segunda-feira, 28 de julho de 2008

PESCARIA E OUTRAS COISAS...

Nada melhor que se estar à beira de um rio com um caniço municiado com anzol e minhocas para servirem de iscas. Nesse curso de água em que estávamos havia peixes de espécies diversas como jundiás, traíras, carás, lambaris, moréias e outros. Havia peixes de espécies desconhecidas visíveis no fundo desse rio de águas transparentes, muitos deles aparentando estarem mortos e já em decomposição.
Cada vez que eu lançava o anzol com isca, nem acabava de chegar ao fundo, algum peixe mordia a isca e fazia uma corrida vigorosa; eu puxava e trazia para a tona um jundiá, dois, três... E já não dava para contar todos os peixes fisgados. Havia muitos bagres, carás, traías e piabas. Luiz Pacífico ao passar pelo local lançou seu anzol, como de costume fisgou um piau vermelho, peixe raro nessas águas.
Enquanto nós pescávamos, uma mulher desconhecida entrou no rio e nós lhe pedimos que não continuasse, pois espantaria os peixes, o que prejudicaria nossa pesca. Ela deixou a água prontamente e após alguns minutos voltamos a fisgar mais alguns exemplares. Agora conseguimos apanhar traíras pequenas. Nestes peixes havia um detalhe jamais visto: as traíras exibiam longas barbatanas semelhantes àquelas dos peixes voadores marinhos. Assim continuamos pescando por longas horas...
Depois fui a um local em que se criavam pássaros silvestres. Havia juritis, sabiás, rolinhas e o mais curioso que vi nesse local, além das instalações semelhantes à de uma granja de galinhas, centenas de periquitos “tuim”, propiciando visão inusitada semelhante a uma plantação que exibindo criaturas de coloração verde como se fossem minúsculos papagaios; minúsculos ovos brancos colocados numa série de incubadoras de tal modo que no final de uma fileira delas surgiam pequenos filhotes que ao nascerem ostentavam corpinhos nus, em seguida outros tantos com penugens claras, depois uma remessa ostentava algumas penas verdes, como se estivessem a brotar e finalmente os filhotes já exibiam cobertura de penas verdes por todos os corpos. Havia gaiolas que se empilhavam em carros para se efetuarem entregas nas lojas especializadas na venda de animais domésticos de estimação, rações, gaiolas e outras utilidades (Pet Shops).
Além dos criatórios de aves, visitei uma criação de cães, também num sistema de produção contínua, assim: um plantel de cadelas era assistido por inseminação artificial, veterinários faziam o acompanhamento da prenhez até que parissem seus filhotes. Bem, a partir dessa etapa, a assistência ficava por conta de veterinários dos pequenos até o tempo do desmame. Assim que os caem iniciassem alimentar-se com rações balanceadas apropriadas para filhotes, os animais, nessa fase, eram oferecidos ao público comprador nas casas especializadas.
Nesse sonho eu fiz uma longa viagem pelo mundo animal, desde o aquático, ao das aves e ao dos cães. Eu vi coisas maravilhosas que a natureza oferece; lamentavelmente nós humanos, já divorciados da natureza, contribuímos para que outras espécies, ainda habitando o mundo natural, se tornem coisas produzidas em escala industrial. Será que no futuro também os humanos serão produzidos para atender interesses econômicos, como profissionais para suprir a demanda dessa ou daquela atividade laboral? Seria ético? E sob o aspecto religioso, como seria a visão? Na verdade essas indagações povoaram mais um dos meus sonhos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário