principalmente nesse caso porque era uma criança a que eu oferecia cigarro. Mas na realidade, os objetos tinham semelhança de cigarros, apenas no formato, pois, apenas no aspecto, porque no conteúdo devia ser algo açucarado. Depois disso, surgiram-me, não sei como duas sacolas cheias dessas coisas parecidas com cigarros. Pessoas enfiavam as mãos nessas sacolas e retiravam os objetos e os colocavam na boca e os mastigavam. Pois é, se pareciam, mesmo, com pirulitos de açúcar cristalizado, no formato de cigarrilhas.

O tempo se passava e foram raros os atendimento em que outros clientes, assim como eu, aguardavam serem chamados, tivessem sido seus números aparecido num grande painel luminoso. E, quando chamados, além de acender número luminoso da senha, havia um sinal sonoro que chamava atenção.

Costumeiramente, nesses ambientes, fala-se alto, crianças gritam e tagarelam, criando sons cujos ecos reverberavam por aquelas paredes desprovidas de proteção acústica. Meus ouvidos, sensíveis aos sons agudos, mas não conseguindo distinguir qualquer palavra, deixavam-me desconfortavelmente incomodado. E o vozerio começava a vir, também, do lado de fora do prédio e, em determinado momento, as pessoas que se encontravam próximas às janelas, movimentaram-se bruscamente para o interior do salão e o vozerio aumentou, junto de ruídos vindos de fora que se assemelhavam a estampidos de armas de fogo ou de fogos de artifício.

Procurei postar-me num local que tivesse visibilidade ao longo da Avenida Jerônimo Monteiro, quando pude ouvir mensagem sonora de toda a população deveria abster-se de sair às ruas, pois escapara de uma prisão um grupo de perigosos meliantes e estavam fortemente armados, correndo risco de confronto com tropas da polícia militar e de outras forças, inclusive forças do Exército acabavam de ser convocadas para enfrentamento com carros de combate e tanques de guerra. A qualquer momento poderia eclodir conflito com aramas pesadas, além de potentes fuzis e metralhadores, carros de combate e tanques poderiam lançar granadas e outros artefatos, onde quer que os bandidos se escondessem. Poderiam invadir o prédio do BANESTES e, neste caso, nós que aguardávamos atendimento, poderíamos ser alvo de bombardeio. Pois bem, o caos havia se instalado na cidade de Vitória e não havia para onde ir; qualquer lugar, qualquer prédio, mesmo o prédio do INAMPS não representava qualquer segurança (lá é que Ana Maria se encontrava. Será que ela tinha conhecimento do que acontecia em todo esse tumulto?).

Agora parecia iminente uma batalha destrutiva, eis que um carro de combate, medindo alguns metros de comprimento por uns seis metros de altura abriu fogo em direção à Esplanada Capixaba, lançando bombas, que nada mais eram que rojões daqueles de festas juninas e uma chuva de bolas e estrelas multicoloridas tomou conta do céu da Capital. Esse fato, como alguns diziam, apenas representava um sinal de advertência, pois um fogo pesado poderia ocorrer a qualquer momento.

Felizmente, depois de algumas horas de apreensão, eis que a normalidade voltou a Vitória. Tudo voltou ã calma e a Capital voltou a respirar aquela paz costumeira. Tumulto, sim, havia no comércio literalmente tomado com pessoas ávidas para a compra dos presentes com os quais homenageariam suas mães no próximo dia nove de maio, domingo próximo.