domingo, 14 de fevereiro de 2010

ESTAÇÃO DO SOL

Alguém conhece estação climática com este nome? E estação do Sol Quente? Pois bem, estamos no quarto mês com o sol brilhando desde o momento que amanhece ao que anoitece, desde o dia primeiro de novembro do ano passado, ou seja, tivemos a última chuva significativa no dia 31 de outubro, depois disso, o sol brilhou implacavelmente dia, após dia, da manhã à noite durante quarenta e cinco dias, um sol quente, parecendo torrar tudo.
A vizinha cidade de Guarapari está às voltas com o abastecimento de água neste carnaval, fazendo racionamento, pois o “Jabuti”, principal manancial, está secando e pelos presságios que sinto, a continuar este estado de secura as próximas cidades a sofrerem desabastecimento serão Vila Velha, Cariacica, Vitória e Serra e outras pelo interior afora.
A perdurar esta situação por mais quinze dias poderemos abrir torneiras e delas nada pingar!
Com todo este calor, consumo exacerbado, lençóis freáticos nos limites de suas reservas, alto consumo na irrigação de plantas agrícolas, temos certeza, estamos diante do próximo ponto de exaustão, tando das águas que abastecem nossas residências, quanto aquelas que mitigam a sede dos nossos animais e culturas agrícolas produtoras de alimentos.
Se essas chuvas, tanto esperadas, tardarem a chegar, esses presságios, coisas que temo, se tornarão realidade.
Agora pergunto: nosso Estado já está preparado para enfrentar uma calamitosa situação como esta, caso venha perdurar por longo tempo?
Parece exagero o que falo; não afirmo, nem profetizo nada. São meras hipóteses para as quais, torço para que nada disso ocorra.
Enquanto sofremos a escassez de chuvas nos expondo aos riscos de todos os efeitos da seca; de forma cruel, os excessos da pluviosidade, notoriamente na maioria dos estados do centro sul do Brasil, arrastava pontes, casas, pessoas; provocava deslizamentos soterrando casas e pessoas; destruía plantações e inviabilizava plantios e colheitas de alimentos que farão falta nas mesas de muitas pessoas – lá poderíamos chamar esse tempo de “estação das chuvas”, dos temporais, das inundações e dos deslizamentos de barreiras. Isso nos dá a certeza de que, neste ano, vivemos em extremos opostos. Isso tudo poderia ser consequência do desiquilíbrio da natureza, causado pelo aquecimento global?
Há, ainda, um agravante: se, nos próximos vinte anos a temperatura do planeta tiver aumento de mais de dois graus , poderemos assistir ao aumento do nível dos oceanos, rigorosas tempestades secas, chuvas diluviais, extinção de espécimes animais e vegetais indispensáveis na cadeia alimentar de todas as espécies vivas e outros consequências, ainda não previsíveis.
Tudo isto, quando divulgado, nos deixa a impressão de que seriam coisas previsíveis e ficcionais para algum planeta do longínquo universo. Não. Isto são advertências que cientistas fazem aos humanos habitantes do planeta Terra.

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