Para se ter uma idéia, Vila Velha é o mais populoso município que integra a Grande Vitória, no Estado do Espírito Santo e, também o maior colégio eleitoral do Estado, abrigando população estimada em mais de trezentos mil habitantes. Mais de um quarto de tudo que acontece na metrópole ocorre por aqui. Basta que se abram os principais jornais diários para se constatar os acontecimentos aqui na cidade dos “canelas verdes”.
Este município contempla densas áreas urbanas, onde, a maioria das habitações está situada em extensa orla marítima do extremo norte situado no ponto geográfico do Farol de Santa Luzia ao extremo sul no limite com o Município de Guarapari, iniciando na Praia da Costa, seguindo pelas praias de Itapoã, de Coqueiral de Itaparica, da Barra do Jucu, findando na Praia Ponta da Fruta. À direta da Rodovia ES 010 há uma região periférica chamada de a “Grande Terra Vermelha”, que compreende dezenove bairros, inicialmente ocupados por sucessivas invasões. Hoje, esta parte do município conta com população, excedendo oitenta mil habitantes e não para de crescer e de modernizar-se. Do ponto extremo, onde está localizado o farol à barra do Rio Marinho, a cidade de Vila Velha margeia a baía de Vitória. Região que compreende a localização da Praia do Ribeiro, das instalações militares do 38º Batalhão de Infantaria e da Escola de Aprendizes Marinheiros e o Convento da Penha, local de vistas freqüentes de católicos fervorosos e de turistas egressos de diversas partes do Brasil e alguns do exterior. Seguindo, a Praínha de Vila Velha e a da Glória, Bairro do Aribiri, das ilhas das Flores e a da Conceição e vários bairros. Nesta margem da Baía de Vitória existem dois importantes terminais portuários, um que se localiza na Enseada do Rio Aribiri e outro em Capuaba. Há, também, terminais portuários desativados, tais como aquele em que se embarca o minério de ferro diretamente nos navios e o terminal de Paul, onde o desembarque de carvão era a principal mercadoria que ali desembarcava. Nesse de Capuaba, caracteriza-se pela movimentação graneleira proveniente do Corredor Centro Oeste e a movimentação de carga e descarga de exportações e importações feitas através de contêineres e, também, exportação de blocos de granito para o exterior. A partir do bairro de São Torquato, segue-se rumo ao oeste, margeando o Rio Marinho, que define o limite com o Município Cariacica. Depois, subindo através do Rio Jucu, ladeado por propriedades rurais, chega-se ao limite com o Município de Viana. Entre aos bairros de Paul e São Torquatro existiu outrora um importante entroncamento ferroviário entre a Estrada de Ferro Vitória a Minas e a da Estrada de Ferro Leopoldina. A primeira estação foi convertida num importante museu ferroviário; enquanto que a segunda se encontra abandonada. Neste local embarcavam-se passageiros e cargas com destino a Minas Gerais e ao Rio de Janeiro. Hoje a estação da antiga Vitória a Minas funciona em Jardim América, bairro pertencente ao vizinho município de Cariacica.
A hidrografia do município compreende o segmento do Rio Jucu e alguns quilômetros acima, o Rio Marinho e dois pequenos cursos d’água: o Aribiri e o Rio ou canal da Costa. Apenas o primeiro pode ser considerado rio; os outros nada mais são que canais de esgoto a céu aberto. Mas, enquanto isto a vida fervilha nesta grande cidade, acontecendo de tudo: coisas boas e outras nem tão boas.
Não há um só dia que deixem de registrados assassinatos, atropelamentos, incêndios, assaltos, arrombamentos e quase de todos os tipos de eventos previstos no Código Penal; mas há também registros de engarrafamentos de trânsito, muitos buracos pela cidade afora e algumas obras, em andamento, que complicam a vida dos pedestres e o trânsito de veículos automotores e similares.
Todos os santos dias há alguma casa comercial comemorando seu mês de aniversário e há até aquelas que comemoram isto durante os trezentos e sessenta e cinco dias do ano. Pobres consumidores! Todos os dias são convocados para irem às compras! São apelos irresistíveis de marketing. Na rua os pedestres são abordados com a distribuição de folders e panfletos, oferecendo mercadorias e serviços; já os condutores de veículos são abordados implacavelmente nos semáforos existentes nas ruas e avenidas que cortam a cidade em todos os sentidos. Haja papéis para encherem os depósitos de lixo ou, frequentemente inundarem e emporcalharem todas as vias.
Enquanto isso, cidadãos contribuintes de tributos se aglomeram em casas bancárias para pagarem seus impostos e suas contas originárias de mensalidades de colégios, aluguéis residenciais e comerciais, parcelas de compras faturadas a prazo; também se fazem longas filas nas casas lotéricas quando há alguma loteria acumulada. Pelos cantos há sempre algum cidadão ou cidadã recolhendo apostas do jogo de bicho. O funcionamento dos estabelecimentos comerciais.
Desde janeiro deste ano, o município tem novos administradores, frutos de uma eleição democrática ocorrida no final de 2008. Agora, ocupando os postos de trabalho, começam a demonstrar realizações concretas; algumas delas frutos de suas propostas eleitorais e outras para dar continuidade aos investimentos iniciados na gestão de administrações anteriores. Tanto no final do ano anterior como neste exercício chuvas torrenciais motivaram atrasos em obras e muitos transtornos por motivo de alagamentos. Muitos moradores viram suas casas invadidas pela água das chuvas e, diante de vias intransitáveis, se viram literalmente ilhados, o que sempre causa indignação.
Dia e noite o trânsito da cidade de Vila Velha para Vitória, capital do Estado, se faz pela Terceira Ponte ou pela Segunda Ponte e o movimento de veículos de passeio, de cargas e de passageiros é intenso: milhares e milhares de passageiros fazem este trajeto de ida e volta. Algumas faculdades, estabelecimentos de ensino médio e fundamental promovem a circulação de multidões de estudante. Na área da saúde, quase uma dezena de hospitais e outros tanto de postos de saúde prestam assistência médica aos munícipes de Vila Velha. Dezenas de templos católicos e outros tantos de igrejas evangélicas promovem encontros.
Outros fatos ocorrem em Vila Velha: o trabalho nas indústrias de transformação, no trabalho de intermediação. Enfim o cotidiano de Vila Velha reflete a movimentação viva de uma cidade do Estado do Espírito Santo
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