Deve ser o trabalho mental racionalizado pelo inconsciente. Pode ser também entregar-se a fantasias e devaneios, mas para mim, os sonhos me afetam, me enaltecem, me incomodam me trazem certezas e incertezas, verdades e não verdades, tranquilidade, me deprimem me alegram, me deixam preocupado, me trazem mensagens, inventam coisas jamais vistas; até mesmo inexistentes, mas, também, trazem ao presente fatos relacionados ao passado, ainda incompletos; repetem e dão continuidade a histórias reiteradamente.
SONHO RECENTE:
Fui à localidade de Itanhanga, que é caminho para se chegar a Pedra Alegre, Santa Teresa, ES, para ver o garimpo que Firmino Corteletti lavrava numa montanha local. Firmino descobrira essa jazida de minerais raros. Um deles, uma pedra azul que funcionava como amplificador de som e uma substância da cor do mais negro, o que é chamado de negro absoluto. Esta tinha como utilidade a confecção de painéis, a exemplo de um existente no Texas, Estados Unidos, com alguns metros de altura, que exibia o nome do titular do garimpo, da localidade, do estado e do país de origem.
Com essa descoberta, também eu tive interesse em garimpar nessa região. Quem sabe, se eu também não teria idêntica sorte? Locais para trabalhar eram coisas que não faltavam; não havia garimpeiros disponíveis e eu mesmo, não me sentia com forças suficientes para acionar ferramentas manuais como picaretas, pás, alavancas, carrinhos de mão, destinados à lavragem da terra.
Pensando sobre o assunto, lembrei-me de quando Hilton Corteletti, Alberto Merlo, Orlando Caliari e eu, na condição de cozinheiro, formávamos uma turma de garimpo e trabalhamos na propriedade de Joanim Roccon, localizada nessas proximidades. Nada de valor encontramos nessa ocasião, ganhando apenas experiência. Agora, quem sabe, se não teria chegado o momento de tornarmos a lavrar esse garimpo? Parece que a sorte que contempla Firmino, também a nós poderia se estender. Pensei em tornar ao assunto com aqueles velhos companheiros na primeira oportunidade.
Depois desse fato, cheguei a Várzea Alegre comentei com França Zanotti sobre o achado de pequenas pedras de água-marinha naquela propriedade, outrora sua e que hoje representa local de garimpo promissor. De passagem pela residência de Acrísio Zanotti, não só comentei como mostrei a ele alguns cascalhos e escórias encontradas na tal lavra. Quando comentava o assunto com Luiz Zanotti, eis que seu sobrinho, Jair, indagava-me se nós teríamos vendido as tais pedras, informei-o positivamente. Não tendo mais como mostrar-lhas, pois comerciadas, foram levadas diretamente para o exterior, talvez Estados Unidos ou índia. A todos eu disse que essa jazida ainda prometia boa produtividade.
De todos os personagens, a maioria já se encontra despojada dessa vida, mas a saudades que temos deles, acredito, fazem-se presentes constantemente nos meus devaneios das madrugadas, especialmente quando os sonhos se referem especificamente a gemas preciosas, a grande paixão de todos eles, inclusive a minha.
Sobre esses personagens, ainda vivos na minha memória, embora tenham concluídas suas caminhadas, peço-lhes licença para render-lhes justas homenagens “in memoriam”.
Mais uma vez, peço-lhes leitores, paciência pela insistência em postagens sobre meus sonhos; não é minha intenção, eles acontecem!
IDOMAR TAUFNER,
ResponderExcluirHOMEM QUE ADIMIRO PELA SUA PERSISTÊNCIA POR APROVEITAR TODOS OS SEGUNDOS DE SUA VIDA DA SUA DIVINA E IMAGINÁVEL INTELIGÊNCIA.
QUE DEUS LHE DE MUITOS E MUITOS ANOS DE VIDA PARA QUE POSSAMOS APRECIAR CADA PALAVRA QUE DEIXA ESCRITA.