Não é privilégio da atual gestão municipal de Vila Velha intervir na paisagem da Praia da Costa. Ao longo desses trinta anos. Vimos desaparecer as edificações do “Clube dos Quarenta” (se não me engano), de um quiosque chamado “Mug”, de uma fileira de barraquinhas instaladas na orla, onde se vendiam aperitivos, peroá frito, caldinho de feijão, milho cozido e outros quitutes, sem esquecer que o peroá era preparado na banha de porco daquele toucinho da barriga dos suínos, do que resultavam saborosos torresmos. Muitas árvores e palmeiras foram plantadas, palmáceas oriundas da vegetação natural da mata atlântica e coco da baía, utilizando espécimes maduros e com caules medindo alguns metros de altura. Alguns vicejaram com dificuldade; outros não tiveram a mesma sorte.
E o que se vê agora? Ameaças de extermínio das velhas e folhosas castanheiras, que ornamentam e abrigam à sua sombra em alguns pontos da orla da praia, ao longo do Clube Libanês aos confins da Praia de Itaparica. Já são vistos transplantados coqueiros adultos. Muitos sucumbirão, deixando vagos seus espaços. Enquanto polemizam a retirada ou permanência das majestosas castanheiras, vicejantes no local há algumas décadas, continua a intervenção na paisagem arbórea da nossa famosa praia, motivadora de turistas visitantes de várias partes do Brasil e do exterior. Certamente muitos postais circulantes, vistos hoje no mesmo local, perderão as majestosas vistas.
O que devem fazer os habitantes da populosa Praia da Costa e de toda a orla praiana do município de Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, indignados com atitudes tomadas ao gosto de cada gestão municipal? Parece-me óbvio: manifestar todo o descontentamento com esses gastos, frutos de verdadeiros improvisos paisagísticos, mostrar às autoridades competentes o que, afinal, deseja a população a cerca dos destinos urbanísticos de todo o município de Vila Velha, promovendo manifestações em assembléias populares para expressar os legítimos preitos da população. Às autoridades, caso queiram tratar o assunto democraticamente, cabe ouvir o clamor da população, valendo tal atitude, ir de encontro a todos os anseios que visam o bem estar coletivo.
Apesar de nossos administradores ocuparem esses cargos de gestores de coisas públicas terem sido eleitos por maioria de votos em eleições livres, gerindo os bens públicos com probidade, bom senso e manterem sempre consultas àqueles que os elegeram, tornam seu mandatos sempre cobertos pela legitimidade.
A população de Vila Velha acredita que o tom que norteia bons e fiéis detentores de cargos públicos permaneça sendo a principal guia norteadora dos seus eleitos.
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