O país mais rico do mundo, que tem a economia mais sólida, de repente, demonstrou fragilidade nas pernas. Primeiro foram boatos e a cada nova notícia, as bolsas de valores despencavam. Seriam sinais de recessão? Não. O sistema econômico que conjuga produção, agregação de valores, consumo, arrecadação de tributos e lucros das empresas gozava de boa saúde financeira em todo o mundo. É claro. Não nos Estados Unidos da América.
Para entender o caso
Na nação mais rica do mundo perpetrava-se uma maracutaia, diriam própria dos sagazes brasileiros. Mas desta vez essa prática de esperteza, um crime que nosso código penal tipifica como estelionato, acontecia numa nação do primeiro mundo. Como ocorre aqui, lá também existem financiamentos para a aquisição da casa própria. Ocorre que no Brasil, nenhuma instituição bancária financia valores equivalentes a 100% do que pleiteiam as partes envolvidas: construtoras e adquirentes. Nosso processo de avaliação é rigoroso, pois as instituições financeiras apostam no retorno do capital, acrescendo ainda que os recursos destinados à habitação não estejam disponíveis, senão por quotas rigorosamente controladas pelos órgãos do governo, porque os juros são diferenciados para menos, objetivando a função social como prioridade.
Lá na América, o sistema de avaliação visava conceder créditos para empreendimentos super avaliados para destinar vantagens financeiras às empresas construtoras e incorporadoras. Tal modo de agir atingiu o limite das possibilidades de os compromissos serem honrados e o calote se institucionalizou. Os bancos financiadores, sentindo falta de recursos, procuravam repassar essas carteiras de empréstimos a outros bancos e, em determinado momento, conseguiram visualizar o tamanho do rombo financeiro. Isto foi gota d’água para que as bolsas de valores de todo o mundo despencassem no sistema “dominó”, ou seja, uma peça após outra sucessivamente.
Agora tentemos chegar ao ponto crucial da questão: a economia globalizada tem lá suas vantagens, suas facilidades e sua integração. Bolsas de valores são locais destinados à comercialização do capital das empresas, como forma fácil, rápida e anônima de se adquirir partes desses capitais expressos em ações. Há os que adquirem ações com o objetivo de obterem dividendos resultantes dos lucros obtidos com a produção; há os que adquirem ações, apenas para especular. Assim quando determinada ação se valoriza é o momento certo de se realizarem os lucros, mas a continuidade das vendas de um tipo de ação tende baixar o seu valor. Com a baixa é hora de se comprar. Alguém que fique atento a essas oscilações pode obter ganhos especulativos. Isto é feito pelos pequenos investidores; os grandes representados por corporações especulativas, mais ganham com essas aplicações do que com o exercício de suas atividades. Grandes empresas, com as notícias geradoras do pânico que continuamente reverbera pelos quatro cantos do mundo, não acostumadas a oscilações violentas, perderam somas financeiras astronômicas, gerando mais pânico, que gerou maiores perdas. Agora, todo esse dinheiro perdido faz com que existam menos recursos financeiros para serem aplicados na produção e o próprio temor de novas e sucessivas crises acabam por levar às novas e reais crises, como se fosse uma bola de neve.
Não é fácil reverter esse quadro de desconfiança, depois da perda de tamanhos recursos financeiros. A própria prudência contribui para a redução da atividade econômica. Isto torna as bolsas de valores, mesas de pano verde onde a jogatina traz ganhos e perdas. Nunca vi numa mesa de jogo que houvesse apenas ganhadores; se há quem ganhe, há quem...
Para entender o caso
Na nação mais rica do mundo perpetrava-se uma maracutaia, diriam própria dos sagazes brasileiros. Mas desta vez essa prática de esperteza, um crime que nosso código penal tipifica como estelionato, acontecia numa nação do primeiro mundo. Como ocorre aqui, lá também existem financiamentos para a aquisição da casa própria. Ocorre que no Brasil, nenhuma instituição bancária financia valores equivalentes a 100% do que pleiteiam as partes envolvidas: construtoras e adquirentes. Nosso processo de avaliação é rigoroso, pois as instituições financeiras apostam no retorno do capital, acrescendo ainda que os recursos destinados à habitação não estejam disponíveis, senão por quotas rigorosamente controladas pelos órgãos do governo, porque os juros são diferenciados para menos, objetivando a função social como prioridade.
Lá na América, o sistema de avaliação visava conceder créditos para empreendimentos super avaliados para destinar vantagens financeiras às empresas construtoras e incorporadoras. Tal modo de agir atingiu o limite das possibilidades de os compromissos serem honrados e o calote se institucionalizou. Os bancos financiadores, sentindo falta de recursos, procuravam repassar essas carteiras de empréstimos a outros bancos e, em determinado momento, conseguiram visualizar o tamanho do rombo financeiro. Isto foi gota d’água para que as bolsas de valores de todo o mundo despencassem no sistema “dominó”, ou seja, uma peça após outra sucessivamente.
Agora tentemos chegar ao ponto crucial da questão: a economia globalizada tem lá suas vantagens, suas facilidades e sua integração. Bolsas de valores são locais destinados à comercialização do capital das empresas, como forma fácil, rápida e anônima de se adquirir partes desses capitais expressos em ações. Há os que adquirem ações com o objetivo de obterem dividendos resultantes dos lucros obtidos com a produção; há os que adquirem ações, apenas para especular. Assim quando determinada ação se valoriza é o momento certo de se realizarem os lucros, mas a continuidade das vendas de um tipo de ação tende baixar o seu valor. Com a baixa é hora de se comprar. Alguém que fique atento a essas oscilações pode obter ganhos especulativos. Isto é feito pelos pequenos investidores; os grandes representados por corporações especulativas, mais ganham com essas aplicações do que com o exercício de suas atividades. Grandes empresas, com as notícias geradoras do pânico que continuamente reverbera pelos quatro cantos do mundo, não acostumadas a oscilações violentas, perderam somas financeiras astronômicas, gerando mais pânico, que gerou maiores perdas. Agora, todo esse dinheiro perdido faz com que existam menos recursos financeiros para serem aplicados na produção e o próprio temor de novas e sucessivas crises acabam por levar às novas e reais crises, como se fosse uma bola de neve.
Não é fácil reverter esse quadro de desconfiança, depois da perda de tamanhos recursos financeiros. A própria prudência contribui para a redução da atividade econômica. Isto torna as bolsas de valores, mesas de pano verde onde a jogatina traz ganhos e perdas. Nunca vi numa mesa de jogo que houvesse apenas ganhadores; se há quem ganhe, há quem...
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