quarta-feira, 30 de julho de 2008

RESUMO DE LIVRO

RESUMO DO LIVRO MEMÓRIAS... 2ª EDIÇÃO
Nasci em 15.03.1942 na localidade de Sossego, Município de Itaguaçu, hoje pertence ao Município de Itarana, localidade que era conhecida como Figueira de Santa Joana. Isso aconteceu na casa dos meus nonos maternos, porque meu pai estava a serviço do Exército, durante a Segunda Guerra Mundial.
Assim que meu pai retornou, ele nos levou para Várzea Alegre para residirmos junto com os nonos Quinto e Ágata, por pouco tempo. Logo nos mudamos para uma propriedade agrícola situada em Santo Hilário, nas proximidades da Barra do Rio Perdido. Nessa localidade, nossa moradia durou pouco e logo estávamos de volta a Várzea Alegre. O período de moradia em Várzea Alegre foi marcado pela convivência com os tios e os primos – uma infância de muitas e boas recordações, desde o lazer, o carinho recebido dos tios, do Nono Quinto, da Nona Ágata, da Tia Darcisa, dos tios Orlando, Octávio, Estevão, Epifânio, Júlio, Dário e Eugênio; a convivência com os primos Agostinho, Lourdes, Anízio, Zoraide, Ayres, Izabel e Senair – um tempo em que se sente a nostalgia de coisas da vida simples da roça como brincar de carrinhos, pescar e tomar banhos no Riacho Canudo nos poços de águas límpidas formados pela ação das enchentes causadas pelas chuvas antecedidas, quase sempre, por temporais de muitos relâmpagos, trovões e ventanias.
Meu período escolar do curso primário iniciou-se numa escola singular quando completei nove anos. Caminhava-se até o Patrimônio de Várzea Alegre descalço, sentindo a terra seca em brasa naqueles dias ensolarados ou nos lamaçais escorregadios em dias de chuva. Não era raro, a gente derramar acidentalmente aqueles tinteiros onde se molhavam as penas das canetas, tingindo de azul tanto as carteiras quanto as blusas brancas dos uniformes; os meninos com calças azuis marinho e as meninas com saias vermelhas pregueadas.
Esse tempo passou com a lentidão das coisas antigas; com a mudança dos meus tios para outras terras, com a minha partida para o Seminário Seráfico São Francisco de Assis – um internato onde conclui o curso primário e parte do ginasial. Continuei meus estudos, durante um ano no Ginásio Teresense e outro na Escola Técnica Federal do Espírito Santo. Não conclui o curso ginasial porque passei a trabalhar na farmácia que meu pai se associara a João Romélio Zonta, em várzea Alegre. Depois, tornei-me titular desse posto de socorro farmacêutico; perdemos nossa mãe prematuramente em 1960. No ano seguinte casei-me e, em 1962, Domingos nasceu. Nesses tempos difíceis, Edgard nasceu em 1965, ano em que nos mudamos para Fundão para uma curta moradia até 1966. Novamente em Várzea Alegre residimos na nossa antiga propriedade na companhia do Nono Quinto e da Nona Ágata que, um após outro faleceram.
Em 1968 nos mudamos para Colatina, onde fiz concurso para disputar emprego no INPPS, obtendo notas classificatórias para ocupar esse emprego público. Antes de se concretizar minha nomeação, trabalhei por algum tempo como escriturário numa empresa que produzia artefatos de cobre, vendia e instalava radiadores em veículos refrigerados a água. Fiquei por vários meses desempregado, conseguindo emprego numa farmácia até que chegasse minha nomeação em 1969 para assumir emprego no INPS. Um ano após a nomeação já conseguia ocupar uma chefia de serviço no Instituto, concluía o primeiro grau através de um supletivo, na época, chamado “Artigo 99”. Essa conclusão me permitiu matricular-me no Colégio Thelmo Motta Costa, onde concluí o segundo grau profissionalizante como Técnico em Contabilidade em 1973. Prestei vestibular e me matriculei no curso de ciências contábeis, colando grau no final de ano de 1977. Residi em Colatina de 1968 a 1977, ano em que nos despedimos dessa cidade, levando comigo experiências profissionais, experiências de vida, de convivência com vizinhos, com colegas de trabalho, colegas de acadêmicos. Os conhecimentos acrescentados nesta cidade valeram-me enfrentar novos desafios na Capital a partir de 1977, quando finalizo este texto, considerando-o como segunda edição. Outra parte brevemente também será publicada num livro independente, mas integrante da série “Memórias”. Este será o livro “Memórias III – 30 anos em Vila Velha”.

RESUMO DE LIVRO

RESUMO DO LIVRO “A PEDRA DA ONÇA – JAZIDAS, LAVRAS E GARIMPOS NO ESPÍRITO SANTO”Nome da obra:“A Pedra da Onça – Jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo”. Esse nome é, na realidade, um ícone dos garimpos no Estado do Espírito Santo.Sobre o autor:Idomar Taufner.Formação: Ciências Contábeis.Atividades profissionais: Farmacêutico prático, agricultor, funcionário público e docente de contabilidade em escolas de nível superior (FAESA e UVV). Atualmente é aposentado como Auditor da Receita Federal do Brasil.Atividade paralela: Durante 40 anos dedicou-se ao garimpo de pedras preciosas e semipreciosas, adquirindo prática empírica e realizando pesquisas técnicas sobre o assunto. Para esse mister contava com a colaboração de garimpeiros (práticos), trabalhando descontinuamente e de forma absolutamente amadora.Motivação: A história da lavra da Pedra da Onça, descoberta em 1941, motivou o interesse pelo assunto em toda a população da região dos municípios limítrofes de Itarana, Itaguaçu, Santa Teresa e de outros mais distantes.Conseqüências: Com a expressiva quantidade de pedras preciosas encontradas, houve a geração de grandes fortunas para os partícipes desse garimpo; fortunas que trouxeram imediata mudança na vida financeira de muitas famílias dessas localidades e de muitas pessoas vindas de outros estados que levaram consigo a riqueza ali auferida, não deixando nada, nem mesmo notícias de suas participações; alguns, com a mesma facilidade com que adquiriram as fortunas, deixaram que se lhes escapassem das mãos. A grande notícia do evento incomum criou na região central do Espírito Santo, com maior ênfase, um efeito psicológico que resultou em outras grandes descobertas de riquezas de cristais de águas-marinhas, ametistas; quartzo incolor, róseo, enfumaçado, berilos, topázios, andaluzitas, crisoberilo e crisoberilo olho-de-gato, pedra da lua, granadas, brasilianitas, hematitas, piritas, fluoritas, as principais gemas de que se têm notícias, produzidas no solo espírito-santense.As histórias: Desde o litoral dos municípios de Guarapari, Cariacica, Serra, Fundão e Aracruz ao extremo sul, e oeste, incluindo-se os municípios centrais aos dos extremos noroeste e sudoeste, são relatados sob a forma de depoimentos verbais transcritos na obra e boa parte das memórias do próprio autor sobre as suas experiências diretas na atividade garimpeira.Pesquisas Técnicas: Técnicas de garimpagem a céu aberto e através de galerias subterrâneas e de exploração de lençóis aluviais. Dados inerentes às formas cristalinas das gemas, propriedades físicas e composições químicas, as formas da garimpagem, a transformação a que os lapidários dão forma e beleza para que, finalmente, os joalheiros as integrem a metais preciosos na produção de jóias e adornos.Finalmente: Uma parte de curiosidades sobre as gemas como o poder de cura que podem as pedras possuir (o que muitos crêem) e uma vasta simbologia como datas de aniversários de casamentos, anjos, astros, profissões e signos.Cuidados com o meio ambiente: dar proteção aos ecossistemas (florestas, nascentes, rios, solo, lençóis freáticos e paisagens naturais como pedreiras e vales) e recompor danos porventura causados.O livro se encontra à venda na Livraria Logos, em Vitória- ES, ao preço de R$ 30,00 (trinta reais) cada exemplar.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

PESCARIA E OUTRAS COISAS...

Nada melhor que se estar à beira de um rio com um caniço municiado com anzol e minhocas para servirem de iscas. Nesse curso de água em que estávamos havia peixes de espécies diversas como jundiás, traíras, carás, lambaris, moréias e outros. Havia peixes de espécies desconhecidas visíveis no fundo desse rio de águas transparentes, muitos deles aparentando estarem mortos e já em decomposição.
Cada vez que eu lançava o anzol com isca, nem acabava de chegar ao fundo, algum peixe mordia a isca e fazia uma corrida vigorosa; eu puxava e trazia para a tona um jundiá, dois, três... E já não dava para contar todos os peixes fisgados. Havia muitos bagres, carás, traías e piabas. Luiz Pacífico ao passar pelo local lançou seu anzol, como de costume fisgou um piau vermelho, peixe raro nessas águas.
Enquanto nós pescávamos, uma mulher desconhecida entrou no rio e nós lhe pedimos que não continuasse, pois espantaria os peixes, o que prejudicaria nossa pesca. Ela deixou a água prontamente e após alguns minutos voltamos a fisgar mais alguns exemplares. Agora conseguimos apanhar traíras pequenas. Nestes peixes havia um detalhe jamais visto: as traíras exibiam longas barbatanas semelhantes àquelas dos peixes voadores marinhos. Assim continuamos pescando por longas horas...
Depois fui a um local em que se criavam pássaros silvestres. Havia juritis, sabiás, rolinhas e o mais curioso que vi nesse local, além das instalações semelhantes à de uma granja de galinhas, centenas de periquitos “tuim”, propiciando visão inusitada semelhante a uma plantação que exibindo criaturas de coloração verde como se fossem minúsculos papagaios; minúsculos ovos brancos colocados numa série de incubadoras de tal modo que no final de uma fileira delas surgiam pequenos filhotes que ao nascerem ostentavam corpinhos nus, em seguida outros tantos com penugens claras, depois uma remessa ostentava algumas penas verdes, como se estivessem a brotar e finalmente os filhotes já exibiam cobertura de penas verdes por todos os corpos. Havia gaiolas que se empilhavam em carros para se efetuarem entregas nas lojas especializadas na venda de animais domésticos de estimação, rações, gaiolas e outras utilidades (Pet Shops).
Além dos criatórios de aves, visitei uma criação de cães, também num sistema de produção contínua, assim: um plantel de cadelas era assistido por inseminação artificial, veterinários faziam o acompanhamento da prenhez até que parissem seus filhotes. Bem, a partir dessa etapa, a assistência ficava por conta de veterinários dos pequenos até o tempo do desmame. Assim que os caem iniciassem alimentar-se com rações balanceadas apropriadas para filhotes, os animais, nessa fase, eram oferecidos ao público comprador nas casas especializadas.
Nesse sonho eu fiz uma longa viagem pelo mundo animal, desde o aquático, ao das aves e ao dos cães. Eu vi coisas maravilhosas que a natureza oferece; lamentavelmente nós humanos, já divorciados da natureza, contribuímos para que outras espécies, ainda habitando o mundo natural, se tornem coisas produzidas em escala industrial. Será que no futuro também os humanos serão produzidos para atender interesses econômicos, como profissionais para suprir a demanda dessa ou daquela atividade laboral? Seria ético? E sob o aspecto religioso, como seria a visão? Na verdade essas indagações povoaram mais um dos meus sonhos.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

SALVATORE CACCIOLA, RÉU OU VÍTIMA?

É réu porque foi julgado e condenado pela Justiça. Tendo se evadido, tornou-se foragido, retornando à terra natal com algum dinheiro que lhe sobrou da massa falida, provavelmente contabilizada num “caixa dois”. Mas Cacciola é vítima de um sistema que privilegia os espertos, aqueles que têm sede de amealhar, de qualquer forma, poupança para garantir seu futuro e, também, aquele dos descentes - sabe-se lá por quantas gerações. Aquilo que o Estado conseguiu alcançar confiscou. Pobre Cacciola retorna agora extraditado, preso, tendo apenas os privilégios de não ser algemado na chegada e ocupar uma cela “especial” por ser detentor de um diploma de economista (seria falso?).
Cacciola foi pego num momento que a Nação promovia uma caça às “bruxas”, num daqueles raros momentos inquisitivos, quando algum delator expõe ao público as entranhas podres e fétidas dessa terra de “Cabral”. Quantos “Cacciolastupiniquins circulam impunemente por ai? Quanta riqueza espúria circula pelas casas financeiras? Ativos mobilizados e imobilizados garantem vida de “rei” a muitos cidadãos portadores de vida ilibada, gente cuja origem não desperta qualquer desconfiança, mesmo porque os crimes (espertezas) não transmitem nenhuma culpa “original”.
Neste contexto existem duas classes de cidadãos: os que contam com a impunidade complacente do poder público (os sagazes) e os que cumprem rigorosamente os deveres de retidão, nisso entendidos os princípios morais e éticos. Estes são os ingênuos que costumam tornarem-se óbices aos detentores do poder, não sendo raro serem considerados “beócios”.

terça-feira, 22 de julho de 2008

TRÂNSITO COMPLICADO

Tanto em Vitória como em todas as cidades limítrofes, quase em todas as ruas, avenidas, praças e alamedas há canteiros de obras, causando trânsito caótico por toda parte e quem sofre com isto é a população que, nem sempre vê suas reclamações antendidas. Ontem, mesmo, vinha trafegando pela Avenida Jerônimo Monteiro me vi envolvido num acidente causado por uma daqueles grandes picapes que têm capacidade de carga para mais de dois mil quilogramas. Esse auto não respeitou minha faixa, invadindo-a e me causando uma “fechada” que culminou no amassamento, quebra de farol e retirada do pára-choque da minha viatura. Por sorte ninguém saiu ferido, mas os estragos foram consideráveis.
Buzinei e gritamos simultaneamente para que o condutor da picape parasse para verificarmos os danos causados. Dialogaríamos para entendermo-nos acerca das providências para os reparos que se faziam necessários e, como faço costumeiramente quando me ocorre coisa semelhante, eu permaneci por alguns segundos em silêncio, aguardando pela atitude do meu interlocutor. Nesses casos, não costumo evocar de quem é a culpa ou de quem é a responsabilidade. O interessante é que o próprio culpado assuma a responsabilidade, sem quaisquer discussões; isto é óbvio, embora nem sempre ocorra de forma espontânea. No caso presente, o condutor da picape aproximou-se de nós e logo manifestou sua intenção de ressarcir os danos, indicando-me uma concessionária localizada em Jardim América. Seria necessário que fôssemos à oficina e acionássemos um serviço de guincho, pois o radiador do nosso carro fora danificado e houve um escoamento de toda a água da refrigeração. Chegaríamos à oficina numa carona oferecida pelo próprio em sua picape.
Para chegar à região da Vila Rubim foram horas de engarrafamento. Quando parados queimava-se combustível em flagrante desperdício, contribuindo com o aumento de gases poluentes na atmosfera que respirávamos. Apesar de o motorista ter demonstrado boa Vontade, aquela dificuldade de atravessar a Cidade de Vitória o deixava tanto quanto a nós impacientes, irritados e estressados.
Quando chegamos à Vila Rubim, toda a pavimentação havia sido retirada: havia um só atoleiro, onde muitos carros se encontravam sem condições de prosseguir e, ao mesmo tempo, impediam que outros atravessassem. Nesse caso, adquirimos alimentos porque já havia passado o horário de nosso almoço e nem sabíamos quanto tempo ainda teríamos nesse trânsito. Ali eram oferecidos ao pessoal naquele segmento intransitável salgadinhos, dentre os quais salsichas empanadas, pastéis, cochinhas, quibes, cachorro quente e refrescos feitos com aqueles pós com sabores artificiais (sabores de uva, laranja, pêssego, morango, etc.). Nosso condutor não escondia sua irritação e dizia que aqueles alimentos poderiam elevar nossos índices de colesterol e aumentar taxas de glicose, triglicerídeos, etc.
Permanecemos ali por longas horas, sem nenhuma ajuda; apenas os motoristas em gestos solidários colaboravam uns com os outros, mas com tamanho problema, essa Cooperação em pouco ou nada contribuía para solucionar tal impasse, pois não se ia nem se vinha de lugar algum.
O cansaço, o estresse, a sede e o calor sufocante davam mostras que algo pior ainda estaria por acontecer: negras nuvens cobriam os céus, prenunciando que, a qualquer momento desabaria violento temporal. E isso não tardou acontecer, quando uma brisa forte açoitava as copas das árvores, parecendo arrancá-las pelas raízes. Isso foi seguido por grossos pingos de chuva, relâmpagos cortaram os céus, seguidos de trovoadas, mais relâmpagos e uma chuva torrencial desabou nos deixando impedidos de enxergar pouco espaço adiante dos nossos narizes.
Depois a chuva abrandou, deixamos a cabine da picape e nos refugiamos nos estabelecimentos comerciais, que ainda tinham as portas abertas, especialmente nas raras lanchonetes, onde podíamos saciar nossa sede e comer alguma guloseima para tapear nossos estômagos.
E o nosso carro avariado? Quando seria possível que um guincho chegasse lá? Certamente, essa viatura, impossibilitada de locomoção, constituía mais um entrave para o caos que se tornara todo o trânsito da Capital. Provavelmente, alguma providência não vista por nós, teria ocorrido como a retirada da via pública, sendo arrastado para cima do passeio para, assim, dificultar o fluxo dos pedestres por essa via.
Obras públicas, apesar dos benefícios que trazem, também dificultam o trânsito e causam tumultos, cujos benefícios certamente virão.
Hoje amanheceu um dia de céu límpido, o sol raiando e espargindo luz. As tempestades da madrugada se foram e só existiram na mente dos sonhadores, mas as obras públicas, embora não com a intensidade vista nessa noite, continuam a salpicar os logradouros públicos e a dificultarem o trânsito tanto de veículos como de pedestres, tudo em nome do necessário progresso.
Vila Velha, 22 de julho de 2008.

domingo, 13 de julho de 2008

CASARÃO DA FAMÍLIA LIMA PEDE SOCORRO


As famílias Lima e Damascena, ambas originárias dos imigrantes lusos brasileiros procedentes de Campos de Goitacazes, Rio de Janeiro, colonizadores pioneiros de glebas de terras chamadas pelos antigos de Sesmarias, tinham como sedes das terras dos Lima, local em que funcionou o comércio de Luiz Lima, casado com Maria Corteletti, pais de Norberto, Oscar, Mário, Geraldo Lima e..., é este casarão localizado a frente da residência de Hilton Corteletti. A sede da sesmaria do patriarca João Damascena era um casarão (creio de tenha sido mais antigo) localizado na sede de nossa propriedade situada
Foto do casarão da família Lima
na barra do riacho “Canudo”; lamentavelmente demolida e apagada sua memória histórica para sempre.
Quando o progresso bate as portas de Várzea Alegre, é natural que a juventude tenha anseios por conhecer fatos históricos dos antepassados, mas com a demolição da sede dos Damascenos e a possibilidade de que também a sede da família dos descendentes de João Lima tenha destino idêntico, me vejo no dever de alertar a quem interessar possa que a destruição de tão importante monumento da memória da colonização de Várzea Alegre, localidade jurisdicionada ao Município de Santa Teresa, PEDE SOCORRO para que esse marco de memória não seja destruído e sepultado definitivamente.
Esse casarão não representa uma construção tosca; é na verdade sólida edificação que, nem todas as agressões sofridas foram capazes de destruí-lo.
Quanto à sede da família Damascena, que representa marco de minhas memórias registradas no livro “Memórias – 2ª edição, eu cuidei de trazer sua imagem existente na minha memória através de um desenho tosco de minha autoria. Assim fiz o resgate de imagem residual, que pessoas antigas poderão testemunhar o valor histórico dessa edificação centenária. Para demonstrar o estado lastimável que um local que há algum tempo deixou-se impregnar por antigas emoções.
Esse casarão, que teria sido construído em fins do IXX ou início do XX foi sede da sesmaria e ponto comercial da família Lima, descendentes de luso brasileiros provenientes de Campos de Goitacazes – RJ.
Várzea Alegre dista 35 quilômetros da Cidade de Santa Teresa, município a que é jurisdicionada. Com a ligação asfáltica em construção estará ligada a Patrimônio de Santo Antônio do Canaã por 17 quilômetros de moderna pista pavimentada. Tal estrada com cobertura asfáltica propiciará, já nos próximos dias, incentivo ao progresso para as localidades servidas, trazendo comodidade e facilidade na escoação de produção agrícola diversificada da região de Várzea Alegre, trazendo economia e agilidade à saída das mercadorias para os centros consumidores.
A rodovia citada acima, exibe a fase final das obras, faltando apenas alguns trechos de meios fios e sinalizações horizontais e verticais para, brevemente, ser inaugurada. Concluída essa via, Várzea Alegre experimentará ciclo de progresso nunca visto. Justamente neste momento o casarão da família Lima corre o risco de desaparecer para sempre. Com este manifesto pessoal lanço a semente para que esse imóvel seja preservado, restaurado e convertido numa casa de cultura ou algo que venha exibir utilidade pública. Se você for alguém descendente dessa família Lima, ou se deseja preservar um patrimônio que pertence a história, ainda é tempo de descruzar os braços, arregaçar as mangas e por mãos à obra. Participe, difundindo esta idéia,

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DIA DA VACINA

Vacina sempre foi notícia capaz de tirar o sossego das crianças. Houve época que no Rio de Janeiro aconteceu uma reação popular, tornada famosa como “Guerra da vacina”. Também quando implantada a vacina antigripal gratuita para os idosos, circulou um boato, difundindo notícia de que essa campanha vacinal nada mais era do que uma forma de contaminar e extinguir idosos, como forma de proteção à combalida situação financeira da previdência social. E a notícia se espalhava entre a população de idosos inativos, carentes e desinformados. Muitos evitaram serem vacinados, principalmente alguns residentes na área rural ou nos bairros periféricos.
Mas a atual campanha é dirigida à população de cães e gatos, tanto desses que causam conflitos entre moradores de condomínios, desses bravos que protegem quintais de mansões, de outros mimados pelas madames e crianças, como alguns moradores nas propriedades rurais, que afastam bichos e pessoas intrusos, ou avisam, latindo quando chegam visitas, mesmo as desejadas. Amanheceu frio, nesse dia, e a paisagem estava coberta por uma névoa tão branca quanto algodão. Hoje era um dia sagrado: todos os cães e gatos da fazenda deviam ser vacinados, tanto Mickey quanto Scooby, pois apenas estes eram os animais de estimação existentes; há bastante tempo não se via um só gato por ali.
Chamados os dois cães, Mickey parecia oferecer o pescoço à coleira; Scooby, um autêntico Basset preto, com um par de olhos amarelos salientes, apesar de sua docilidade habitual, nesse dia mostrou-se arredio, não ousando aproximar-se de qualquer pessoa que o chamasse. Nem Aloízio de quem recebia constantes afagos, permitiu que o pegasse, reagindo estranhamente com mordidas e rosnadas. Levados, Mickey pela coleira, Scooby acompanhava à distância. Assim que a equipe de vacinação chegou, embrenhou-se pelo mato, não ousando sequer usar o caminho habitual, ficando, dessa forma desamparado pela cobertura vacinal e sujeito a contrair doenças, especialmente raiva, enfermidade grave que pode ser transmitida a outros animais domésticos, inclusive aos humanos.
Acrescento mais uma observação a respeito do comportamento que torna a espécie canina quase humana, quando vi naquela manhã do dia da vacinação, o comportamento de rejeição a uma simples picada de agulha, que o cãozinho demonstrava apenas por ouvir falar sobre o assunto dias e horas antes da consumação do ato. Vi perfeitamente que Scooby sabia o que significava ser vacinado: demonstrava medo, tornando-se arredio e feroz. Acho até que os cães são capazes de entender nossa linguagem; nós, no entanto, é que somos incapazes de decifrar suas palavras (latidos), mas se observarmos bem, esses animais demonstram expressões emocionais de raiva, de alegria, de medo, de apreensão, de rejeição, de afeição e... Eles são (acredito), as criaturas que mais estão próximas de uma comunicação entre espécies diversas (humanos e caninos). Por enquanto esta espécie animal, talvez seja a mais amada e mais odiada, quando esses sentimentos antagônicos produzem conflitos entre habitantes de moradias verticalizadas, não raro chegarem essas pendengas aos tribunais e isso se torna tendente a números cada vez mais expressivos porque muitas pessoas se tornam dependentes do afeto animal para minimizar os surtos depressivos que a humanidade se vê afetada pela carência afetiva. Com as estatísticas demonstrando fatos e mais fatos, que buscam o Poder Judiciário, não me causará nenhuma estranheza se no futuro forem criadas varas específicas como foro apropriado às ações que envolvam como objeto os caninos.
Mais uma vez me posicionei, estudando o comportamento dos cães, não possuo nenhum exemplar dessa espécie; nem o faria, pelos motivos seguintes: minha moradia não tem acomodações apropriadamente confortáveis para tal convivência; além de mim, teria mais um ser para incomodar vizinhos; não disponho também de tempo para os cuidados para o trato da saúde, da higiene e para a dedicação do afeto que reclamam como seres viventes.
Continuo a condenar o mal estar causado pelos dejetos deixados nas vias de uso comum (praias, calçadões, ruas, elevadores, etc.). Não atribuo essa responsabilidade aos nossos animais amigos. Considero culpados os donos que os permitem emporcalhar nossas áreas de uso comum, que se omitem na manutenção da saúde, contribuindo para a instalação de zoonoses, levando sérios riscos à saúde da população.