Já se podia esperar que mais cedo ou mais tarde a ortodoxia do neoliberalismo chegasse ao fim; não um fim totalmente radical. Haveria de existir o meio termo do bom senso. Afinal, nem tudo deve ser estatizado e nem tudo deve ser privatizado, como era o tom inicial deste modelo econômico introduzido nas últimas décadas do século passado e neste início de milênio. Grande exemplo ocorreu na previdência chilena que era propagada aos quatro ventos como a panacéia universal para solucionar esse segmento social: deveria ser entregue à iniciativa privada, porque só assim essa parte da riqueza seria devidamente administrada. Hoje este modelo chileno de previdência, não tardará a ser reestatizado para recuperar a credibilidade da população assistida. Esta atividade entregue à iniciativa privada, como era propósito de que fosse implantada no Brasil, foi postergada e, agora, a estatização ganha fôlego novo neste sentido.
Não se pode creditar exclusivamente a ocorrência desta crise financeira global, mas o neo e o próprio liberalismo pressupõem liberdade econômica desestatizada com a crescente delegação à iniciativa privada de prerrogativas próprias do poder do Estado, deixando as rédeas dos controles à mercê dos interesses privados, ávidos sempre por lucros a cada vez maiores. Nisso pode ser entendido como se fossem entregar à raposa as chaves do galinheiro. Foi assim esse a stronômico rombo nas finanças dos bancos, deixando à mercê dos próprios bancos e incorporadores dos imóveis do sistema da casa própria americano. Numa troca de favores que nada mais é que senão corrupção ativa x corrupção passiva – verdadeiro acordo de cavalheiros. Tudo funcionava bem até que a massa de adquirentes desses imóveis esgotou sua capacidade de honrar com as parcelas de financiamentos supervalorizados. Os bancos procuraram desfazer-se desses ativos “podres”, que se generalizavam, comprometendo a normalidade da gestão dos negócios. Houve um alarme e instantaneamente o mundo viu despencar o valor das ações de grandes bancos e, por conseqüência, o pânico instalado não concedeu prazo para que grandes especuladores conseguissem salvar suas aplicações nesse mercado de especulação (de jogatina, mesmo).
Quem perdeu com isso? Todos. O mundo depois desse episódio será outro. Nós vimos coisa semelhante ocorrida no Brasil da década de 1970. Nessa época, não sei por que, houve forte influência para que pequenos investidores brasileiros investissem em ativos acionários. A campanha teve forte repercussão, levando muitas pessoas e venderem suas propriedades para investir no mercado acionário. Os investidores experientes faziam a especulação clássica: vendiam as ações na alta e adquiriam na baixa. Mas os inexperientes e incautos investidores ocasionais faziam o inverso: compravam as ações em alta e, quando baixavam, vendiam, porque imaginavam que a queda lhes poderia causar perdas totais; com isso, eles iam acumulando perdas sucessivamente. O pior mesmo aconteceu quando a capacidade de investir se exauriu e, não havendo mais quem comprasse, as bolsas despencaram rapidamente, levando prejuízos até aos investidores experientes.
Outro risco, caso a crise financeira se aprofunde, será como o filme visto antes, culpar os altos salários do funcionalismo e sua inépcia administrativa. Também os beneficiários pensionistas da previdência pública, correm risco de ganhar parte da culpa pela crise. Há uma dialética por demais conhecida: falam em recomposição do poder aquisitivo dos aposentados, até defendem a manutenção do valor dos benefícios, mediante a adoção do salário mínimo como indexador. Ao conceder os benefícios, estes seriam convertidos em N% do salário mínimo. Desta forma os benefícios, sempre que o SM fosse reajustado, teriam seus valores mantidos.
O segmento do funcionalismo público pode pressentir: quando se fala em melhoria das condições financeiras para os servidores públicos: Cuidado. Pode ser mais uma das falácias de que possam estar perpetrando na calada da noite, mais sacrifícios para uma classe que costumeiramente “paga o pato” pelos insucessos das finanças do poder público. Quando a aparência indica uma coisa positiva é sinal de alguma perda iminente. Isto pode ser entendido como “as coisas tendem a ser o inverso das aparências”. Funcionários públicos e beneficiários da previdência social estejam atentos, sempre.
Não se pode creditar exclusivamente a ocorrência desta crise financeira global, mas o neo e o próprio liberalismo pressupõem liberdade econômica desestatizada com a crescente delegação à iniciativa privada de prerrogativas próprias do poder do Estado, deixando as rédeas dos controles à mercê dos interesses privados, ávidos sempre por lucros a cada vez maiores. Nisso pode ser entendido como se fossem entregar à raposa as chaves do galinheiro. Foi assim esse a stronômico rombo nas finanças dos bancos, deixando à mercê dos próprios bancos e incorporadores dos imóveis do sistema da casa própria americano. Numa troca de favores que nada mais é que senão corrupção ativa x corrupção passiva – verdadeiro acordo de cavalheiros. Tudo funcionava bem até que a massa de adquirentes desses imóveis esgotou sua capacidade de honrar com as parcelas de financiamentos supervalorizados. Os bancos procuraram desfazer-se desses ativos “podres”, que se generalizavam, comprometendo a normalidade da gestão dos negócios. Houve um alarme e instantaneamente o mundo viu despencar o valor das ações de grandes bancos e, por conseqüência, o pânico instalado não concedeu prazo para que grandes especuladores conseguissem salvar suas aplicações nesse mercado de especulação (de jogatina, mesmo).
Quem perdeu com isso? Todos. O mundo depois desse episódio será outro. Nós vimos coisa semelhante ocorrida no Brasil da década de 1970. Nessa época, não sei por que, houve forte influência para que pequenos investidores brasileiros investissem em ativos acionários. A campanha teve forte repercussão, levando muitas pessoas e venderem suas propriedades para investir no mercado acionário. Os investidores experientes faziam a especulação clássica: vendiam as ações na alta e adquiriam na baixa. Mas os inexperientes e incautos investidores ocasionais faziam o inverso: compravam as ações em alta e, quando baixavam, vendiam, porque imaginavam que a queda lhes poderia causar perdas totais; com isso, eles iam acumulando perdas sucessivamente. O pior mesmo aconteceu quando a capacidade de investir se exauriu e, não havendo mais quem comprasse, as bolsas despencaram rapidamente, levando prejuízos até aos investidores experientes.
Outro risco, caso a crise financeira se aprofunde, será como o filme visto antes, culpar os altos salários do funcionalismo e sua inépcia administrativa. Também os beneficiários pensionistas da previdência pública, correm risco de ganhar parte da culpa pela crise. Há uma dialética por demais conhecida: falam em recomposição do poder aquisitivo dos aposentados, até defendem a manutenção do valor dos benefícios, mediante a adoção do salário mínimo como indexador. Ao conceder os benefícios, estes seriam convertidos em N% do salário mínimo. Desta forma os benefícios, sempre que o SM fosse reajustado, teriam seus valores mantidos.
O segmento do funcionalismo público pode pressentir: quando se fala em melhoria das condições financeiras para os servidores públicos: Cuidado. Pode ser mais uma das falácias de que possam estar perpetrando na calada da noite, mais sacrifícios para uma classe que costumeiramente “paga o pato” pelos insucessos das finanças do poder público. Quando a aparência indica uma coisa positiva é sinal de alguma perda iminente. Isto pode ser entendido como “as coisas tendem a ser o inverso das aparências”. Funcionários públicos e beneficiários da previdência social estejam atentos, sempre.
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