domingo, 27 de janeiro de 2013

TRAGÉDIA PREVISÍVEL



Essa tragédia do incêndio de uma boate na cidade de Santa Maria-RS, ocorrido nessa madrugada do dia 26 para 27 deste janeiro, foi mais uma de tantas já ocorridas de forma semelhante nesse passado recente, na maioria das capitais do Brasil e em outras cidades. Sempre deixando um rastro da perda de vidas – mais de jovens procurando entretenimento. No presente evento fatídico se evidenciaram falhas elementares – se corrigidas a tempo – poderiam ser evitadas a ocorrência sinistra bem como suas consequências. Hoje, com certeza, seria mais um domingo como tantos outros, quando as pessoas se entregam ao descanso no aconchego dos seus lares. Nada de funerais, nada de choro, pois a vida correndo normalmente não haveria nem o que pensar em tragédias – só haveria lugar para a felicidade. Mas com uma série de lamentáveis erros, a normalidade foi tomada pelo destroçamento de famílias; pais perdendo filhos e filhas e estes seus genitores, irmãos, namorados, noivos, esposas e esposas.
Numa época em que os controles contam com o aperfeiçoamento do uso dos meios eletrônicos informatizados, não se pode conceber que as licenças de funcionamento de casas de espetáculos teatrais, boates, praças desportivas, templos e outros locais de grandes aglomerações, especialmente os que tenham características de funcionamento em recintos fechados, deixem de ser fiscalizados pelos órgãos responsáveis pelas licenças de funcionamento, quando se avaliam todos os itens mínimos de segurança para os usuários.
É bom que se observe que a ganância dos empresários do ramo com interesses voltados exclusivamente ao lucro, deixem de lados os cuidados inerentes à segurança – segurança reduz a margem dos lucros e isso não é prioritário. Planejamento e treinamento apropriado para os servidores que promovem o funcionamento deveriam receber com base numa espécie de protocolo em que se evidenciassem claramente todas as possíveis ocorrências, visando, repito, a segurança em primeiro lugar.

            

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