terça-feira, 19 de abril de 2011

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CASAL É ASSALTADO NA MADRUGADA

Estávamos caminhando por movimentada rua no Centro de Vitória, minha esposa e eu, quando fui avisado, que três bandidos assaltavam pedestres caminhando por aquela via pública. Prontamente propus a minha mulher, que corrêssemos, mas ela me dizia:

- Não consigo. Estou cansada, mal consigo andar devagar.

Diante disso, mudamos nosso itinerário e prosseguimos por uma estrada de chão, como alternativa. Mas, depois de caminharmos, subindo e descendo, imaginávamos, que estivéssemos livres. Nada disso. Os meliantes, em número de três, continuavam ao nosso encalço. Andávamos ainda mais rápiddo, mas não adiantava, pois também eles aumentavam a velocidade. Afastamo-nos bem, parecendo que estivéssemos fora do alcance daqueles fascínoras; adentramos num local de vegetação mais densa, onde havia água canalizada. Resolvemos parar para descansar e banharmo-nos naquela água fria, que generosamente jorrava daqueles canos. Fizemos isto, mas não tardou para que fôssemos alcançados pelos assaltantes. Um, mais alto, moreno, magro, ostentando barba rala por fazer e, na cabeça, exibia velho chapéu surrado com as abas amassadas, e, pelos rasgos, confirmava se tratar de coisa antiga e de longo uso. Ele dirigiu-nos a palavra, apontando na minha direção uma arma de cano curto – um trabuco, talvez um bacamarte -, eu poderia dizer. E ele disse:

- Não adianta correrrem, vocês serão assaltados, mas podem tomar seu banho tranquilamente; nós temos todo o tempo para aguardarmos. Prá que pressa? Enquanto isso, nós também descançamos. Sem que tivéssemos notado, banhava-nos totalmente vestidos, tanto minha exposa, ostentando todas as peças utilizadas nas caminhadas matinais e nos exercícios de aeróbica diários. Eu sequer teria retirado o boné da minha cabeça, nem outras quaisquer peças, inclusive meias e tênis. Tremíamos como varas verdes, isso tanto poderia ser devido à friagem da água e/ou também do medo que nos apossara diante das ameaças, que nos faziam os bandidos.

Numa conversa com esse bandido. Qaue demonstrava ser o líder do bando, arugumentei que caminhávamos a pé e estávmos exaustos e indaguei:

- Por caso, o amigo tem carro? Estamos carecendo de uma carona até Vila Velha, onde residimos. Pagaríamos pela corrida.

- Claro que tenho carro. Na realidade tenho dois. Estão locados ao preço de dois dólares por hora, enquanto isso, faço junto com estes paraceiros, que me acompanham, assaltos e pequenos furtos. Tudo somado constitui o total das minhas rendas. É trabalhoso, perigoso, mas compensa os sacrifícios.

A arma de longo cano estava sempre apontada na minha direção e eu pensava: “a qualquer vacilo, este indivíduo pode acionar o gatilho e aí...”. E a história se tornara longa. Procurávamos ganhar o mais que pudéssemos de tempo. Não sei mesmo porquanto tempo durou esse evento. Só sei que senti uma cutucada com o cano da arma em minhas costelas. Felizmente não era a arma. Era, sim, Anésia que me cutucava para acordar-me. Ela dizia:

- Acorde! São seis horas da manhã!

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