Esta página representa espaço destinado ao registro de artigos do autor Idomar Taufner. Opiniões acerca dos mais variados assuntos, enfim, coisas do cotidiano definidas ocasionalmente nas memórias antigas e recentes. Aceita-se comentários pertinentes aos assuntos abordados, isto é, são sempre bem-vindos.
sábado, 29 de outubro de 2011
SONHANDO SEGUIDAMENTE
sábado, 1 de outubro de 2011
RETORNO AOS SONHOS (CONTO)
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
MADRUGADA DE DEVANEIOS
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
FOTO DE VÁRZEA ALEGRE - SANTA TERESA - ES
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
CHOQUE DE MODERNIDADE
ÉPOCA DE TRANSIÇÃO
quarta-feira, 20 de julho de 2011
SERRA PELADA NO ESPÍRITO SANTO
terça-feira, 28 de junho de 2011
NÃO SE FALA MAIS EM SONHOS
segunda-feira, 27 de junho de 2011
A LA CARTE
domingo, 26 de junho de 2011
TRABALHO DE GARI
sábado, 18 de junho de 2011
MADRUGADA VIOLENTA
sexta-feira, 17 de junho de 2011
SOLUÇÃO QUADRADA E OUTRAS
terça-feira, 7 de junho de 2011
INGENUIDADE
sábado, 4 de junho de 2011
EXEMPLO A SER SEGUIDO
Os agricultores de Santa Maria do Jetibá e Iconha, que estão do outro lado da banca, merecem o reconhecimento pelo trabalho que realizam e pelos produtos que nos fornecem, puros e limpos de agrotóxicos. Sou grato a eles que chegam pela noite de sexta-feira e dormem debaixo das barracas. No sábado, bem cedinho, iniciam a comercialização. Vida de trabalho. Por isso vou agradecer sempre.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
À MINHA AMÁVEL ESPOSA
quarta-feira, 25 de maio de 2011
O CASO DA MELANCIA DA CASCA VERMELHA
terça-feira, 24 de maio de 2011
DE CARRO NOVO POR AÍ
segunda-feira, 23 de maio de 2011
BODAS DE OURO DE CASAMENTO
segunda-feira, 9 de maio de 2011
AQUELA VELHA CASA..
quinta-feira, 5 de maio de 2011
ATUALIDADE
ENSAIANDO O APOCALIPSE
Tudo o que se possa imaginar e comparar com as profecias apocalípticas parecem ter acontecido, ou estejam acontecendo. Desde que se registrou filho contra pai e este contra seu descendente, reino contra reino, nação contra nação. Também notícias de guerras, também terremotos e tempestades, assassinatos em grande escala, doenças a cada vez mais agressivas e de curas difíceis. Esses sinais prenunciam o início do fim dos tempos, mas, nem tudo está consumado. Coisas terríveis ainda virão, e, conforme profetizado, os sofrimentos serão tamanhos, chegando-se a concluir, que melhor seria não ter nascido.
Tudo indica que o ensaio prossegue, pois os efeitos do pequeno aquecimento se manifestam em forma de acidentes catastróficos visivelmente sentidos por todos os quadrantes do globo. São tempestades com ventos, chuvas a cada vez mais intensas. Enquanto enchentes diluviais assolam cidades, campos, vales e montanhas; enquanto as quedas de granizo se tornam intensas e frequentes, raios provenientes de descargas atmosféricas têm frequência e intensidades jamais imaginadas, o derretimento das geleiras das grandes montanhas e das calotas polares se torna coisa concreta e progressiva. Secas severas assolam regiões de características chuvosas, inibindo safras destinadas à provisão de alimentos; também os excessos hídricos resultantes de intempéries trazem consequências idênticas. Pode-se imaginar a que gravidade esses efeitos avançarão, considerando-os diretamente proporcionais ao aquecimento da terra; a que intensidade as tempestades e demais efeitos correlatos atingirão. Com todos os esforços que a humanidade venha a adotar, o fim de tudo caminha a passos largos.
Quando vemos que as campanhas de conscientização das populações, quer nas mais elementares práticas de conservação da água querem na adoção de práticas de uso racional das fontes energéticas, da melhor utilização dos alimentos, da reciclagem de todos e quaisquer rejeitos, tendo em mente que todos esses recursos são finitos.
De acordo com a filosofia do malthusianismo e suas consequências, toda a população do planeta há muito teria perecido de fome, pois, “enquanto a população aumenta em proporção geométrica, a produção de alimentos progride de forma aritmética”, assim preconizava MALTHUS. Isso não aconteceu, porque não se previram os avanços tecnológicos. Mas, de agora em diante, há novas variáveis, trazendo consigo desafios intransponíveis. Se a conscientização atingisse expoentes máximos, isto poderia postergar esse fim considerado inevitável. Não me considero pessimista e tenho certeza, que não estarei presente a esse futuro catastrófico. Gostaria de que meus descendentes não tivessem que tomar desse cálice. Por outro lado, tudo que se propaga no sentido da reversão de alguns efeitos com a adoção de pequenas ações, parece, que é fruto de previsões catastróficas a que algum planeta de remota galáxia, localizada nos confins do extenso universo, estará sujeito.
No momento em que é feita a advertência, há reflexões e temores; em seguida, tudo nos leva ao esquecimento. Em algum dia poderemos ser surpreendidos diante de coisas graves e irreversíveis. Aí poderá ser tarde...
Não cochilemos diante de coisas sérias e graves; nossos descendentes, com certeza, pagarão a conta!
terça-feira, 19 de abril de 2011
NUVENS NEGRAS SOBRE VILA VELHA
Estávamos em casa somente Karla e eu. Ao observarmos pela longa espaçosa varanda do nosso apartamento, percebemos inicialmente nevoeiro, encobrindo as montanhas como flocos tão alvos do mais fino algodão. Uma brisa fria e úmida soprava proveniente do mar, açoitando árvores e placas de “outdoor´s”, mas tudo silenciosamente.
Repentinamente subiram nuvens negras por detrás do Morro do Moreno e avançaram celeremente para o sentido oeste; ouvia-se o uivo de ventos fortíssimos e, de repente, senti que o convento de Nossa Senhora da Penha – a padroeira do Estado do Espírito Santo, já não era mais visto sobre a colina onde é edificado. Teria sido destruído? Não resistindo à ação dessa violenta procela, ruindo sob a ação desses ventos, cuja força te-lo-ia feito desmoronar.
Sentíamos-nos preocupados com Anésia, que havia saído para consulta médica e não tínhamos com avisa-lá para que aguardasse o fim da borrasca para retornar a casa, pois seu celular se encontrava sobre a mesa da nossa cozinha. Que fazer? Simplesmente aguardar, parece-nos sensato.
Nuvens escuras costumam trazer chuvas copiosas, ventos fortes, granizo, geralmente, quase sempre, acompanhados de raios intensamente carregados de energia elétrica, resultantes de descargas motivadas pelo encontro de energia positiva versus negativa. É uma espécie de curto circuito e o raio é uma centelha. Foi o que ocorreu em seguida: uma ventania de muitos quilômetros de velocidade, queda de granizo e chuvas intensas, daquelas que costumar alagar alguns bairros da cidade de Vila Velha. Descargas elétricas se sucederam. As negras nuvens deixaram um rastro de destruição, deslocando coberturas inteiras de galpões e destelhando muitas casas, arrancando árvores pelas raízes e as chuvas intensas trouxeram alagamentos a vários bairros da cidade de Vila Velha. Outra consequência registrada foi um transformador de energia elétrica totalmente danificado pela força de potente raio, situado em rua próxima ao nosso prédio.
E Anésia, que não chegava. Melhor assim. Ela deve ter-se apercebido da gravidade da situação e permanecido em local seguro, enquanto aguardava que a tempestade se amainasse. Não adiantava ir ao seu encontro de carro. Bem que pensamos nisto. Leandro, até se dispunha e colocar seu carro na rua, mas, raciocinando bem, isto seria uma atitude de risco – verdadeira temeridade -, um arrojo, que não compensava os riscos. Certamente, na hora certa e assim que possível, Anésia conseguiria meios para chegar a casa e a salvo.
Esse fato não foi um evento isolado; tivemos vários, porém intensamente menos significativos.
CASAL É ASSALTADO NA MADRUGADA
Estávamos caminhando por movimentada rua no Centro de Vitória, minha esposa e eu, quando fui avisado, que três bandidos assaltavam pedestres caminhando por aquela via pública. Prontamente propus a minha mulher, que corrêssemos, mas ela me dizia:
- Não consigo. Estou cansada, mal consigo andar devagar.
Diante disso, mudamos nosso itinerário e prosseguimos por uma estrada de chão, como alternativa. Mas, depois de caminharmos, subindo e descendo, imaginávamos, que estivéssemos livres. Nada disso. Os meliantes, em número de três, continuavam ao nosso encalço. Andávamos ainda mais rápiddo, mas não adiantava, pois também eles aumentavam a velocidade. Afastamo-nos bem, parecendo que estivéssemos fora do alcance daqueles fascínoras; adentramos num local de vegetação mais densa, onde havia água canalizada. Resolvemos parar para descansar e banharmo-nos naquela água fria, que generosamente jorrava daqueles canos. Fizemos isto, mas não tardou para que fôssemos alcançados pelos assaltantes. Um, mais alto, moreno, magro, ostentando barba rala por fazer e, na cabeça, exibia velho chapéu surrado com as abas amassadas, e, pelos rasgos, confirmava se tratar de coisa antiga e de longo uso. Ele dirigiu-nos a palavra, apontando na minha direção uma arma de cano curto – um trabuco, talvez um bacamarte -, eu poderia dizer. E ele disse:
- Não adianta correrrem, vocês serão assaltados, mas podem tomar seu banho tranquilamente; nós temos todo o tempo para aguardarmos. Prá que pressa? Enquanto isso, nós também descançamos. Sem que tivéssemos notado, banhava-nos totalmente vestidos, tanto minha exposa, ostentando todas as peças utilizadas nas caminhadas matinais e nos exercícios de aeróbica diários. Eu sequer teria retirado o boné da minha cabeça, nem outras quaisquer peças, inclusive meias e tênis. Tremíamos como varas verdes, isso tanto poderia ser devido à friagem da água e/ou também do medo que nos apossara diante das ameaças, que nos faziam os bandidos.
Numa conversa com esse bandido. Qaue demonstrava ser o líder do bando, arugumentei que caminhávamos a pé e estávmos exaustos e indaguei:
- Por caso, o amigo tem carro? Estamos carecendo de uma carona até Vila Velha, onde residimos. Pagaríamos pela corrida.
- Claro que tenho carro. Na realidade tenho dois. Estão locados ao preço de dois dólares por hora, enquanto isso, faço junto com estes paraceiros, que me acompanham, assaltos e pequenos furtos. Tudo somado constitui o total das minhas rendas. É trabalhoso, perigoso, mas compensa os sacrifícios.
A arma de longo cano estava sempre apontada na minha direção e eu pensava: “a qualquer vacilo, este indivíduo pode acionar o gatilho e aí...”. E a história se tornara longa. Procurávamos ganhar o mais que pudéssemos de tempo. Não sei mesmo porquanto tempo durou esse evento. Só sei que senti uma cutucada com o cano da arma em minhas costelas. Felizmente não era a arma. Era, sim, Anésia que me cutucava para acordar-me. Ela dizia:
- Acorde! São seis horas da manhã!