quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SOCORRO DIFÍCIL

Fazia trajeto em vitória embarcado num ônibus do TRANSCOL (empresa de transporte coletivo), apenas o motorista e eu; quando, de repente, chegou pedido de socorro para o resgate de funcionários e clientes de uma agência da Caixa Econômica Federal, localizada no centro dessa cidade. Acredito que estivéssemos circulando pela Enseada do Suá. Devíamos prestar socorro, dever de todos, mas como é difícil! Ufa!
O motorista desse coletivo tomou direção ao centro da cidade e o trajeto mais curto seria seguir pela Avenida Marechal Mascarenhas de Morais – conhecida como Beira Mar – e, assim que atingimos o Bairro Bento Ferreira, tornou-se impossível prosseguirmos, devido à invasão do mar em toda a extensão da via: fortes ondas avançavam sobre essa via. Seria impossível que chegássemos ao centro da cidade por essa rota. Desviamos e prosseguirmos pela Avenida Nossa Senhora da Penha com retorno pela Rua das Palmeiras para chegar à Avenida Leitão da Silva. Mas, de dificuldade em dificuldade, perdíamos tempo e o socorro se tornava, a cada momento, mais difícil. Parecia, mesmo, que se tornaria impossível.
Ao trafegarmos por essas vias, a cada trecho, mais dificuldades surgiram, ora pedestres atravessando sem qualquer segurança, ora terras deslizadas invadiam as pistas. E o motorista, sinalizando extenuante cansaço, resolveu passar-me a direção do dito coletivo. Parece-me que ele sabia acerca do meu hábito de dirigir coletivos e caminhões de carga durante madrugadas e foi o que aconteceu. Não adiantou muito, pois as dificuldades se revezavam e, com isto, perdíamos tempo. Será que chegaríamos a tempo de prestar o socorro reclamado? Ou teriam solicitado socorro alternativo?
Nada aconteceu nada, não conseguimos socorrer ninguém. Sabem o por quê? Porque nada acontecia, não havia ninguém a ser socorrido; nada havia, de verdade! Bastou que eu acordasse, quando o dia começava sua caminhada de leste a oeste e, assim, se foi mais um dos meus sonhos.

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