sábado, 30 de janeiro de 2010

ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Ao fazer uma retrospectiva da assistência à saúde nos últimoS sessenta anos, torna-se possível analisar os avanços e retrocessos havidos com a saúde dos cidadãos brasileiros. Por exemplo: na década de 1950, existiam três segmentos de clientes: a elite que pagava, e podia ter assistência médica inteiramente particular, enquanto a classe média, não podia, mas utilizava e pagava por isso, sacrificando muitas vezes seu patrimônio pessoal, desfazendo-se das reservas, alienando bens imóveis, móveis, joias e todas e quaisquer reservas, porventura existentes. Finalmente havia a classe dos indigentes, estes tinham o amparo do Estado e recebiam atendimentos digno da sua situação.
Foi nessa época em que os institutos de previdência, recém criados, priorizavam grupos de segurados de segmentos privilegiados com massa salarial mais significativa, o que fortalecia seus organismos previdenciários, chegando a ponto de possuírem planos de assistência médica abrangente e semelhante aos da medicina particular. Exemplo disso, a assistência médica proporcionada aos servidores públicos, uma casta de privilegiados! Mas nem todos os institutos de previdência dispunham de bom atendimento. Exceções eram o IPASE e o IAPI, este, inclusive, serviu de modelo para a unificação que viria acontecer.
Em 1967, com a unificação da previdência social, a assistência à saúde foi estendida a todos os segurados da previdência, tanto para empregados como para trabalhadores autônomos e criada figura dos segurados facultativos, cujo interesse se voltava para o benefício imediato: a assistência à saúde, feita de forma generosa, porque havia recursos, pois todos procuravam filiar-se à previdência com o intuito de beneficiar-se de assistência médica capaz de superar a qualidade dos atendimentos dos atuais planos de assistência médica.
Isso funcionou perfeitamente até os dois primeiros anos da década de 1970. Nessa época, o sistema previdenciário público conseguiu arrecadar recursos, a ponto de contar com superávit durante alguns exercícios, mas havia descontentamento da classe médica, reclamando melhores salários e oportunidade de gerenciar os recursos específicos, porque se sentiam inferiorizados ao serem apenas executores da medicina, enquanto as tarefas de gerência se faziam por administradores não médicos. Tanto pressionaram que conseguiram a criação do SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social), em que a assistência médica passou a ser gerida por profissionais médicos (INAMPS), porém limitando-se às dotações fixas alocadas pela previdência mais os recursos obtidos diretamente da União de vez que a assistência médica acabava de ser universalizada, passando a ser utilizada tanto por contribuintes e por não contribuintes, inclusive indigentes e trabalhadores rurais, agora assistidos.
No início da década de 1960, tivemos problema de saúde grave na família e todos os atendimentos médicos se faziam a altos custos; não éramos indigentes, pois possuíamos um minifúndio rural, gerando capacidade de classe média – mais prejudicada, pois tinha que arcar com gastos idênticos aos das classes economicamente privilegiadas, pois não podíamos ser classificados como indigentes e isso consumiu praticamente todos os pertences da família. É verdade que a população indigente tinha assistência, mas não tinha como saber, quando pacientes estivessem internados se, realmente, eles tinham atendimento adequado.
A partir da década de 1980, já se podia ver a decadência do INAMPS, cuja estrutura se tornara insuficiente e incapaz de manter a dinâmica de universo tão extenso de beneficiários. A população previdenciária reclamava retorno aos moldes de atendimento que se acostumara nas décadas anteriores, mas a estrutura se enfraquecia na medida em que a clientela crescia, tanto que não havia ambulatórios, laboratórios e nem leitos hospitalares para tamanha demanda. Isso fazia com que uma demanda fosse sentida a ponto de as instituições financeiras incrementarem o aliciamento dessa população alvo para prestar-lhe assistência diferenciada. Também os profissionais de medicina cuidaram de oferecer condições de atendimento através de planos de saúde, que se criavam e se multiplicavam. Isso viria proporcionar e garantir rendas aos trabalhadores do segmento médico, inclusive com a criação de hospitais modernos e bem equipados. As cooperativas conjugadas de médicos cooperados e, com remuneração garantida pelos usuários do sistema, manteriam um tipo de assistência diferenciada daquela dispensada pelo INAMPS e, depois, o governo praticou descentralização dos serviços, ficando encarregados da prestação da assistência e gestão dos recursos usando estruturas de estados e municípios – assim foi criado o SUS, Sistema Único de Saúde. Implantado esse sistema, o INPAMPS foi extinto e os recursos físicos e humanos transferidos para as secretarias estaduais e municipais de saúde. Mas um atendimento ideal parece, ainda, longe das expectativas dos milhares, que enfrenta filas quilométricas nos postos ambulatórias e pacientes aguardam tratamento em corredores ou, às vezes, ocupando as macas que os removeram de localidades longínquas à procura de atendimento médico.
E hoje? Há quantas anda a assistência à saúde?
O fracasso do modelo de gestão de recursos para assistir todos os brasileiros, logo motivou grupos com interesse capitalista, que programaram seguros-saúde geralmente oferecidos por instituições bancárias baseadas nos riscos atuariais para fixarem preços de prêmios, de modo a cobrir os sinistros, mas paralelamente, as organizações médicas instituíram planos de assistência à saúde baseados na partilha dos custos, criando figuras de profissionais médicos cooperados e contribuintes assistidos.
A demagogia dos homens públicos cria sérios embaraços ao bom funcionamento desses planos de saúde. Há dois segmentos que se vêem prejudicados: o grupo dos prestadores de serviços (mal remunerados) e os assistidos que pagam a conta. Não posso garantir, mas devem existir pessoas que tiram proveito dessa situação.
Há, ainda, outro fator em jogo – a progressão direta de valor das contribuições aliado a idade do assistido. Que a idade é fator de agravamento da saúde e, por conseguinte, aumento das despesas, que esbarra na falta de recursos é um axioma. Isto agrava o problema: os que mais necessitam de assistência são que tem menor capacidade contributiva. Quando isso ocorre, muitos são os que abandonam os planos e passam a engrossar as filas do Sistema Único de Saúde. O Estado impõe aos planos, atendimentos obrigatórios mínimos, que, por sua vez, sacrifica a renda dos médicos prestadores de serviços – um ciclo tipo bola de neve. Pelo que se pode observar a solução do problema da assistência médica anda distante de solução a vista.
Nada do que eu disse, posso comprovar com números; tudo não passa de uma reflexão que faço com a utilização, exclusivamente, de memórias, um tipo de história que fica a reclamar dados. Quem queira se aprofundar, além da reflexão, que junte comprovações estatísticas e opiniões de especialistas. Fica aí minha sugestão.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

PRESSÁGIOS

Que eu me lembre, nunca vi período tão longo, como este, sem chuvas em plena estação das águas para nós, aqui no Estado do Espírito Santo, nem temperaturas tão elevadas por tanto tempo. Chegamos por várias vezes, desde o início do mês de novembro, a temperaturas de 36 graus Celsius, por várias vezes. A última chuva normal ocorreu no dia 31 de outubro, data que não me permito esquecer, pois havia programado o lançamento do livro “Memórias III – 30 anos em Vila Velha, evento que se realizou, mesmo prejudicado pela chuva torrencial caída nesse dia.
Ninguém pode imaginar que, com tanto tempo sem chuvas, com perspectiva de este processo permanecer ainda por tempo indeterminado, conforme se vê pelas previsões meteorológicas, as águas dos nossos pequenos rios, responsáveis pelo suprimento das cidades capixabas, estão próximas de colapso, também para o uso de irrigação na agricultura, para a produção de energia elétrica das usinas hidroelétricas e, até mesmo, a água que abastece nossas torneiras. Apesar de todas as evidências, reina silêncio sobre o assunto, coisa negativa que pode sufocar o ufanismo do crescimento econômico do Estado.
Pequenas cidades como Santa Teresa, São Roque do Canaã, Itarana, Itaguaçu e a cidade litorânea de Guarapari (essas citadas como exemplo, pois outras existem, embora não mencionadas), não tardarão a anunciar a escassez do precioso líquido. A esperança de provisões mínimas das nascentes formadoras do nosso sistema hídrico já se frustra, quando atingimos o terceiro decêndio de janeiro, com altas temperaturas e seca implacável permanece assolando o Estado do Espírito Santo, boa parte do leste e do nordeste de Minas grais, de onde provêm as águas que formam a bacia do Rio Doce, vital para toda essa região. Esta, a primeira parte do problema; outra será vista a seguir.
Tempos passados um político de Vila Velha conclamava a municipalidade a envidar trabalho para reforçar o dique existente ao lado do Rio Jucu, visando proteção para sequelas resultantes de cheias maiores que tal rio pudesse sofrer. Felizmente, os reforços foram providenciados e a proteção da margem ao lado de Vila Velha se manteve eficaz durante cheias ocorridas posteriormente. Os que vemos na região centro sul do Brasil e parte do sudeste, aonde chuvas, além de intensas, teimam em permanecer por meses e mais meses, levando destruição de imóveis, plantações e causando elevado número de vítimas fatais.
Nosso temor justiça-se: Se chuvas copiosas quanto as que vêm ocorrendo no Sul do Brasil, vierem ocorrer, na mesma intensidade, nas cabeceiras dos rios que compõem o sistema hidrográfico do Estado do Espírito Santo, estará instalado um processo calamitoso de grandes proporções. Não será surpresa se o Rio Jucu inundar grandes áreas às suas margens, incluindo a cidade de Vila Velha. Justifico o presságio e meu estado de apreensão, devidos aos acontecimentos catastróficos da região centro sul, acontecendo atualmente.
Resta-nos aguardar que esses presságios não se materializem!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

TUDO POR DEZ REAIS! (MIL OU MILHÕES?)

Nesta madrugada, estando numa cidade em que residimos de 1965 a 1966, uma pessoa visivelmente preocupada procurava vender suas propriedades para pagar suas dívidas, que, todas somadas, os recursos chegavam a dez reais (dez mil reais ou dez milhões? Tudo poderia ser). Eu não tinha tanto dinheiro, mas indiquei-lhe meu amigo Alarico, proprietários de muitas terras rurais e imóveis urbanos nessa cidade. Alarico pediu um tempo para pensar no assunto, examinar escrituras, seus registros e limitações geográficas dos imóveis, enquanto isso, eu vaguei pela penumbra que exibia a madrugada dessa localidade.
Revi antigos vizinhos, a nossa casa, o açougue do Benedito, o boteco do seu “Manduquinha”, seu Netto, nosso senhorio, o imóvel em que estivera localizada nossa farmácia. Ah! Já me esquecia, como podia não me lembrar do grande amigo José Tótola. Estava lá também e sorria costumeiramente.
Quando estive num boteco descansando e bebericando um refrigerante, eu presenciei cena de violência brutal: um afro descendente que portava arma de fogo, visível na cintura, aparentando sinais embriaguês, fora abordado pela polícia e desarmado. Ainda assim, não se dava por satisfeito, ameaçando a todas as pessoas que cruzassem seu caminho. Logo encontrou um parceiro que aceitou sua proposta de duelarem e a arma escolhida foi canivete – desses que pessoas da roça usam para picar fumo de rolo. Armas obtidas por empréstimo de pessoas presentes no local e que assistiriam ao duelo. Quando o desafiante, percebendo distração do rival, que já se evadia do local, eis que alguém da platéia teria dito: - “assim não vale, cumpram o combinado, ataquem-se!”
O indivíduo que provocara o duelo foi objeto de uma rasteira, caindo ao chão e golpeado vigorosamente com a lâmina afiadíssima, ferindo o pescoço de onde o sangue passou a jorrar profusamente. Um segundo golpe mostrou o osso da clavícula e um mar de sangue se formou junto ao seu corpo estirado ao chão; a fisionomia que expressava agressividade, aos poucos, perdia a cor e a vitalidade. Uma expressão cadavérica de lugar à aparência. Nisso acordei, parecendo que meu coração me fugisse pela boca, tamanho era o pavor que sentia diante da cena presenciada. Lembrei de que me esquecera de fazer minhas orações, ao me deitar, fazendo-as agora para, em seguida, adormecer novamente.

domingo, 17 de janeiro de 2010

GARÇOM NAS HORAS VAGAS

A cada dia, ou melhor, a cada madrugada, acontecem-me coisas incríveis, com as quais nunca havia imaginado. Essa de trabalhar como garçom surpreendeu a todos: quem diria contador, auditor e outras coisas mais, de repente fazendo expediente como garçom de um desses botecos, onde se bebe cachaça, cervejas com salgados fritos (peixes, linguiça, croquetes e outras coisas), onde os odores de banheiros se misturam aos cheiros das frituras feitas com gorduras saturadas e escuras em frigideiras que engorduram o ambiente e todos os utensílios, inclusive copos, xícaras e pratos.
Ser garçom numa simples birosca dessas parece coisa fácil; mas para saber como tudo isso funciona é bom que se faça um teste semelhante ao que fiz.
De passagem, entrei nesse pequeno estabelecimento para tomar um refrigerante, pois sentia sede. Reconheci imediatamente o proprietário: Era o Paulinho, filho de meu ex-patrão, José Cigano, agora trabalhando com esse comércio, apesar de ser engenheiro mecânico e de ter herdado de seu pai aquela famosa fábrica de alambiques de cobre e a fábrica de engenhos de ferro fundido, que serviam para moagem de cana nas fábricas de cachaça. Não sei por que razão, esse rapaz, com profissão definida e com capital razoavelmente bom, descaiu, chegando à atualidade à situação de pequeno comerciante na periferia de uma cidade do interior do Estado do Espírito Santo.
Não me bastou essa surpresa; outra viria, quando me convidou a prestar-lhe ajuda, porque tinha necessidade de ausentar-se por algumas horas e não tinha a quem apelar para substituí-lo. - Sorte sua, eu passar por aqui, disse-lhe. Como poderia eu negar-lhe esse favor, toda minha gratidão, eu poderia expressar-lhe agora, por seu pai, por suas irmãs e por ele próprio, meu grande amigo Paulinho.
Assim que ele se foi, pus-me a trabalhar, tendo uma mulher, preparando as frituras, doses de bebidas destiladas e fazendo limpeza... Que limpeza! Eu atendia aos pedidos nas mesas; no balcão, o atendimento ficava a cargo da mulher, que também atuava como garçonete cuja maior frequência de atendimento era doses e mais doses de cachaça e, ainda, suportar aqueles bêbados a fazer aquelas conversas de “cerca Lourenço”, - conversas fiado, cantada de baixa categoria e outras coisas desse gênero.
Esse estabelecimento funcionava em frente a uma praça, aonde outros estabelecimentos do gênero tinham presença garantida pelos frequentadores assíduos que se postavam em mesas esparramadas pela praça afora. Alguns bebericavam cachaça, saboreando torresmos fritos; outros tomavam cerveja, enquanto degustavam siris, peixe frito ao óleo, porções de camarão e jabá com macaxeira frita. Em determinado momento, eu fui chamado por integrantes de uma mesma localizada na parte mais distante da praça, que me pediram para lhes servir cerveja gelada, queijo e presunto e exigiram: - a cerveja deve ter aquele tom acinzentado na garrafa e cuidado onde toca no vasilhame para que o líquido não se congele! Aguardei o preparo do prato frio de salgados, colocando tudo sobre uma bandeja e tendo o cuidado para que nada se despencasse, pois além da distância do local, minha inexperiência contava muito. Atendi uma vez, depois outra; mais fregueses e outros ainda, e, que me permitiam tornar-me experiente no assunto.
Respirei com alívio, assim que Paulinho retornou para assumir seu trabalho, mas, nesse momento, acordei para a realidade: fora mais uma das minhas fantasias e, agora, era hora de madrugar, pois outros compromissos -esses reais - me aguardavam para a faina diária.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O QUE É SONHAR?

Deve ser o trabalho mental racionalizado pelo inconsciente. Pode ser também entregar-se a fantasias e devaneios, mas para mim, os sonhos me afetam, me enaltecem, me incomodam me trazem certezas e incertezas, verdades e não verdades, tranquilidade, me deprimem me alegram, me deixam preocupado, me trazem mensagens, inventam coisas jamais vistas; até mesmo inexistentes, mas, também, trazem ao presente fatos relacionados ao passado, ainda incompletos; repetem e dão continuidade a histórias reiteradamente.
SONHO RECENTE:
Fui à localidade de Itanhanga, que é caminho para se chegar a Pedra Alegre, Santa Teresa, ES, para ver o garimpo que Firmino Corteletti lavrava numa montanha local. Firmino descobrira essa jazida de minerais raros. Um deles, uma pedra azul que funcionava como amplificador de som e uma substância da cor do mais negro, o que é chamado de negro absoluto. Esta tinha como utilidade a confecção de painéis, a exemplo de um existente no Texas, Estados Unidos, com alguns metros de altura, que exibia o nome do titular do garimpo, da localidade, do estado e do país de origem.
Com essa descoberta, também eu tive interesse em garimpar nessa região. Quem sabe, se eu também não teria idêntica sorte? Locais para trabalhar eram coisas que não faltavam; não havia garimpeiros disponíveis e eu mesmo, não me sentia com forças suficientes para acionar ferramentas manuais como picaretas, pás, alavancas, carrinhos de mão, destinados à lavragem da terra.
Pensando sobre o assunto, lembrei-me de quando Hilton Corteletti, Alberto Merlo, Orlando Caliari e eu, na condição de cozinheiro, formávamos uma turma de garimpo e trabalhamos na propriedade de Joanim Roccon, localizada nessas proximidades. Nada de valor encontramos nessa ocasião, ganhando apenas experiência. Agora, quem sabe, se não teria chegado o momento de tornarmos a lavrar esse garimpo? Parece que a sorte que contempla Firmino, também a nós poderia se estender. Pensei em tornar ao assunto com aqueles velhos companheiros na primeira oportunidade.
Depois desse fato, cheguei a Várzea Alegre comentei com França Zanotti sobre o achado de pequenas pedras de água-marinha naquela propriedade, outrora sua e que hoje representa local de garimpo promissor. De passagem pela residência de Acrísio Zanotti, não só comentei como mostrei a ele alguns cascalhos e escórias encontradas na tal lavra. Quando comentava o assunto com Luiz Zanotti, eis que seu sobrinho, Jair, indagava-me se nós teríamos vendido as tais pedras, informei-o positivamente. Não tendo mais como mostrar-lhas, pois comerciadas, foram levadas diretamente para o exterior, talvez Estados Unidos ou índia. A todos eu disse que essa jazida ainda prometia boa produtividade.
De todos os personagens, a maioria já se encontra despojada dessa vida, mas a saudades que temos deles, acredito, fazem-se presentes constantemente nos meus devaneios das madrugadas, especialmente quando os sonhos se referem especificamente a gemas preciosas, a grande paixão de todos eles, inclusive a minha.
Sobre esses personagens, ainda vivos na minha memória, embora tenham concluídas suas caminhadas, peço-lhes licença para render-lhes justas homenagens “in memoriam”.
Mais uma vez, peço-lhes leitores, paciência pela insistência em postagens sobre meus sonhos; não é minha intenção, eles acontecem!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

SONHOS RECENTES

BANDIDOS, MUITOS BANDIDOS Certamente eu já fiz parte de uma quadrilha de atividades criminosas. Minha índole de indivíduo praticante da ética, coisa herdada dos meus pais e demais ascendentes, não me permitia praticar os atos, considerados normais por esse grupo, que podia, pelo número de participantes ser considerado quadrilha, conforme disposições contidas na legislação penal. Certa vez, o grupo partiu para praticar grande assalto. Eu e outro elemento não nos dispusemos participar da ação. Foi nos pedido que aguardássemos na sede pelo retorno dos demais facínoras. Como conhecêssemos as leis da bandidagem, recusar tarefa por bandido integrante de um desses grupos significava desobediência e traição. Sabe o que pode acontecer aos desobedientes, delatores e traidores: simplesmente condenação à pena capital sumariamente. É a isso que estávamos condenados e não haveria aviso: chegariam atirando para nos executarem, de acordo com os costumes: bandido tem que ser bandido o tempo todo. Negar-se a praticar atos próprios da organização é tornar-se meio bandido. E no mundo do crime se é bandido ou não bandido. E basta!
Naquela ocasião, meu comparsa e eu fugimos da sede com destinos ignorados e diversos, passando pelo meio de florestas, subindo e descendo montanhas, atravessando rios e riachos, caminhando dia e noite para chegarmos aos pontos mais distantes possíveis; nem nós mesmos saberíamos o destino de cada um, mesmo que algum de nós fosse alcançado, não teria como informar o paradeiro do outro. E foi tudo assim que aconteceu.
Sem que a gente desejasse, sem que imaginássemos, casualmente nos encontramos e, cada um de nós tinha parceiros, ou seja, já havíamos formado novas quadrilhas sob nossa liderança. O que não é impossível aconteceu: repentinamente, nós nos encontramos com todos os membros da nossa antiga organização.
Inicialmente, apenas um encontro aparentemente amistoso, mas bandido que é bandido não confia em ninguém, especialmente em bandido. O ar carregado de desconfiança fez-nos tomarmos, de forma segura, atitudes para continuarmos nossa fuga, pelos campos, pelas florestas, por caminhos diversos dos elementos da nossa antiga organização, pois tínhamos só uma certeza: se não partíssemos o quanto antes seríamos executados a qualquer momento, sem discussões, sem culpas, sem verdades, sem mentiras; não havia, mesmo, qualquer forma de perdão para traidores da causa.
Mas, por mais que fugíssemos sempre nos parecia estar ao alcance dos rifles, escopetas, fuzis, metralhadores e pistolas automáticas dos nossos caçadores. Sim, isso mesmo: nós éramos caça, enquanto eles...
Finalmente, desse grupo, nós conseguimos nos manter distantes, mas agora com esta nova organização formada sob liderança dos dois velhos companheiros, já se avizinhava formação de novo ambiente, onde a desconfiança podia-se vê-la nos semblantes de todos os membros. É, sempre, assim: bandido não confia em bandido e nem pode. Desta vez tomamos por precaução e nos dividimos cada um com seus liderados, mas até quando? Até algum dia em que... Quem sabe? Tudo poderá acontecer! Se este sonho tiver continuidade, saberemos.

ROUBOS E ARROMBAMENTOS EM VÁRZEA ALEGRE Posso garantir que essas ações criminosas não foram praticadas por meu grupo, também eu fui vítima. Não é que ao amanhecer desse dia, minha farmácia exibia portas escancaradas, papéis jogados ao chão, o balcão vitrine já não se encontrava no estabelecimento e a prateleira frontal estava completamente vazia: tudo o que ali havia fora surrupiado. Quanto à prateleira da esquerda todos os medicamentos continuavam lá intactos, mas isso representava apenas, talvez aproximadamente 25% de todo o estoque. Assim eu chegava à conclusão de que reiniciar o trabalho era, no mínimo, desanimador.
Procurei por meu antigo sócio João Romélio Zonta e ofereci-lhe para que adquirisse esse fundo residual da minha farmácia e até a casa que me servia, também, como moradia. Ele aceitou pensar no assunto, mas já me adiantava de que não tinha recursos financeiros disponíveis; pagar-me-ia assim que pudesse. Por falta de alternativa, fechei negócio e, prontamente, pusemo-nos a inventariar o estoque, enquanto, para o imóvel, ainda não tínhamos valor certo. Deveríamos estabelecer preço, de acordo com valores correntes de mercado. E, assim, livrei-me desse estabelecimento e espero que esse sonho não tenha continuidade e nem se repita. Estou, realmente, cansado com esse tipo de negócio. Ufa!
Quanto aos demais comerciantes, também foram vítimas da ação desses bandidos: agiram simultaneamente no comércio do Ivo, do Luiz Pacífico e do Bortolo Lucas. De todos eles foram subtraídas mercadorias, objetos de uso pessoal como relógios, facas, canivetes, além de equipamentos como refrigeradores, frízeres, balanças, mesas, cadeiras e vitrines.
Algumas pessoas que, temendo represálias, pediram para não serem identificadas, testemunharam um grupo composto de vários elementos agindo durante a madrugada, retirando mercadorias e outros pertencentes e acondicionando-os num grande caminhão baú, cujas características deixaram de ser anotadas.
UM SANTANNA PRETO
Depois que despertei desse segundo sonho, veio o terceiro: nesse, nós residíamos em Colatina e Anésia ter-me-ia pedido para entregar alguns pertences a uma família de amigos residente no Bairro São Vicente. Prontamente atendi, indo a casa desses amigos com meu Santana preto, meu novo e confortável automóvel. O trânsito, nesse dia, deixava Colatina transformada em verdadeiro caos.
Feita a entrega, esses amigos me pediram para que buscasse seus filhos que sairiam do colégio em instantes e não havia quem os buscasse. Passei pelo centro da cidade, trafegando inicialmente pela Avenida Getúlio Vargas, cheguei à Avenida Ângelo Giuberti, dobrei à esquerda, eu segui novamente em frente e, num trevo próximo de uma ponte de ferro, chegando à Avenida Champagnat, onde há um Colégio dos Maristas. Esse era meu destino para aguardar a saída dos estudantes e embarcar as crianças que buscava. Para chegar até aqui, tive que enfrentar trânsito confuso: em determinados trechos o sentido era na contra mão de direção, mas tudo autorizado por eficiente sinalização.
Enfim, uma sirene anunciou o término das aulas e liberação dos estudantes para retornarem as suas casas. Um casal de crianças me aguardava e eu os avistei de longe, acenando-lhes que viera para buscá-los. Entraram no meu carro, alojando-se ambos no banco traseiro, enquanto enchiam o banco do carona, na dianteira, com volumosas mochilas escolares. Esse início de retorno, com a presença de pais e responsáveis em grande número, fez com que as manobras se tornarem difíceis, até que nossa vez chegou e pusemo-nos a caminho de casa. Agora, além do grande número de carros que transportavam estudantes, era horário do retorno dos comerciários, operários e outros trabalhadores, também retornarem as suas casas. Isso tornava o trânsito ainda mais difícil, agora, pela excessiva presença de pedestres por todas as ruas. Em determinado momento, embora acionasse insistente a buzina do veículo, uma senhora robusta se postou à minha frente, parecendo ser portadora de falta de acuidade auditiva, não se movimentava. Para prosseguir, coloquei minha perna para fora do automóvel e empurrei a dita gorducha. Alguém gritava: olhem aquele motorista que veste terno preto chutando a mulher! Isto é um abuso! Onde já se viu coisa assim? Outros diziam: é caso para se chamar a polícia para prender esse motorista mal-educado! E assim fui atravessando esse trânsito complicado, até que me parece que escureceu e não vi mais nada. Teria havido um apagão? Não! Era a escuridão do meu quarto, porque ainda era longe do horário de chegarem os primeiros raios de luz da manhã. Não sei o exato horário, mas, com certeza, era cedo ainda.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

DOIS SONHOS

Essas histórias de sonhar com salas de aula, quadro negro e giz permanecem sempre visíveis nos meus sonhos. Desta vez, já que estávamos em época de férias, não havia alunos presentes. Trabalhávamos em planejamentos para o próximo exercício, mas tivemos horários vagos, que foram aproveitados para nos dirigirmos, nesse tempo, às nossas obrigações espirituais, nessas proximidades do período quaresmal e nossas orações, planejadas num quadro negro, assinaladas em retângulos, com giz branco, que refletiam as tarefas de cada um dos professores presentes e funcionários da escola, como parte dos preparativos da Semana Santa, já próxima. Do lado esquerdo foi deixado espaço para ser preenchido com desenho de Jesus crucificado. Outro quadro havia numa parede que fazia um ângulo de 90 graus, com resumos das metas alcançáveis no primeiro semestre letivo desse ano.
Não sabíamos, porém fomos comunicados, que ali nesse prédio da escola receberíamos inscrições, visando selecionar motoristas para serem contratados pela prefeitura municipal. Após esse aviso, começaram a chegar os candidatos à seleção para o preenchimento de fichas e demais documentos de inscrição para participarem do processo seletivo. Processo que compreendia provas teóricas objetivas, exame prático perante instrutores devidamente qualificados e, posteriormente, exames de acuidade visual, auditiva e de coordenação motora. De qualquer forma, depois dessa fase de exames, nós, ainda, teríamos que instruir processos em que interessados não aprovados, interporiam recursos cabíveis. Teríamos trabalho pela frente durante nossas férias e, logo que se iniciasse o período letivo, estaríamos de volta às salas de aula efetivamente.
Acordei e esse sonho se dissipou. Novamente dormindo, eis que novo sonho se inicia com tema diverso.
Agora, me parecia ser advogado que participaria de uma sessão de júri popular no fórum da cidade e comarca de Santa Teresa. Vestia-me a rigor como deve um advogado se trajar nessas ocasiões: terno completo. Esse traje compunha-se de costume completo na cor amarela, na textura de couro de cobra, camisa branca e gravata verde musgo. Isso motivava admiração por parte dos colegas, também trajados a caráter. Ainda não havia chegado minha vez de apresentar-me diante desse tribunal para fazer defesa oral do meu cliente, réu nesse julgamento. Tudo que devia falar estava decorado na memória e, afinal, meu cliente era, mesmo, inocente e disso eu tinha o dever de provar e convencer o corpo de jurados.
De fora do prédio, sede do julgamento, platéia e advogados que iriam participar alguns diferentes de mim por servirem de assistentes do Ministério Público, na acusação, reforçando depoimentos de testemunhas com a mesma finalidade. Isso que se podia observar à distância certa, o juiz presidente da sessão de júri popular era o único que se vestia informalmente, usando camisa estampada e calçando tênis esportivos. Nunca, antes, teria visto coisa semelhante. Será que alguém, por dever de ofício, poderia, pelo menos, sugerir a esse magistrado comportamento formal num evento solene, como é o do tribunal de júri? Viu-se que ali não havia alguém com essa competência.
Julgamento adiado, eu troquei meu terno por outro que me oferecesse conforto, diante do calar sufocante que reinava nesse dia ensolarado, contrastando com a amenidade do clima da cidade de Santa Teresa.
Mas, assim que a tarde anunciava o fim do dia, o juiz, houve por bem, interromper os trabalhos, que seriam tomados precisamente às nove horas do dia seguinte. Neste caso, podia perfeitamente viajar para Várzea Alegre e desfrutar do conforto de minha residência nessa localidade. Fui ao sítio e tomei a direção do meu possante caminhão Mercedes Benz “Cara Chata” e desloquei-me pela estrada no sentido da Serra do Canaã, passando próximo da sede de uma cooperativa, de onde tinha início a pavimentação asfáltica da via. Mal iniciei trafegar com velocidade compatível com a via asfáltica, três pessoas fizeram-me sinal que parasse. Logo as identifiquei como sendo Ângelo Venturini, Ângelo Taufner e José Ângelo Venturini. Eles me perguntavam se o juiz já havia expedido a sentença ao réu, filho do segundo Ângelo. Eu lhes informei que o julgamento havia sido suspenso para ter início no dia seguinte e acelerei o motor do meu caminhão, ganhando velocidade para seguir pela sinuosidade das curvas do Canaã. A partir desse ponto, só me lembro que uma forte chuva coloriu de branco minha frente, nada mais.
Esses dois episódios foram sonhos comuns e corriqueiros, coisa que me acorre em quase todas as noites, especialmente nas madrugadas. Acho coisas corriqueiras os assuntos constantes dos meus sonhos, mas, quando os escrevo, eu os julgo coisas relevantes. Por isso, tornam-se constantes essas postagens. Desculpem-me os que não gostam dessa temática e, caso o queiram, manifestem-se.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ANIVERSÁRIO DE UMA CIRURGIA

Queria e fui autorizado a assistir ao Doutor Fabrízio realizar uma cirurgia, utilizando um craniótomo para romper a caixa craniana de seu paciente; ouvi até o ruído daquela máquina, idêntico ao de uma furadeira, que tanto podia ser da marca “Bosch”, Black end Decker, ou outra qualquer; só não pude adentrar ao centro cirúrgico, permanecendo numa sala contígua, onde, também, podia ver a operação através de uma vidraça transparente. Ali se encontravam os médicos doutores Ayrton, Pedro Luiz, Jovana e outras pessoas não médicas, que, assim como eu, visualizavam a intervenção cirúrgica realizada pelo neurocirurgião e sua equipe.
Contava que, há cerca de três anos, eu tivera idêntica intervenção, quando este mesmo médico me instalou uma válvula de perfusão ventrículo peritoneal, como parte de controlar a HPN (Hidrocefalia de Pressão Normal), de que sou portador.
Percebi, em dado momento, que vestia somente uma camisa amarela, cujo cumprimento se assemelhava a um vestido “Chanel”. Sentia-me constrangido por não estar conveniente trajado para a ocasião; entretanto procurava minimizar a situação, explicando que havia uma tendência de que esse tipo de vestimenta se generalizar para homens e mulheres. E a conversa ganhava adeptos, até que uma menina, aparentando não ter mais que cinco anos de idade, disparou: “mãe que roupa esquisita veste aquele vovô”! A mãe interveio nada adiantando, porque ela insistia: “mãe, nunca vi coisa mais esquisita: não parece nem com roupa de homem, muito menos com roupa de mulher. Aquele me parece ser um homem com idade de vovô, não tem vergonha de usar uma esquisitice dessas”? Criança é sincera e enxerga mais que adultos. Foi assim que acontece naquela fábula do rei nu. A veste do rei que só podia ser vista por sábios fazia com que ninguém, embora visse, dissesse que o rei estava despido: todos queriam ser considerados sábios; o único sábio foi o garoto que gritou: “o rei está nu”. A multidão, que desejava ser sábia, sentiu a verdade que emanava das palavras do garoto.
No nosso caso, toda a sabedoria provinha das palavras da menina. Normalmente, os adultos vêem, mas preferem o silêncio. Afinal se algo não lhe prejudica, porque comentar? E, cada momento que se passava, minha situação era mais constrangedora e não tinha mais argumentos convincentes: não estava convenientemente vestido. E basta!
Quanto à cirurgia, a curiosidade não se restringia a mim e aos demais leigos, também alguns profissionais de medicina queriam visualizar técnica que o cirurgião usava para solucionar enfermidade, embora não fosse cura, mas eliminaria os sintomas e agravantes, isto se a intervenção obtivesse o êxito esperado e desejado.
De repente, o paciente teve recuperados os sentidos, cessado o efeito do anestésico que recebera em dose meticulosamente aplicada, levantou-se da mesa cirúrgica, pôs-se a caminhar rumo a um leito de uma unidade tratamento intensivo, com promessa de alta no dia seguinte para retornar a casa, já em condições de vida normal. Que maravilha esta medicina!
Hoje, 08.01.2010, quando comentava algo durante o café da manhã, foi-me lembrado que esta data coincide, completando exatos três anos da cirurgia de colocação de válvula ventrículo peritoneal, em evento de intervenção realizada por Doutor Fabrízio, esse mesmo que presenciei operando durante essa madrugada.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

ANO NOVO!

Enfim, aqui estamos! Chegamos ao ano de 2010, com festa pirotécnica jamais vista. Pena que muitos não se contiveram em festejar com seus fogos na hora da virada, pois no turno vespertino do dia 31 de dezembro, podíamos ouvir estrondos de fogos próximos ao apartamento em que residimos. Vamos lá que é festa! Mas, pessoas como eu, com acuidade auditiva deficiente, nós temos maior sensibilidade aos sons altos: deixam-nos aturdidos, aumentam os zumbidos, já existentes, o que nos prejudica interpretar os sons das palavras, as letras das músicas e os próprios sons musicais. E não ficou só por isso: na medida em que adentrávamos à noite, não apenas persistia o ribombar dos fogos, mas formava-se algazarra generalizada. O burburinho vindo de todos os quadrantes se generalizava. Fechei todas as portas, janelas do apartamento e as persianas, na ilusão de que aquilo minimizaria os sons vindos de fora. No início até pareceu que os sons tiveram uma redução e, com isto, me recolhi à cama na intenção de repousar-me para, mais tarde, isto sim, ouvir a queima de fogos vinda de vários pontos da orla, desde Praia da Costa e praias da Capital, situadas do outro lado da Baía de Vitória. Consegui, mesmo assim, adormecer e acordei-me, já era uma hora e trinta minutos do dia primeiro de 2010. Pensei: ainda tenho oportunidade de ouvir, só percebendo depois que avistei meu carrilhão postado numa das paredes da nossa cozinha. E o pipocar de fogos e outros artefatos explosivos parecias não ter fim. Não que eu seja contra toda esta explosão de alegria, mas ao final deste ano, eu deverei me afastar para algum lugar onde se faça silêncio. Será que a idade causa intolerância ao barulho? Isto também pode ser!
Acabo de ouvir notícia de que na cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro um deslizamento de terras destruiu uma pousada a beira mar, causando onze mortes já conformadas. Parece, mesmo, que lendo notícias nos jornais diários, as notícias de assassinatos, assaltos, acidentes de trânsito e outras ocorrências de violência povoaram o primeiro dia do ano. Vê-se que tudo se repete!
Este primeiro dia do ano inicia-se com escaldante sol a brilhar com previsão de temperatura máxima de 35° Celsius. Haja desconforto! Quem pode, o jeito é ligar os aparelhos de ar refrigerado a fim de amainar estas altas temperaturas. Mesmo diante das advertências dos médicos de que expor-se excessivamente à luz solar traz sérios danos à saúde da pele, as faixas de areia das praias mais se parecem com formigueiros, tamanha freqüência de banhistas, que buscam lazer sob sol causticante.
Assim foi o primeiro dia de janeiro deste ano de 2010 nesta cidade de Vila Velha, hoje reinando modorrento dia, depois da noite anterior em que se fez muita festa. Depois virão dois três e...