quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

TRAGÉDIAS EM NOVEMBRO

Há quarenta e dois anos nesse mesmo dia em que o Estado de Santa Catarina sofreu a maior catástrofe da sua história, culminando com enchentes, deslizamentos de encostas, desabamentos de prédios, postes, destruição de tubulações de água, de gás, destruição de rodovias, de redes elétricas e de portos. Exatamente nesses 22 de novembro de 1966, uma tragédia de menores proporções, embora semelhante, se abatia sobre Várzea Alegre, trazendo abaixo florestas, plantações e animais oriundos das pedreiras do Canudo e do Toma Vento.

A semelhança singular desses acontecimentos demonstra o diferencial das proporções: essa daqui, eu a testemunhei num sonho ocorrido em agosto do ano de 1966, fato testemunhado por relato que fiz à minha esposa naquela manhã e comprovado na noite de 22 de novembro de 1966. A destruição alcançou lavouras de café, de cereais e uma casa residencial desocupada a tempo. Além da chuva torrencial e ventos de muitos quilômetros, caiu muito granizo visto até 30 dias depois do ocorrido; uma coisa diferente desta tragédia foi que aqui não houve a lamentável perda de vidas humanas como as que vimos em Santa Catarina em imagens registradas e gravadas na nossa mente, causando comoção coletiva. Esse fato está registrado detalhadamente no livro de minha autoria “Memórias 2ª edição”, tal como narrado aqui.

No ano passado, quando os noticiários estamparam manchetes sobre causas e conseqüências do aquecimento global, eu fiz ilações sobre o comportamento climático e dos possíveis acidentes catastróficos a nós reservados nesses próximos tempos, passando-me pela imaginação: o degelo das calotas polares e geleiras situadas sobre os picos mais elevados da terra, que farão com que os níveis dos oceanos se elevem e inundem todas as costas terrestres. O maior aquecimento provocará aumento na evaporação, gerando maiores concentrações de água em estado gasoso (nuvens) e a temperatura mais alta provocará maior intensidade na sublimação, gerando chuvas diluvianas, ventos velocíssimos, enchentes de rios que poderão inundar e arrastar tudo que exista nas áreas ribeirinhas. Chuvas intensas e constantes encharcarão as terras que deslizarão pelas montanhas abaixo. Com efeito, como se localizar nos pontos mais seguros? As áreas costeiras poderão ser inundadas, como vales por onde escorrem rios e riachos. Construir moradias nos altos das montanhas? Estas poderão vir abaixo trazidas por chuvas diluvianas. Erigir grandes moradias verticais? Elas poderão cair sob a força descomunal dos ventos de furacões, de tornados e de ciclones. Aonde, então, haverá maior segurança?

Se houver no futuro materiais flutuantes, se é que não existam adversidades ainda não imaginadas, parece que as edificações mais seguras seriam flutuantes, acrescendo também que, no caso de previsão de catástrofe em uma determinada área geográfica, poderiam ser arrastadas para locais mais seguros.

Acredito com a certeza de leigo que, embora desconheça verdades axiomáticas da ciência, escreve livremente o que pensa; talvez essa providência não traga grande contribuição, mas a vontade de ser útil me faz um intruso nas áreas onde pouco ou nada conheço. Não sei, mas se nada ocorre sem que Deus o permita, Ele me permite e eu escrevo sobre o que sei, talvez sobre o que penso que sei; minha vontade de ser útil suplanta minhas limitações. Portanto os conhecedores, ou seja, aqueles dotados do conhecimento que me perdoem a intromissão em assuntos tão complexos.

2 comentários:

  1. Muito legal este post!
    Pena que as pessoas que visitam seu blog comentem tão pouco.
    Parabéns!

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  2. Ouvi falar desse fato histórico, e que é tão difícil encontrar registros. Meus pai se lembra desse fato também.

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