domingo, 3 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010

    Finalmente chegou o dia tão esperado para sufragarmos nossos candidatos, postulantes a cargos eletivos, desde deputados estaduais a Presidente da República.

    O dia de hoje, em plena primavera, amanheceu cinzento em tom escuro como que prenunciasse alguma borrasca. Eu seria capaz até de jurar que vi relâmpagos e trovoadas. Acredito, mesmo, que ninguém melhor que eu para ver e ouvir essas coisas que outras pessoas juram não terem acontecido. Por isso, eu digo: sou afetado de forma de cinestesia rara. Sinto e vejo coisas não ouvidas nem vistas por quaisquer pessoas. Exemplifico: Ouço sons de vozes, de campainhas, de toques de telefones; pessoas são vistas a passar diante de mim em plena luz do dia e muitas coisas como essas de agora, prenunciando um temporal, mas deixemos isto para lá, pois o que nos interessa, nesta data, é a eleição em curso.

    Saí para votar, não me descuidando do meu velho amigo guarda-chuva, na minha percepção a chuva era iminente. Na realidade o que chovia intensamente eram os votos que os eleitores assinalavam nas urnas eletrônicas, ouvindo-se seguidamente aquele som característico do toque naquela tecla verde para a confirmação de cada voto assinalado.

    Esses gestos de boa vontade selavam a sorte desses sofridos candidatos. Na fila de votação alguém me perguntou em quem eu votaria para o cargo de deputado estadual. Eu lhe respondi:

    - Voto num amigo que me pediu o voto; faço isto porque ele é meu amigo. Tenho outros amigos candidatos que também me pediram a mesma coisa. Para este voto adotei o critério de que o candidato fosse meu amigo, pois, se merece ser meu amigo, logo merece também meu voto. Mas não posso votar em todos os amigos. Aí é que vem o segundo critério, adotando a ordem do pedido a quem me pediu primeiramente.

    Houve casos em que votei em pessoas, que julguei capazes, por serem probas até prova em contrário. E assim de voto em voto, eu teclei "confirma" pela última vez, peguei meu título eleitoral, acompanhado do devido comprovante de comparecimento e segui meu caminho de volta a casa. Espero que não haja segundo turno, pois pretendo votar, apenas daqui a quatro anos. Talvez nem volte a votar por obrigação e esta poderá ter sido a última vez que o fiz, pois em três anos completarei setenta e um anos.

    Agora aguardo os resultados das urnas e espero que todos os eleitos cumpram com o dever de bem nos representar, governando segundo os ditames dos princípios morais e éticos.

    Boa sorte! Coisa que desejo a todos nós, eleitores e eleitos!


 


 

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