domingo, 13 de fevereiro de 2011

VISITA AO CONVENTO DA PENHA

Caminhamos da Praia da Costa ao
portão da subida ao convento, acessível também a automóveis. Pagamos R$ 5,00
para as passagens de ida e volta numa VAN nada confortável. De início, a
entrada no auto para que nos acomodássemos nos assentos, entramos por uma porta
baixa, correndo o risco de bater com a cabeça no teto. Ocupamos lugares nos
assentos empoeirados, com cintos de segurança na maioria danificados. Foi como
se estivéssemos adentrado a um forno quente e sem ventilação e, para completar,
assim que completa a lotação, o motorista deu partida. Passamos agora por mais
desconforto: a viatura, rompendo aquela subida íngreme e serpenteada de curvas;
apesar da baixa velocidade possível na via, a viatura trepidava e saltitava e
aí sentimos que nossa penitência continuaria até que chegássemos ao campinho,
onde todas as vagas de estacionamento estavam literalmente tomadas e nos
espaços vagos, um batalhão de romeiros afoito registrava fotograficamente esse
momento de visitas.

Nosso sacrifício ainda não se
findara, pois havia uma escadaria erigida num mosaico de pequenos blocos de
rocha granítica bruta, intercalada entre degraus e pequenas rampas, tendo ao
centro um corrimão de tubos de aço inoxidável, em cujo início há duas
inscrições: “subida à esquerda” e “descida a direita”. Não sei se algumas
pessoas não sabem ler, são distraídas ou imaginam que os avisos sejam para
outrem, pois muitos desciam pela esquerda, enquanto outros faziam caminho
inverso.
 Nós subíamos pela esquerda, grudados
ao corrimão, enquanto jovens e crianças nos ultrapassavam, exibindo vigor,
característica também ocorrida em nosso passado (nem parece que isso foi coisa
distante no tempo).
 Enfim chegamos ao santuário e era
impossível encontrar espaço no interior do templo. Tivemos que nos contentar em
ouvir por intermédio de sonorização de alto falantes leituras de trechos
litúrgicos e bênção final.


A partir desse momento fizemos
caminho inverso e nos sentimos confortáveis, fazendo a caminhada de retorno
debaixo de sol escaldante e aproveitando as sombras de algumas árvores que
margeiam as ruas Luiza Grinalda, XV de Novembro, Avenida Champagnat e,
finalmente, Hugo Musso e Alda Siqueira Mota. Finalmente estávamos novamente em
casa com a sensação do dever de devoção a Nossa Senhora da Penha cumprido e com
a leveza espiritual que a santa nos proporciona.













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