terça-feira, 3 de março de 2009

MAIS MUDANÇA A VISTA!

Imaginávamos que nunca mais nos mudaríamos. Sim. Até juramos: não haverá mais mudança, senão aquela definitiva. Na realidade a gente não sabe mesmo de nada, não podendo ninguém mesmo garantir isto, isso ou aquilo. Só a Deus é dado conhecer nosso futuro.
Enquanto isso, a ansiedade de uma nova mudança nos deixa apreensivos e esta história, ainda nem começou, mas temos muitos motivos para sentir sua proximidade. Tudo começou quando Karla resolveu trocar seu apartamento por um maior, visando garantir nossa permanência em sua companhia após seu casamento, coisa que se avizinha a passos largos.
Não imaginem que iremos morar longe, continuaremos sendo vizinhos também dos atuais. Estaremos residindo a menos de duas centenas de metros lineares de distância. Continuaremos a freqüentar as missas na mesma comunidade católica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, deixaremos de comprar medicamentos na Drogaria Santa Helena, não por que tenha sido por nossa opção. Simplesmente no sábado de carnaval este estabelecimento amanheceu fechado e julgamos que tivesse sido por causa dos festejos carnavalescos.
Pois bem, já nos faz falta este estabelecimento farmacêutico estabelecido no quarteirão vizinho. Ali comprávamos nossos medicamentos já por costume, nem nos lembrávamos que tínhamos desconto de 17% em tudo o que se adquiria ali. Costumava às vezes dar uma parada apenas para cumprimentar o Seu Paulo, o gerente. Ele geralmente permanecia postado de pé frente ao estabelecimento, tratava a todos de forma Cortez e muitos julgavam-no que fosse o segurança. Várias farmacêuticas trabalharam ali: havia uma no turno matutino e outra no vespertino. De duas jamais esquecerei seus nomes: Francine deixou o emprego, indo para São Paulo para cursar mestrado naquela capital, Gisele me adicionou ao Orkut e sempre me envia recados. Dois rapazes com uniformes azuis e ainda dois a três motoboys, também uniformizados da mesma forma tinham sempre suas motos estacionadas no passeio ao lado, prontos a fazerem entregas de medicamentos solicitados por telefone.
É bem verdade que há poucos meses, repentinamente vi o ponto comercial da Drogaria Praia da Costa, propriedade de meu amigo Epaminondas Caser completamente vazio. É bem verdade que este, tanto quanto os proprietários da Drogaria Helena têm o justo direito de encerrar suas atividades, quando bem lhes aprouver, não tendo a nada a se importar com o sentimentalismo, comodidade e o conforto que sentem seus clientes. Amizade é uma coisa; negócios à parte.
Nossa mudança em nada vai mudar nosso comportamento quanto às compras que fazemos no Supermercado Extra Plus, no Hortifruti e na Farmácia Santa Lúcia. Lamentamos apenas deixar o convívio com todos os moradores do Edifício Atlantic Tower’s. Bom sinal e este quando se sente falta dos vizinhos; fosse o contrário, algo estaria errado. Também nossas atividades físicas no calçadão, em nada serão alteradas.
E, lá na nossa próxima moradia, como seremos acolhidos? Embora possa não parecer, mas com certeza nossas referências já circulam pelas unidades autônomas da nossa próxima residência. Certamente existem vizinhos nossos que tem contatos e amigos nessa nossa futura residência. Estou errado?

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