sábado, 21 de março de 2009

DIA INTERNACIONAL DA ÁGUA - 22.03

Enfim vejo que sempre tive razão acerca de algumas providências tomadas recentemente para os cuidados com a água. Tinha razão, mas não tive coragem de falar, de escrever e escancarar o assunto aos quatro ventos. Faço-o agora, encorajado por algumas providências que sempre imaginei, porém pensei em silêncio; sem coragem de pensar alto, quer através das letras ou das palavras. Não que tivesse amarelado, perdendo a coragem; mas por me sentir insignificante no assunto. Leigo mesmo! Assim que pensava e agia. Sinto que fui omisso num assunto de vital importância para a humanidade e capaz de fazê-la sobreviver!
Neste dia consagrado ao nosso bem, com certeza, o mais precioso, as notícias da preservação das nascentes de água, conservando a vegetação e reflorestando bacias de captação de lençóis freáticos e de matas ciliares, autoridades municipais do Estado do Espírito Santo criam incentivos para que os proprietários rurais desses pontos geográficos se tornem guardiões dessas nascentes e protetores dos rios, riachos e lagoas, tornando-os fornecedores de água, pelo que são remunerados com toda justiça.
Sempre pensei que se devia cuidar das nascentes e dos cursos de água a partir de sua origem. Pensava: os entornos das nascentes, nisso entendido, todas as bacias de captação de água, mantenedoras dos lençóis freáticos, devem ser mantidos sob proteção de vegetais nativos ou regenerados por alguma forma de reflorestamento para que esses terrenos sejam esponjas retentoras de água. Também sempre imaginei que a despoluição dos ecossistemas deve ser feita na origem das águas. É, dessa forma, seguindo os cursos vertentes das águas que esse líquido chegará ao desaguamento puro e próprio para o consumo durante o curso e também na sua deposição nos leitos dos mares.
Fui omisso, sim, porque não me sentia capaz e nem habilitado a tocar num assunto em face de conhecimentos apenas empíricos, quando existem profissionais devidamente habilitados para fazê-lo. Habilitado a fazê-lo, entendo agora, é qualquer indivíduo que raciocine, fale, escreva e seja capaz de conscientizar qualquer número de pessoas para um assunto sério e da maior gravidade. Que adiantaria conscientizar pessoas depois que a água deixasse de existir? Certamente que a água jamais deixará de existir; deixaria de existir água própria para consumo humano – a potável.
Pensei no aproveitamento da pura água das chuvas. Felizmente esse aproveitamento já se faz em algumas localidades do nordeste brasileiro, aonde a escassez de chuvas regulares faz rios, riachos e córregos serem apenas existente durante tempo limitado. O aproveitamento da água das chuvas deveria ser generalizado em quaisquer locais habitados, especialmente nas cidades, providência que resultaria na economicidade no tratamento de águas para torná-las próprias para uso. A existência de solos cobertos torna possível a captação dessa água, sendo necessária a construção disseminada de reservatórios para prover seu armazenamento.
Há também depósitos de água no subsolo, porém em localidades próximas ao mar, como é o caso da Cidade de Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, a água do lençol superficial, além da alta salinidade há também razoáveis quantidades de material orgânico, que tornam essa água imprópria para uso humano, exceto se tratada convenientemente. Ainda assim, não tratada essa água poderia ser usada para fins menos nobres, como no uso de irrigação de jardins e na limpeza urbana.
Falando ainda sobre Vila Velha, perfurando-se o solo, depois de uma camada, ora arenosa, ora lamacenta, chega-se a uma camada rochosa de deposição sedimentar enrijecida pela ação da gravidade. Depois de perfurada essa camada em alguns locais foi obtida generosas quantidades de água de excelente potabilidade, conforme me revelou ex-servidor da Companhia de Saneamento – CESAN, que preferiu não ser identificado.
Vê-se que a conservação da água é um imperativo; embora em um tempo futuro, tudo levando a crer que esse recurso natural na forma pura se exaurirá. Aí restará a obtenção de água tratada obtida dos mares. Mas, com a conservação, se posterga por mais tempo essa forma de obtenção da nossa água de cada dia.

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