Depois do ocorrido na boate “KISS”, na cidade de Santa
Maria, região central do Rio Grande do Sul – tragédia imprevisível que, no
primeiro momento, registrou 231 mortes de jovens na maioria estudantes
universitários com idades entre 18 a 25 anos de idade – deixando em estado de
comoção generalizada famílias residentes na maioria no Sul do Brasil, cujo
estado de luto tomou praticamente toda a Nação.
Dentre
os frequentadores dessa casa de diversão, além das vítimas fatais pouco mais de
uma centena de jovens foram hospitalizados, muitos em estado grave, vindo
nesses dias subsequentes ocorrer vários falecimentos. Enquanto isso se discute
as causas que motivaram o incêndio do estabelecimento e os agravantes
decorrentes de completa falta de condições físicas do imóvel consistentes em
ausência de saídas de emergência, uso de materiais inadequados usados como
isolantes acústicos, que, além de providos de facilidade de combustão, também
produziram como subproduto gases letais. Outro agravante consistente na falta
de preparo dos funcionários da segurança impediu a saída dos frequentadores em
pânico – exigiam a apresentação das comandas quitadas, pois era para isso que
foram preparados – eles deveriam zelar pela preservação do erário da empresa.
Depois
disso, o Brasil interiro vive um estado súbito de acordar depois de um
pesadelo. Todas as corporações de bombeiros, secretarias municipais e estaduais
voltaram-se a verificar que existem atos normativos em vigor, que, se aplicados
convenientemente pelas autoridades responsáveis já poderiam ter evitado o pior.
Mas, agora, todo cuidado em fiscalizar, conceder ou cassar licenças de
estabelecimentos em recintos fechados destinados à frequência maciça, quer
sejam casas de espetáculos, teatros, cinemas, super e hipermercados, praças
desportivas, templos religiosos e colégios, dentre outros. Todos devem ostentar
as necessárias condições de segurança, nisso entendidos: capacidade máxima de
lotação, solidez nas edificações, segurança bem planejada com servidores
devidamente treinados para situações previsíveis ou mesmo imprevisíveis.
Agora,
esperemos que passado esse estado de comoção, tudo não venha ser esquecido até que
novas tragédias ocorram.
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