sábado, 9 de abril de 2011

RACIONALIDADE E SOBREVIVÊNCIA

Fico indignado quando ocorrem fatos como esse acontecido ontem. Soube que a coleta seletiva de lixo teve solução de continuidade. Vamos misturar novamente plásticos, vidros,madeiras, papéis, vísceras de peixes, de aves; restos de alimentos contaminados, embalagens plásticas de medicamentos, de produtos de limpeza, embalagens de papel e incontáveis objetos tornados inúteis por absolescência, nos quais podem ter componentes metálios e substaâncias químicas nocivas à saúde e à vida, portanto.

Sim! Todos esses produtos descartáveis para onde serão levados, sem que sejam selecionados? Servirão apenas como matéria para a realização de aterros sanitários – sanitário leva-nos a entender que sejam coisas que sirvam para melhorar as condições da saúde das pessoas – mas como? Substâncias tóxicas, que migram para as fontes de água dos lençóis freáticos fazem da água – coisa herdada graciosamente pelas bênçãos de Deus – coisa destrutiva para a vida, podendo gerar doenças, que culminan com a morte dos seres vivos, antes que cumpram suas missões na caminhada de cada um: deixam de cumprir suas funções biológicas no emaranhado da vida.

A utilização racional dos recursos gerados por nosso planeta poderia levar à existência da humanidade a uma maior sobrevivência; a contar com maiores recursos propiciadores de conforto e bem estar – binômio indispensável para a felicidade – coisa que deveria ser o objetivo principal da existência deste ser criado à imagem e semelhança de Deus e destinado a habitar este planeta para sempre, ou seja, até o final dos tempos.

O assunto é por demais complexo, abrangente e dotado de inúmeras variáveis em problemas distintos. Só com campanhas intensas e contínuas, de modo a criar mudanças de mentalidade, como a campanha contra o tabagismo, ainda não consumada, mas, com grandes avanços. Neste caso foram veiculadas campanhas movidas por segmentos diversos, propiciando informes expondo estatísticas de mortalidade causadas diretamente pelo uso do tabaco, incluindo variedade de enfermidades cancerígenas e cardiovasculares diretamente originárias de substâncias derivadas da nicotina e do alcatrão presentes nessa espécie vegetal. As próprias indústrias produtoras se engajaram nessas campanhas, daí os resultados obtidos, embora, ainda se fazem necessárias medidas de continuidade dessas ações. Isso evitou muitas mortes e propiciou elevadas somas economizadas pelas organizações, que cuidam da saúde das pessoas.

Quando se fala em conservação e qualidade da água, ambientalistas e autoridades governamentais têm discursos bem direcionados sobre o assunto, teóricos e complexos, porém, mesmo com conhecimentos empíricos, vê-se que o assunto não alcança conscientização plena capaz de propiciar resultados alentadores. Sente-se que campanhas de conscientização se fazem necessárias de forma maciça através de todos os meios de comunicação de modo a formar mentalidade impressa de forma indelével. É preciso tornar toda a coletividade, de modo que sinta que o problema é vital para a continuidade da existência humana.

Do mesmo modo devem ser tratados usos racionais de produção e consumo de alimentos; da produção e conservação dos recursos energéticos, quer sejam oriundos de formas renováveis e não renováveis; da contenção das emissões de gases capazes de provocar aumento na temperatura terrestre, resultando em degelo, em aumento do nível das águas dos oceanos e mares, consequentemente causando mudanças do sentido das correntes marítimas, vindo a provocar alterações climáticas, ora causando catastróficos índices pluviométricos, ora índices mínimos, conduzindo a secas prolongadas, tudo trazendo desequilíbrios na produção de alimentos, destruição de moradias, de vias de comunicação, de transportes e maciças perdas de vidas humanas como consequência.

Não se pode esquecer: é nossa vida correndo risco da completa extinção pela gravidade de como tudo caminha neste sentido. Estamos, pois, irremediavelmente a caminho do fim, se não adotarmos urgentemente conscientização e providências capazes de inibir a velocidade deste processo. Não se pode culpar esse, este ou aquele segmento, seja dos governos, das organizações não governamentais e de quaisquer grupos. A responsabilidade pela tomada de decisões e implementações práticas são deveres de todos nós e sem quaisquer exceções.

Um comentário:

  1. Meu prezado amigo Sr.Idomar
    Estamos vivendo uma vida meio sem sentido!! O consumismo impera e as pessoas só querem desfrutar e aproveitar a vida sem pensar na natureza e nos seres que habitam o planeta.SO que será necessário fazer ? Como devemos sensibilizar os sobreviventes desta selva de pedra ? Como fazer para que nos tornemos de fato responsáveis ? Como não culpar aqueles que ganaciam e faturam alto com a indústria de alimentos ? Desculpas mas ando muito desulidida e se forças para a luta que ainda teremos que enfrentar....Grande abraço!!Henriqueta Sacramento

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