terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

ÁGUA É VIDA

No livro do Gênesis, pode-se perceber que a criação da vida está intimamente ligada à existência da água, inicialmente suspensa na forma de vapor, resfriada depois se liquefez. Dois terços do planeta são de água, também da mesma quantia é formado nosso corpo. Foi, com absoluta certeza, que a vida surgiu da água. Certamente ao que hoje presenciamos como seres terrestres tiveram origem na água; primeiro criados e donos do meio hídrico; depois de migrados para camada superior da hidrosfera, dominaram a litosfera e a atmosfera. E agora? Agora já se preparam para migrar ao cosmo. Primeiramente é preciso que se saiba onde exista água por lá, mas que seja idêntica a que se tem aqui.
Qual a principal indagação sobre a existência ou não de vida no universo além de nosso planeta terra? Existe água? Se existir, é uma possibilidade de que ali exista vida tal como a conhecemos. E se não existir? Bom pode ser que existam outras formas de vida ainda desconhecidas por nós. Apesar de algumas imagens de outros planetas do nosso sistema solar sugerirem que ali exista ou tenha existido água a incógnita persiste. Mas se há água, certamente poderá existir vida, até mesmo igual à nossa. As evidências de que haja existido água nesses remotos corpos celestes, ainda é cedo para uma afirmação conclusiva. Digamos que existam ou tenham existido mares, lagos e rios de algum meio líqüido ainda desconhecido pela ciência que não sirva à vida tal como a conhecemos, mas outros tipos jamais imaginados. Quem sabe?
Por enquanto, nos resta afirmar que nessa nossa morada particular chamada Terra há uma certeza axiomática: Se há água, há vida.
Ainda lendo o Gênesis, vemos que Deus não deixou que seu povo eleito que retornava do Egito perecesse de sede, oferecendo-lhe água que jorrou da rocha depois de tocada pelo bastão de Moisés, o mesmo que feriu as águas do Rio Nilo. E isso vai adiante quando Jesus à beira do poço de Jacó pede água à Samaritana para saciar-lhe a sede, prometendo que poderia servir-lhe uma água que lhe saciaria eternamente a sede, pois lhe daria de beber uma água de vida eterna.
Jesus Cristo foi batizado por João Batista com água, essa mesma que continua a nos tornar cristãos. Por que o batismo indica que morremos para o pecado e renascemos purificados em Cristo.
A água pode significar morte quando afoga; pode destruir, também lavar, refrescar e dar vida. Ora pode ser instrumento de morte, ora de vida.
Numa visão profética foi vista uma fonte que se originava do Templo de Jerusalém corria para o Rio Jordão numa torrente caudalosa, gerando muita vida às margens desse grande rio até juntarem-se às águas do mar.
A fonte do templo
[...] “Ezequiel, desejoso em mostrar o caminho de Israel renovado, imagina o povo instaurado também numa Palestina renovada (Ez 47,1-2.8-9.12). Por isso, vê a terra banhada e irrigada com a água fertilizante que sai do Templo, em direção ao Oriente (v.1-2). Na nova Sião, a fonte nova do Templo jorra e avoluma-se (vv.2-6), fertilizando o deserto com árvores frutíferas (vv.7.12), cujas folhas têm poder medicinal (v.12) para manifestar a glória do Senhor Deus, que habita o Santuário”[...].

Mas se Deus nos presenteou com esta água que nos dá a vida, cabe a nós conservá-la para que nossos semelhantes dela se utilizem e que esteja disponível para os nossos descendentes para conservar-lhes a vida. Mas que fazer para conservação desta dádiva de Deus? A água. Encontrar meios capazes de sua manutenção hoje e no futuro. Mas como? Isto demanda algumas ações simples, mas não podem deixar de serem feitas. Algumas delas podem ser resumidamente mencionadas: preservação das nascentes, não apenas das nascentes, mas das bacias de captação que abastecem os lençóis freáticos de onde se originam as minas de água. Proteger a conservação de uma nascente significa manter ou restabelecer a cobertura vegetal que impeça a formação das enxurradas, que forme esponjas absorventes que contenham as águas das chuvas e as deixe escorrer lentamente para serem absorvidas pelas camadas do solo e encham essas bacias de captação formando reservas que, vagarosamente façam perfusão para as aberturas de fendas nas rochas e abasteçam os mananciais formadores dos cursos de água chamados córregos, riachos e rios até chegarem aos mares e oceanos.
Cabe depois a manutenção destas correntes livres da contaminação poluidora dos dejetos de natureza doméstica e industrial, possibilitando a existência de água potável e meio para a procriação de animais aquáticos como peixes, crustáceos, zooplancto e fitoplancto responsáveis pelo início da cadeia alimentar.
Para concluir diria que água pura é vida e gera a vida; água impura e poluída significa doença e morte.

Vila Velha, 24 de fevereiro de 2008

Idomar Taufner

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