terça-feira, 28 de setembro de 2010

CANSAÇO

    Noite mal dormida, cansaço foi o que me restou. E a mente? Bom, tudo ficou embotado. A mente foi acompanhada pela audição e visão de acuidades deficientes somaram-se para concluir o quadro de ineficiências. Nem para a caminhada matinal eu estive apto fisicamente; faltaram-me forças nas pernas e, pelas mesmas razões, a agilidade costumeira ficou comprometida.

    Durante essa manhã foi aquele salve-se quem puder; o sono ganhava de todos os demais sentidos. Uma prostração tomou conta. Mal almoçamos, sentei-me numa poltrona confortável e adormeci, nada me incomodando quaisquer ruídos, tanto aqueles vindos de fora, como esses internos de qualquer moradia, quer fosse apartamento – nosso caso -, ou casas de um ou mais pavimentos – coisa cada vez mais escassa nessas habitações da Praia da Costa – hoje tomada por espigões por quase todos os lados.

    Mas o cansaço de hoje tornou-se o maior desses últimos dias. Bom dizer: não se trata de exaustão de forças por desmedidos exercícios físicos, apenas falta de repouso noturno suficiente para amenizar o cansaço de jornadas seguidamente mal dormidas. E digo mais: não foi por falta de "lexotan", que o sono não tivesse chegado de forma suficiente. Sempre foi notório que conversas sobre fatos estressantes no horário noturno levam o sono a passear pelos recantos escuros, sórdidos, mal falados e imprevisíveis de todos os entornos da cidade.

    Não é exagero dizer que, o estado de exaustão física e mental me fazia pesar toneladas. Para chegar até aqui, fiz longa caminhada e, agora, julgando melhor, encerro este texto; não dá mais para continuar: Que cansaço!


 

domingo, 26 de setembro de 2010

MEMÓRIAS III – 30 ANOS EM VILA VELHA

Este foi meu último livro publicado e faz referência, na minha autobiografia a um período de 30 anos, ou seja, de 1977 a 2007, época em que registrei fatos vividos na Grande Vitória e, de modo especial, na cidade de Vila Velha – ES.

Memórias III


Posted by Picasa

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A MADRUGADA EM QUE ME TORNEI CLEBRIDADE

A MADRUGADA EM QUE ME TORNEI CELEBRIDADE


 

Estava de passagem pela cidade de Santa Teresa - ES, eu entrei numa loja de vestuários finos, para senhores, que ficava próximo da farmácia do "Nono", fui logo atendido por um vendedor moreno que usava cabelos longos e negros – talvez fosse uma peruca -, nunca se soube. Eu procurava comprar uma vestimenta de luxo e completa, desde os sapatos ao chapéu. Provei alguns ternos, mas o que me caiu melhor foi um de coloração cinza claro e com textura semelhando à do linho cru. Depois de devidamente trajado posei ao lado de duas moças uniformizadas de branco e exibiam detalhes semelhantes aos usados pelas comissárias de bordo de aeronaves – belas jovens. Uma delas, fazendo-me abordagens, perguntava:

- O senhor comprou estas elegantes roupas para fazer alguma viagem?

- Sim. Viajarei para a cidade de São Paulo e tenho importante encontro na BOVESPA; devo movimentar pessoalmente meus milhões em ações - disse isso para fazer-me de importante.

Enquanto isso, eu fiz reserva num restaurante existente nas proximidades, onde se serviam finas iguarias gastronômicas. Ocorreu que o estabelecimento foi posto em reformas, causando com esse transtorno o cancelamento da minha reserva e minha transferência para estabelecimento similar. O arquiteto responsável pela obra de reforma do estabelecimento junto com sua esposa me cumprimentava, depois de ser apresentado com toda a pompa de quem é celebridade. Recebi abraços, apertos de mãos e afagos – quanta hipocrisia! Não aceitei ser transferido para outro restaurante e, nesse caso, montaram um ambiente devidamente decorado e minhas escolhas prontamente disponibilizadas. Enquanto eu degustava as iguarias, novas e mais fotos registraram minha presença sempre acompanhado de belas presenças femininas. Minha esposa não participava dessas encenações, pois ela não aprecia tais bajulações. Eu, não! Sempre que me surge oportunidade, exponho-me vaidosamente, especialmente quando se fazem presentes essas belas representantes do sexo feminino. E a coisa continuou, depois disso, com um coquetel oferecido pela loja de roupas onde comprei completo guarda roupas. Muitos brindes e aquela sequência de fotos e até de discursos se fez longa. Das beberagens oferecidas foi-me servido um refrigerante, tal como a água, era desprovido de sabor, não havia copos, nem mesmo os descartáveis; bebia-se diretamente do bico da garrafa. Nesse momento chegou o táxi que havia sido locado, colocadas minhas bagagens no porta-malas, o taxista deu partida e eu era lavado ao aeroporto para prosseguir minha viagem. Aonde estaria quando acordasse? Sim, ali mesmo!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ELEIÇÕES, SEMPRE A MESMA COISA...

    Vai eleição, voltam campanhas eleitorais e a troca de acusações entre favoritos se acirra. Parece que esses postulantes a cargos públicos eletivos, a qualquer momento que se encontrarem, se triturarão. Trituram sempre e o farão conosco - pobres eleitores, vítimas desses animais selvagens e conhecidos pelo nome de políticos -, até quando suportaremos tamanho sofrimento? Parece que nossos tímpanos se rebentarão de tanto ouvir repetidamente os mesmos apelos!

    Acusações levianas não faltam e nada do que se diz se torna provado. Alguns tiram proveito das acusações, dizendo-se injustiçados, mas vítimas sempre recebem os beneplácitos de nossos títulos eleitorais desatentos!

    Resta-nos, em meio a este turbilhão de vociferações, de maledicências, de promessas vãs, de engodo, de falta para com a verdade e tudo quanto nada podemos esperar.

    Essas falácias eleitoreiras contribuem para que nossas mentes, bombardeadas de tamanhas nulidades, levem todos esses apelos inócuos olvidarem-se por completo. Não sendo raro depois de breve tempo, tenhamo-nos esquecido em quais candidatos votamos nas últimas eleições.

    Não é assim que gostaríamos de presenciar a condução dos rumos a que deveriam nortear a administração pública da nossa nação, queríamos vê-la sob a égide de administradores com embasamentos éticos; fazê-la herança honrosa para nossos descendentes. Estes sentiriam e valorizariam a nação que lhes legamos e a possuiriam soberbamente.

    Ainda há esperança que isso venha a ocorrer?