sábado, 15 de dezembro de 2012

ABOLIÇÃO DE VOCÁBULOS USADOS EM GEOLOGIA E GEMOLOGIA



Nesta 3ª edição do livro A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo, depois de observado ser necessário suporte técnico para levar a obra adiante, realizou-se parceria com a participação deste autor como mentor dos textos iniciais nomeados de memórias em face da impossibilidade de registrar os fatos no rigor que prescreve a pesquisa científica. Não é possível mais redigir textos usando simplesmente a linguagem coloquial dos garimpeiros e, assim, somou-se a presença da participação especial e revisão técnica consumada com a presença da Doutora Daniela de Carvalho Newman, docente no Curso de Gemologia da UFES e responsável por um sem número de acréscimos e troca de vocábulos divorciados da verdadeira técnica de uso corrente na atualidade.
Começamos por singularizar a nomenclatura dos minerais e gemas (estas compreendidas após o seu beneficiamento pelo processo de lapidação). Assim,  os minerais-gema passam a ser registrados no singular. Exemplos: água-marinha, ametista, andaluzita, alexandrita, crisoberilo, crisoberilo olho-de-gato, calcita, granada, brasilianita, fluorita, turmalina, topázio, adulária, etc. Doravante são pluralizados lotes, amostras, peças, cristais, exemplares, quando se queira comentar sobre exemplares e, no singular, os nomes próprios de cada variedade de mineral ou gema. Também se aboliu terminologias como “pedras preciosas e semipreciosas” e, especialmente o vocábulo “pedra” quando designa minerais e gemas. Sempre que possível, expressões como “pedreira” são substituídos por maciço rochoso ou rocha granítica, feldspática, “rocha de cristal” por rocha de quartzo; distinguir as espécies de mica por moscovita e biotita, as mais comuns. Trocar “lapidário” por lapidador para designar o profissional que lapida cristais para torná-los gema. Enfim, sempre que possível, substituir a linguagem popular errônea do coloquialismo garimpeiro.
Todavia, as adaptações que ora se faz nos textos implicam em construções de sentenças perfeitamente identificáveis, inclusive com o cuidado do acréscimo de palavras adjetivas e adverbiais que lhes deem sentido e ainda tendo-se o cuidado com as concordâncias de gênero e grau.
Embora tomados essas providências, esbarra-se no uso da palavra “pedra” que, ora designa ponto geográfico, títulos de autores referenciados, e textos aditivados ao conteúdo do livro Neste caso, embora seja recomendável abandonarem-se expressões postas convencionalmente em desuso, é preciso esclarecer que, em fontes de pesquisas, não é o termo técnico o principal fim, mas as ocorrências de determinados minerais-gema, citados aqui e ali como próprios originalmente do estado do Espírito Santo. Dessa forma não há como modificar nomes próprios de obras e de conteúdos, hoje considerados errôneos, mas que corroboram e comprovam a incidência de alguns minerais não contemplados em obras outras diversas. Há de se considerar também textos escritos, por exemplo, no século IXX, contemplando “pedras preciozas e cristaes”. Não se pode modificar o que outros autores redigiram utilizando ortografia de então. Mesmo na atualidade, publicam-se obras sobre mineralogia e gemologia eivados na linguagem popularmente coloquial não recomendada pela comunidade científica.
Os maciços rochosos de Pedra Alegre e Pedra da Onça como são vistos de Itarana
Percebo agora, o livro A Pedra da Onça: jazidas, lavras e garimpos no Espírito Santo passa por modificações, que o tornam redigido em linguagem convencional contemporânea e essas adaptações e modificações terão sempre a dinâmica de cada edição levada a público.
Várzea Alegre, mostrando os maciços rochosos do Canudo e do Toma Vento

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