domingo, 12 de maio de 2013

O GRAVE PROBLEMA DA ÁGUA


                
                Esse assunto, constantemente reprisado de tão grave que é, merece sempre toda a nossa atenção diante de chuvas distribuídas irregularmente no Nordeste e também no Sudeste, desatacando-se como fator de perdas dos recursos hídricos no caso específico do estado do Espírito Santo. Os rios Santa Maria do Rio Doce, o Santa Maria da Vitória, este abastecedor das barragens hidroelétricas do Rio Bonito e de Suíça, o Rio Jucu, que concorre com este para fornecer água captada dos seus leitos para o abastecimento da Grande Vitória. Outrora caudalosos esse cursos d água tiveram considerável redução dos seus mananciais.
                O rio Santa Maria do Rio Doce, que banha todo o vale, desde Alto Caldeirão a Colatina, já demonstra exaustão a partir das suas nascentes das cabeceiras do município de Santa Teresa no limite com Santa Maria de Jetibá e, consequentemente, deixa deficiência para a irrigação de plantações agrícolas e água para abastecimento, que chegam à sede do município de São Roque do Canaã e comunidades ribeirinhas localizadas ao Sul de Colatina. Mais um ano sem chuvas regulares, todo esse vale estará seco. Isso significa extinção das atividades rurais, êxodo direcionado aos centros urbanos, fechamento de indústrias, desemprego e outras mazelas.
                Fato idêntico ocorre com o rio Santa Maria da Vitória, abastecendo as culturas agrícolas, as comunidades urbanas de Santa Maria de Jetibá e de Santa Leopoldina e da Grande Vitória. Concorre com esse quadro nos municípios de Venda Nova do Imigrante, Marechal Floriano, Domingos Martins e da cidade de Viana. Esses rios juntos representam, também, mais de 80% de todo o abastecimento da Grande Vitória.
                Para agravar a escassez hídrica nesses vales, há outro agravante: as culturas agrícolas são responsáveis pela contaminação por agrotóxico, que causam onerosos processos de tratamento para transformar essas águas com qualidade de potabilidade.
                Se ainda não existem estudos para cuidar de tão graves problemas. O momento urge. Não dá mais para aguardar pacientemente pelo que já se avizinha. Os estudos devem viabilizar a obtenção de água por meios alternativos, ou seja, aproveitamento das águas das chuvas, prospectar o subsolo e, também, estudar processos de dessalinização das águas do mar. Acompanhando esse raciocínio paralelamente buscar alternativas energéticas através do uso da luz solar e aproveitamento dos recursos eólicos, bem como a energia viável com a oscilação dos níveis dos mares. Essas fontes alternativas energéticas podem auxiliar na obtenção e tratamento das fontes hídricas alternativas.
                Para conservação dessas águas alternativas não se pode abdicar da reciclagem, tendência reinante em todo o mundo. É bom dizer que, embora eu não tenha recursos, tanto de recursos materiais e intelectuais, tento cooperar com o pouco que sou capaz e gostaria que essas previsões sombrias sobre este momento e para o futuro próximo fossem apenas ficções. Aos estudiosos e conhecedores tecnicamente capazes fiquem com a palavra e as providências cabíveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário