quarta-feira, 29 de julho de 2009

DEFICIÊNCIAS AUDIOVISUAIS

Há indivíduos portadores de deficiências auditivas e visuais ou simultaneamente com ambas. Quem nasceu cego e/ou surdo, que imagens seu cérebro projeta? Mas os sons; simplesmente não existem. Ou existiriam? Pergunto: como lidar na comunicação com esses indivíduos? Aqueles que vêem, tem imagens como referência. Os que ouvem, mas não vêem; somente os sons servem como sua referência. Podem estabelecer distâncias? Criar imagens virtuais, através do tato? Para essas três situações possíveis, minhas indagações ficam por conta de meras hipóteses. Há, ainda, deficiências parciais de quem ouve e vê com imagens e sons distorcidos. Como no caso do daltonismo, que os indivíduos portadores desta anomalia vêem cores diversas das verdadeiras. Mas quais são as cores verdadeiras, senão um convencionalismo cromático da interpretação das ondas e estabelecendo a cromatografia. O universo, desta forma, é policromático; a monocromia seria a falta de percepção visual do comprimento das ondas eletromagnéticas. Seria, na realidade, a monotonia.
Num segundo momento, comento sobre as deficiências audiovisuais adquiridas ao longo da vida, que podem ser: causadas por traumatismos acidentais e por sequelas de enfermidades, tais como diabetes, carências nutricionais e por degeneração, geralmente oriundas de causas desconhecidas, citando, como exemplo, a retinose pigmentar progressiva. Esta enfermidade torna os portadores progressivamente deficientes, até atingirem a perda da acuidade total da visão. A Perda da audição tem, como agravantes, a idade, disfunções metabólicas e enfermidades infecciosas.
Neste segundo grupo, os indivíduos portadores dessas deficiências conheceram visão e audição normais, tendo como comparar os efeitos de suas anomalias e sentindo, com certeza, a falta desses sentidos.
Existe, ainda, o fenômeno da cinestesia, consistente na visão e audição de imagens e sons distorcidos ou inexistentes no momento da percepção: ver imagens passando em plena luz do dia, ouvir sons, como campainhas, sirenes, grilos, ronco de motores. Isso acontece com mais frequência durante o sono, levando-me a imaginar que estivesse sonhando. Muitas vezes me levantei da cama durante a noite para atender à porta ou ao telefone, que havia tocado apenas na minha mente. Tal fenômeno pode ser entendido como cinestesia?
Visando alcançar melhor comunicação interpessoal, exclusivamente a guisa de sugestão, imagino que, a partir do ensino fundamental, deveriam ser adotados ensinamentos de comunicação por sinais, alfabeto “Braile”, leitura labial, código de “Morse”. Mais adiante, o ensino deveria contemplar estudos dos mais variados idiomas, inclusive a língua universal “Esperanto”. Tudo, visando melhoria nas comunicações e para utilizar-se no caso da perda da audição e/ou da visão. Assim, qualquer indivíduo que viesse ter necessidade por questão de se ter tornado deficiente visual ou auditivo. Ninguém seria surpreendido subitamente, pois a base do conhecimento, adquirida no início da vida, seria facilmente assimilada. Outra vantagem seria a possibilidade da melhoria geral da comunicação entre as pessoas em qualquer circunstância.
Nada do que falei esgota o assunto; serve apenas como um alerta destinado à reflexão.
Aguardo críticas de quem não concorde e também de quem queira interagir neste assunto.

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