sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

TRAGÉDIAS (IN) PREVISÍVEIS


       
            Depois do ocorrido na boate “KISS”, na cidade de Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul – tragédia imprevisível que, no primeiro momento, registrou 231 mortes de jovens na maioria estudantes universitários com idades entre 18 a 25 anos de idade – deixando em estado de comoção generalizada famílias residentes na maioria no Sul do Brasil, cujo estado de luto tomou praticamente toda a Nação.
Dentre os frequentadores dessa casa de diversão, além das vítimas fatais pouco mais de uma centena de jovens foram hospitalizados, muitos em estado grave, vindo nesses dias subsequentes ocorrer vários falecimentos. Enquanto isso se discute as causas que motivaram o incêndio do estabelecimento e os agravantes decorrentes de completa falta de condições físicas do imóvel consistentes em ausência de saídas de emergência, uso de materiais inadequados usados como isolantes acústicos, que, além de providos de facilidade de combustão, também produziram como subproduto gases letais. Outro agravante consistente na falta de preparo dos funcionários da segurança impediu a saída dos frequentadores em pânico – exigiam a apresentação das comandas quitadas, pois era para isso que foram preparados – eles deveriam zelar pela preservação do erário da empresa.
Depois disso, o Brasil interiro vive um estado súbito de acordar depois de um pesadelo. Todas as corporações de bombeiros, secretarias municipais e estaduais voltaram-se a verificar que existem atos normativos em vigor, que, se aplicados convenientemente pelas autoridades responsáveis já poderiam ter evitado o pior. Mas, agora, todo cuidado em fiscalizar, conceder ou cassar licenças de estabelecimentos em recintos fechados destinados à frequência maciça, quer sejam casas de espetáculos, teatros, cinemas, super e hipermercados, praças desportivas, templos religiosos e colégios, dentre outros. Todos devem ostentar as necessárias condições de segurança, nisso entendidos: capacidade máxima de lotação, solidez nas edificações, segurança bem planejada com servidores devidamente treinados para situações previsíveis ou mesmo imprevisíveis.
Agora, esperemos que passado esse estado de comoção, tudo não venha ser esquecido até que novas tragédias ocorram.

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