terça-feira, 26 de outubro de 2010

ORAÇÕES, VELÓRIO E OUTRAS COISAS

Acordei às três horas da manhã, sentindo necessidade de orar, pois um vazio e um temor se apossavam de mim. Orei mentalmente, por quanto tempo não sei. Na sequência de uma oração após outra e pedidos de graças e perdão pelo pesado fardo de pecados, adormeci e agora orava durante velório de que passei a participar numa residência de estranhos localizada na cidade de Fundão. Assim, eu orava continuamente na intenção da alma da pessoa falecida. Nessa casa não havia uma só pessoa que eu conhecesse, mas conversava com quase todos.

Em certo momento, pessoas presentes me indicaram um homem que se encontrava deitado sobre uma laje de granito que aflorava numa sala localizada no térreo dessa residência e isso fazia com que a altura do piso ao teto ficasse diminuída em algumas posições, podendo-se ver nitidamente instalações de tubulações hídricas e sanitárias sob a laje de concreto abaixo de onde repousava o pavimento superior. Aproximei-me dele e dialoguei:

- O senhor é o dono da casa?

- Sim. Respondeu-me.

- Parente do velado?

- Sim, meu filho.

Esse homem não era pessoa que prolongasse diálogo com estranhos; economizava palavras. Sim, no caso eu era o estranho.

Depois de algumas horas, durante a madrugada fui chamado a tomar o caminho de retorno a casa. Saí com membros da nossa família em direção onde havia estacionado nosso fusca verde. Surpreso como já me acontecera em outras vezes, vi o local onde nosso carro deveria estar estacionado e o mesmo não mais se encontrava lá. Alguns metros abaixo, num terreno baldio, podiam-se ver os restos do nosso veículo. Não era nada mais que sucata; pouca coisa restava. Mesmo assim, com o auxílio de populares presentes, os restos do nosso fusca fora tracionados para cima e encostado a um poste, pois não tinha freios e poderia movimentar-se rua abaixo e causar danos aos transeuntes da localidade.

Procurava saber se ainda continuava como delegado, velho amigo meu ao que, se dizendo titular do cargo, me informava que aquele outrora delegado de polícia, há muito se transferira para outra dimensão e nunca mais retornaria. Meu interlocutor me indaga:

- Por que, mesmo o senhor procura pelo ex-delegado Alarico Barcellos?

- Não vê que preciso fazer uma ocorrência policial para acionar a seguradora e buscar indenização ao sinistro ocorrido?

- Porque não me disse antes, tendo o objeto segurado, as coisas se tornam menos complicadas. Retrucou esse tal Delegado, acrescentando que o Boletim de Ocorrência só poderia ser fornecido quanto o superintendente policial retornasse de viagem que fazia ao exterior. Entretanto podemos negociar. Basta que o senhor deixe comigo os restos do veículo sinistrado, instrumento de mandato procuratório, seus documentos pessoais e de propriedade, inclusive de licenciamento do veículo. Enquanto isso, você poderá circular com este meu carro até quando tiver notícias da liberação da seguradora.

Juntei pertences e pessoas que me acompanhavam nessa viagem e partimos com destino a casa. Ao chegarmos ao posto da Polícia Rodoviária Federal, que funciona na lateral da BR-101 no município de Serra, uma barreira estava montada e aguardava minha chegada. Parei e um agente policial exigiu-me documentos do auto, certificado de habilitação e demais documentos pessoais. Argumentei:

- Este automóvel foi tomado por empréstimo do Delegado de Polícia Civil de Fundão, enquanto aguardamos que a companhia seguradora indenize as avarias do meu veículo, objeto de sinistro.

O agente policial fez valer sua autoridade, dizendo:

- Temos um pedido de retenção deste auto e de seus documentos, exatamente proveniente da Delegacia de Polícia de Fundão. O veículo está retido, podendo vossa senhoria prosseguir viagem junto a todos os ocupantes, deixando além dos documentos do veículo, informações de endereço residencial, cédula de identidade e CPF. Pede-se, inclusive, que o senhor se mantenha no endereço residencial informado. Qualquer tentativa de viagem poderá ser objeto de detenção por quaisquer autoridades policiais.

Enquanto ainda tentava explicar-me ao policial, ouvi os sons de “toc, toc, toc” na porta do meu dormitório e uma pessoa cuja voz me é conhecida a chamar-me por meu nome.

sábado, 16 de outubro de 2010

JULGAMENTO PELAS APARÊNCIAS

Um senhor colecionava amizades pelo mundo virtual da internet, com homens e mulheres, alguns deles na sua faixa etária; porém grande maioria era jovem. A todos ele tratava cordialmente. Não era raro falarem-se, utilizando palavras reduzidas, assim: a palavra você, escreviam-na vc ou vcê. Até mesmo seus nomes, quando possível, podiam ser escritos de forma abreviada. Até em sites de relacionamentos procurava fazer amizades; jamais ocultava seu verdadeiro estado civil, isso fazia parte de cada perfil feito para cada programa, inclusive nas redes sociais do Orkut, Facebook e outras.

A esposa lia nos jornais, ela via na televisão coisas desabonadoras sobre práticas de crimes de pedofilia e traições de esposos e esposas via internet, cometendo adultérios virtuais e isso a deixava preocupada com seu marido, ocupado na maior parte dos dias a escrever textos de crônicas, contos e de livros. Nos intervalos das suas escritas fazia contatos com esses amigos do MSN através de mensagens instantâneas, deixava mensagens e as recebia através do Orkut e do Facebook. Depois voltava às suas escritas habituais, produzindo grande acervo de textos, posteriormente postados num blog mantido na Web.

Nosso personagem, colocado sob suspeita, sem que o soubesse, foi mantido sob rigorosa vigilância e não tardou que fosse flagrado exibindo o perfil de uma idosa, onde ela falava de si e das suas preferências do parceiro que julgava ideal. Isso se tornou bom aviso de que seria temerária sua incursão por esse meio, onde pessoas de todas as idades procuram encontrarem pares para relacionamento ou simplesmente cultivarem amizades em distâncias, muitas vezes, remotas.

E não tardou muito que, em determinado dia, o tal senhor respondia um e-mail de uma amiga, usando inadvertidamente seus nomes resumidos, deixando impressão aparente de sinais de excessiva intimidade. Ele nunca havia dispensado esse tratamento a essa amiga que, por certo, não o reprovou, mas não tornou resposta nesse mesmo tom de intimidade. Sua esposa apossada de desconfiança leu a mensagem e sentiu-se traída como se seu esposo estivesse praticando um ato de infidelidade. Não restavam dúvidas, pois o tom do tratamento dispensado à amiga poderia assim ser considerado. Isso causou um mal estar injustificável na vida desse casal, unido há várias décadas pelos laços matrimoniais.

Esse senhor, por mais que tentasse se justificar, nada conseguia senão aumentar o grau de suspeitas, tudo por causa de uma aparência de coisa escrita, feita sem os necessários cuidados. Até mesmo a amiga a quem respondia uma mensagem poderia ter estranhado a forma de tratamento, coisa que seria própria para conversas coloquiais. É! Nosso amigo foi traído pelo descuido. E agora, como justificar? As aparências não deixavam dúvidas para que o caso tivesse julgamento simplesmente pelas aparências.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA


Acabo de receber a monumental obra de autoria de Carlos Cornejo e Andrea Bartorelli, “MINERAIS E PEDRAS PRECIOSAS DO BRASIL”, livro elaborado com historiografia cientificamente comprovada em fontes primárias, iconograficamente rico em gravuras e fotos de garimpos e de minerais e de vastas coleções de pedras preciosas brasileiras, onde são detalhadas origens geográficas dos vários tipos de pegmatitos. O livro foi lançado recentemente em maio deste ano, através da SOLARIS EDIÇÕES CULTURAIS – São Paulo, 2010.

Num rápido manuseio e leitura, constatei fotos e textos e, especialmente, num mapa intitulado PROVÍNCIA PEGMATÍTICA ORIENTAL DE MINAS GERAIS, constante da página 507, cuja parte de sua cópia junto anexa, abrangendo todo o Estado do Espírito Santo, parte do Estado da Bahia e todo o Estado do Rio de Janeiro, citando ao lado municípios capixabas até onde chega essa abrangência, embora não completa. Esta constatação se estende por vários textos, adiante citados, que corroboram com informações constantes das gemas preciosas encontradas ao longo do Estado do Espírito Santo, embora incompleta nessa particularidade, o livro contempla muitas citações, cujos textos, eu os insiro neste trabalho, inclusive com citações das respectivas páginas para serem juntadas ao nosso livro “A Pedra da Onça – Jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo”, ora em trabalho sendo feito para a sua segunda edição.

Página 44, a figura à esquerda da parte inferior tem a seguinte menção:

“Cristal de escapolita (35 x 20 cm), Itaguaçu, Espírito Santo. Coleção de Andrea Bartorelli. Fotografia de Marcela Lerner...”

Página 106, ao lado da figura consta:

“Cristais geminados de crisoberilo (30 x 30 mm), Santa Teresa, Espírito Santo. Coleção de Keith. Proctor. Fotografia de Jeff Scovil. O crisoberilo foi descrito pelo mineralogista Franz Von Klaproth em 1795, a partir de amostras procedentes do Brasil”.

Páginas 276 a 277:

Na primeira página, abaixo de uma foto, ao alto, faz-se a seguinte menção: “Cristal de crisoberilo e pedra lapidada (10,77 quilates), procedentes de Itaguaçu, Espírito Santo, Canadian Museum of Nature. Fotografia de Jeff Scovil”. Na página seguinte (277), abaixo de uma foto ocupando quase página inteira, consta: “Cristal geminado de crisoberilo (30 x 50 mm), Santa Tereza, Espírito Santo. Exemplar da coleção de Luiz Paixão, pertencente ao acervo do Museu de Geociências da Universidade de São Paulo. Fotografia de Marcelo Lerner...”.

Página 418:

“[...]... A andaluzita foi encontrada nas areias do Rio Araçuaí e tributários, no Córrego do Fogo, em Malacacheta, e nos municípios de Minas Novas, Araçuaí e Itinga, em Minas Gerais, além do município de Santa Teresa, no Espírito Santo, onde foi achada andaluzita gemológica nos colúvios de encostas e nos aluviões dos rios... [...]”

Página 463:

“[...]... Os pegmatitos estão sempre associados a intrusões graníticas e tiveram origem a grandes profundidades; na principal região produtora do Brasil, a Província Pegmatítica Oriental de Minas Gerais, que engloba também parte do sul da Bahia e do oeste do Espírito Santo, estima-se que os pegmatitos se formaram como resultado da intensa atividade vulcânica, datada de 550 a 600 milhões de anos, que propiciou a formação de inúmeros maciços graníticos dos quais se agregaram milhares de corpos pegmatíticos, a uma profundidade estimada entre cinco a dez quilômetros sob a superfície original do terreno... [...]“

Página 465:

“Agrupamento de cristais de água marinha (45 x 65 mm) cujas terminações, originalmente piramidais, foram corroídas, adquirindo um formato cônico alongado que se assemelha a uma “ponta de lápis”, no linguajar garimpeiro. Amostra procedente de Mimoso do Sul, Espírito Santo, pertencente à coleção de Júlio Landmann, também autor desta fotografia”.

Página 468:

“[...]... Atualmente, a maior parte da água-marinha brasileira é comercializada nas cidades de Teófilo Otoni e Governador Valadares, proveniente de jazidas situadas principalmente nas localidades de Catugi (antigamente conhecida como Três Barras), Padre Paraíso, Caraí (com destaque para o distrito de Marambaia), Medina, Teófilo Otoni, Santa Maria de Itabira e Pedra Azul. Há ocorrências significativas, também, em Mimoso do Sul, no Espírito Santo, e em Jaquetô, na Bahia... [...]”.

Página 471:

“As maiores jazidas ocorrem nos pegmatitos da Província Pegmatítica Oriental, a mais rica, compreendendo parte dos estados de Minas Gerais, Bahia e Espírito Santo, formada por ao menos oito “distritos” pegmatíticos; e a Província Pegmatítica do Nordeste... [...]”.

Página 480:

“[...]... No Estado do Espírito Santo distinguem-se os distritos do Centro-Oeste, que inclui localidades tais como Fundão, Santa Tereza, Itaguaçu e Pancas, e o distrito de Mimoso do Sul, na divisa com o Rio de Janeiro, com destaque para a lavra da Concórdia, que em 1990 produziu um bolsão contendo finos cristais de água-marinha de coloração azul com formato de “ponta de lápis”. Pancas ganhou manchetes nos jornais em outubro de 1987, quando o minerador Isaulino Antônio da Silva achou, na cabeceira do Rio São José, uma água-marinha de 20,5 quilos... [...]”.

Página 507:

Além da inserção do mapa da Província Pegmatítica Oriental de Minas Gerais, há uma relação de localidades, chamada DISTRITOS PRODUTORES DE ÁGUA-MARINHA, onde figuram no Oeste do Estado do Espírito Santo: Colatina, Santa Tereza, Itaguaçu e Pancas. No Sul do Espírito Santo: Mimoso do Sul.

Página 592:

Nesta página, abaixo de uma foto existente no alto, há a seguinte informação: “Turmalina schorl sobre topázio incolor (70 x 70 mm, Mimoso do Sul, Espírito Santo. Coleção e fotografia de Júlio Landmann”.

O contido nesse escrito corrobora de forma inequívoca a existência da turmalina negra e do topázio incolor, ambos citados ao longo do nosso livro “A Pedra da Onça – Jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo.

Página 611:

“[...]... Madagascar foi por muitos anos a única produtora de escapolita. Inclusive de belos cristais da variedade olho de gato, mas na década de 1940 começaram a aparecer belos cristais em Itaguaçu, a 130 quilômetros de Vitória, no Espírito Santo, de cor amarelada com reflexos azuis pontuais, atingindo até cinquenta gramas ou mais de peso... [...]”

Ainda na mesma página, ao alto, é exibida uma foto, contendo a seguinte observação: “Cristal de escapolita (22 x 25 mm), Itaguaçu, Espírito Santo. Coleção de Andrea Bartorelli. Fotografia de Marcelo Lerner”.



Nosso comentário

De tudo quanto trata a obra, em análise, apesar de conteúdos históricos regredirem a tempos remotos; sobejamente referir-se aos estudos mineralógicos e gemológicos que se faziam à época do Império, citando José Bonifácio de Andrada e Silva como precursor da mineralogia, geologia e gemologia brasileiras e de muitos fatos arrolados até os dias atuais; aqui no Estado do Espírito Santo, frequentemente noticiado, conforme citações inclusas, restando lacuna sobre a grande jazida lavrada num pegmatito encravado na Pedra da Onça – pedreira situada no limite municipal de Santa Teresa e de Itarana – fato registrado em provas testemunhais obtidas verbalmente de pessoas que estiveram presentes ao magno evento.

Acredito que as dificuldades de encontrar fontes historiográficas primárias representaram os óbices comuns a todos os pesquisadores que venham a seguir essa notícia da magnífica jazida de águas-marinhas da Pedra da Onça lavrada em 1941 e sobre a qual dediquei o capítulo do livro das jazidas no Espírito Santo.

Por não confiar em alguns relatos, no momento em que fazíamos as pesquisas, deixamos de citar achados de prismas de águas-marinhas com alguns com peso de 76 quilos e outros quando juntando todos os segmentos partidos teriam chegado a 180 quilos. Peças com 3 a 20 quilos somaram-se as centenas. Os prismas desses últimos pesos tinham formatos definido, muitos dos quais bi terminados. Duas coisas havia em comum: a limpidez cristalina das gemas e a inconfundível cor azul intensa e característica. Não houve mesmo como quantificar o volume total da produção da lavra dessa jazida, embora eu tivesse esperança a que com o tempo e estudiosos sempre a cata de melhores informações pudessem revelar toda a história, na maior parte perdida devido, principalmente, à forma desorganizada como foi conduzida essa lavragem.

Soma-se a todo o bambúrrio de águas-marinhas e de outros tipos de gemas do grupo do berilo; um bamburro de cristais hialino, fumê, citrino e ametista atingiram algumas toneladas, talvez, agora, se justifiquem notícias do embarque através do porto do Rio de Janeiro cerca de oito toneladas de pedras oriundas da lavra da Pedra da Onça.

Os resultados dos estudos geofísicos demonstrados no mapa da PROVÍNCIA PEGMATÍTICA ORIENTAL DE MINAS GERAIS justificam os bambúrrios de gemas preciosas cristalinas, ocorridos no solo do Estado do Espírito Santo e a evidência que há, ainda, muito a ser descoberto nesse território.

domingo, 3 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010

    Finalmente chegou o dia tão esperado para sufragarmos nossos candidatos, postulantes a cargos eletivos, desde deputados estaduais a Presidente da República.

    O dia de hoje, em plena primavera, amanheceu cinzento em tom escuro como que prenunciasse alguma borrasca. Eu seria capaz até de jurar que vi relâmpagos e trovoadas. Acredito, mesmo, que ninguém melhor que eu para ver e ouvir essas coisas que outras pessoas juram não terem acontecido. Por isso, eu digo: sou afetado de forma de cinestesia rara. Sinto e vejo coisas não ouvidas nem vistas por quaisquer pessoas. Exemplifico: Ouço sons de vozes, de campainhas, de toques de telefones; pessoas são vistas a passar diante de mim em plena luz do dia e muitas coisas como essas de agora, prenunciando um temporal, mas deixemos isto para lá, pois o que nos interessa, nesta data, é a eleição em curso.

    Saí para votar, não me descuidando do meu velho amigo guarda-chuva, na minha percepção a chuva era iminente. Na realidade o que chovia intensamente eram os votos que os eleitores assinalavam nas urnas eletrônicas, ouvindo-se seguidamente aquele som característico do toque naquela tecla verde para a confirmação de cada voto assinalado.

    Esses gestos de boa vontade selavam a sorte desses sofridos candidatos. Na fila de votação alguém me perguntou em quem eu votaria para o cargo de deputado estadual. Eu lhe respondi:

    - Voto num amigo que me pediu o voto; faço isto porque ele é meu amigo. Tenho outros amigos candidatos que também me pediram a mesma coisa. Para este voto adotei o critério de que o candidato fosse meu amigo, pois, se merece ser meu amigo, logo merece também meu voto. Mas não posso votar em todos os amigos. Aí é que vem o segundo critério, adotando a ordem do pedido a quem me pediu primeiramente.

    Houve casos em que votei em pessoas, que julguei capazes, por serem probas até prova em contrário. E assim de voto em voto, eu teclei "confirma" pela última vez, peguei meu título eleitoral, acompanhado do devido comprovante de comparecimento e segui meu caminho de volta a casa. Espero que não haja segundo turno, pois pretendo votar, apenas daqui a quatro anos. Talvez nem volte a votar por obrigação e esta poderá ter sido a última vez que o fiz, pois em três anos completarei setenta e um anos.

    Agora aguardo os resultados das urnas e espero que todos os eleitos cumpram com o dever de bem nos representar, governando segundo os ditames dos princípios morais e éticos.

    Boa sorte! Coisa que desejo a todos nós, eleitores e eleitos!