domingo, 5 de abril de 2009

ISTO NÃO É VERRDADE!

Nem podia ser. Imagine coisas acontecidas numa madrugada atual que se reportam há mais de trinta anos ou até mais! Eis os fatos: cheguei de férias e fui ocupar meu trabalho na condição de Agente Adjunto do INPS em Colatina encontrei sobre minha mesa um processo paralisado há anos, mas o que me esperava nesse retorno? Uma inspeção aonde a Polícia Federal se fazia presente com grande aparato. Um inspetor tomou o processo que eu preparava um despacho que o poria em andamento, examinou os autos, fez anotações e nenhum comentário. Já os policiais, apontando para um estranho objeto, que tinha uma câmara de combustão e uma panela negra lambuzada com uma espécie de substância oleosa também negra. Perguntaram a mim, dois ou três simultaneamente: - “você reconhece este objeto?” Olhei bem e respondi: - jamais vi algo parecido! Com esta resposta, os policiais se deram por satisfeitos e se retiraram do recinto, inclusive aquele inspetor, que examinava rotinas de trabalho feitas por servidores do INPS, naquela época.
Num segundo momento, chegaram Alceu e sua esposa e me contaram que o Sr. Paulinho trabalhara numa lavra, aonde havia retirada algumas pedras de água-marinha completamente ocas. Pedras que muitos compradores viram e sequer fizeram quaisquer ofertas, alegando que as peças somente poderiam interessar a colecionadores. Isto fez com que ele abandonasse o garimpo, passando a dedicar-se à exploração de uma quitanda na frente da igreja Presbiteriana, que podia ser vista do alto do prédio do INPS. Paulinho, eu apenas o vi e não cheguei a falar com ele, já planejava comprar um terreno baldio localizado ao lado para expandir seu negócio.
Depois disso, Alceu me chamou ao gabinete para uma conversa confidencial: ele me explicava sua intenção de dispensar-me da função de Agente Adjunto. E eu lhe perguntei: - “isto faz parte da recomendação do Inspetor?”. Respondeu-me: - “também”. E explicou que o senhor superintendente regional também concordava com essa providência, mas recomendava de que eu não tivesse prejuízo financeiro. Neste caso, Alceu me propunha que eu trabalhasse na portaria, oferta de que declinei: ganharia a mesma gratificação, mas me sentiria humilhado. Imaginem a situação de quem ocupara a segunda maior posição na hierarquia, tornado agora um simples porteiro? Nada indigno, mas convenhamos isso seria demais para minha imagem de quem comandou quase tudo, ser agora, apenas recepcionista! Pensando bem ultimamente foi aberto um posto de trabalho em Santo Antônio do Canaã e algumas pessoas foram admitidas para servirem ali como mão-de-obra conveniada com a Prefeitura Municipal de Santa Teresa. Este não era meu caso: nessa época eu já ocupava o cargo efetivo de Auditor da Receita e recebia meus proventos por intermédio de subsídio. Não haveria perda e, pensando bem, agora a estrada que liga Santo Antônio a Várzea Alegre está pavimentada com cobertura asfáltica, dava perfeitamente para residir em Várzea Alegre, indo e voltando do trabalho diariamente. Por falar em pessoas que já servem neste novo posto, até Epaminondas Caser foi admitido pela prefeitura e se encontra satisfeito como essa nova atividade.
Lembrei-me de que, na realidade, sou aposentado por motivo de invalidez e nem posso exercer qualquer atividade remunerada de que não seja proveniente da minha aposentadoria.
Realmente tudo não se passou de mais uma das minhas fantasias das madrugadas.

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