O Brasil bem que poderia passar por novo choque revolucionário de modernidade, a exemplo daquele ocorrido no governo de Juscelino Kubitscheck. Não foi apenas a construção de Brasília que marcou essa época; foram também imensas rodovias que cortaram a nação brasileira de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Bem verdade, que nessa época, o país declarou moratória à dívida externa, teve início o grave período inflacionário, grassou corrupção generalizada em todos os níveis de governo; mas o Brasil, em que pesem essas coisas negativas, experimentou um surto de progresso antes nunca visto.
Será que a corrupção não poderia dar trégua! Hoje não se tem dívida externa para ser declarada moratória; já temos rodovias que cortam todo o território nacional, a população, de lá para cá, quase triplicou; continuamos a minerar ferro, manganês e outros minérios, que nos rendem generosas divisas; já prospectamos ouro às milhares de toneladas. Bem verdade que o ouro produzido, durante o período colonial e reino unido, engrossou o lastro de nações estrangeiras. Mas, prá que tanto ouro? Talvez fosse para produzir “alianças” e enriquecer nações amigas. Mas, calma! Ainda há muito ouro, diamantes e uma gama de minérios jazem no nosso subsolo. Por que, não utilizamos parte do aço que produzimos para fabricar trilhos e construir ferrovias para modernizar nossos transportes? Por que não investimos na fabricação de composições para trafegarem sobre essas ferrovias? Por que não ampliamos a produção de energia elétrica com a mais limpa forma energética – a nuclear?
Não temos dinheiro para investir nas grandes obras? Certamente o que nos falta é planejamento sério e patriota. O dinheiro viria dos investidores hávidos por bons negócios e ganhos certos. E os recursos físicos? Existem e em abundância. Precisaríamos que renascessem homens com qualidades de Juscelino, de Getúlio Vargas e de muitos brasileiros cuja coragem e arrojo fizeram de suas vidas modelo para inspiração de novo choque de modernidade e progresso.
Petróleo? Para nós não é problema; é solução! A auto-suficiência neste insumo energético deixou de ser sonho e se tornou realidade. Vamos, Brasil! Acorde desse “Berço esplêndido”. Com trabalho sério, patriotismo e ufanismo, poderemos ser, talvez não a primeira nação do mundo, mas uma das maiores.
Na década de 1970, vivia-se a expectativa de que haveria petróleo, talvez, por algo em torno de vinte anos. Nessa época, como acadêmicos do curso de ciências contábeis, formos desafiados a elaborarmos trabalho monográfico sobre a questão dos recursos energéticos renováveis e não renováveis. Inspirei-me na produção de cana de açúcar e na sua transformação em álcool (hoje dizem etanol), considerando as extensões territoriais do Brasil, haveria cana para abastecer o mundo com esse combustível, que poderia movimentar motores e servir como meio de calefação, inclusive, para o frio rigoroso da Sibéria. Recebi elogio e nota máxima, o que me satisfez para minha avaliação do aprendizado.
Anos depois, eis que surge o Proálcool exibindo características da minha monografia. Certamente, meu trabalho jamais devolvido, o docente, que se sabe, fazia parte do SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão máximo da segurança governamental, teve nessa monografia subsídio para implantar o álcool como combustível, substituindo petróleo de que a nação tanto dependia. Se isso foi mera coincidência, foi coisa que tenho na memória como parcela gratificante de contribuição para com a pátria.
Tivemos, recentemente, um cidadão capixaba que exibia protótipo de motor movido a água e, quando exibia seu invento, falava de forma convincente. Estranhamente, esse indivíduo não tornou à mídia. Coisas de menor importância sempre tiveram repercussão nos noticiários. Este fato, não. Sequer os noticiários tomaram quaisquer iniciativas que viessem desmistificar o assunto.
Espera-se que pessoas de boa vontade e de inteligência normal venham somar esforços para que o Brasil tenha um grande CHOQUE DE MODERNIDADE.
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