sábado, 18 de junho de 2011

MADRUGADA VIOLENTA


Durante uma madrugada qualquer, parecia-me estar numa galeria de salas e lojas comerciais de atividades diversas. Eu estava parado e de pé numa rampa por onde se podia chegar ao pavimento superior. Estava ali, aguardando pela chegada da minha esposa e ela desejava que lhe fizesse companhia a uma dessas lojas especializadas em vestuário feminino para festas.
De repente, um indivíduo trajado com roupa na tonalidade cáqui, vestindo um casaco da mesma cor, exibindo um símbolo tal como a flor de lis; indagou-me o nome e, sem que tivesse tempo para responder-lhe, surgiu um policial, que teria dito:
- Afaste-se daqui! Este homem é preso agora, porque ele estava pronto para assassiná-lo.
Obedeci à ordem do policial e pude ver a certa distância, que o dito suspeito sacou de um revólver, possivelmente calibre 38, exibindo sinais generalizados de ferrugem e disparou três tiros contra o policial e pôs-se em fuga, desaparecendo em meio a muitas pessoas frequentadoras desse centro comercial. Corri apressadamente pela rampa acima e, ao dobrar a direita já no pavimento superior, deparei-me novamente com um indivíduo, que apontava uma arma em minha direção. Gritei e saí correndo, ouvindo estampidos, certamente provenientes da arma de tal meliante, talvez pistoleiro com encomenda para me assassinar. Corri muito e adiante, novamente outro cidadão de aspecto tenebroso, de arma em punho, disparou em minha direção, não me acertando nenhum disparo com sua arma.
Correndo pelos corredores e gritando por socorro, novamente fui surpreendido por alguém que me apontava arma de longos canos e me alertava:
- Desta vez, não me escapa!
Eu já esperava que os projéteis da arma me atingissem. Não. Isso não aconteceu. Simplesmente ele me atirou uma arma branca, espécie de faca com dois gumes. Tentei atirá-la na direção do meu algoz, mas o objeto não tinha peso suficiente para tomar rumo certo, caindo ao chão poucos metros adiante. Por um momento pensei: “ Esta arma, que me foi disponibilizada, serviria como pretexto para que me assassinasse e tivesse como provada possivelmente legítima defesa”. Nisso dois policiais renderam o indivíduo e lhe colocaram algemas. Dessa dupla de policiais uma voz feminina me dizia:
- Agora fique calmo e durma, pois, durante toda esta madrugada, você esteve agitado, gesticulou muito, falou e até gritou. Bom também agora que reze e procure ficar tranquilo.

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