quarta-feira, 10 de junho de 2009

CONSTRUÇÕES E REFORMAS = DESPERDÍCIO

Quando se constrói algum imóvel há uma perda de materiais tornados entulhos para descarte: pedaços de madeira, cerâmicas, retalhos de vergalhões de aço, madeiras de taipa usadas, aparas de canos de rede hidráulica e dutos condutores de fios elétricos. No caso das reformas, o desperdício é, ainda, maior: paredes inteiras, revestimentos cerâmicos, instalações hidráulicas e elétricas completas, pisos, portas e esquadrias de madeiras e metálicas. Quase tudo, mesmo que esteja em bom estado de uso, é retirado e tornado entulho para ser descartado. Pouca coisa serve para ser reciclada: materiais metálicos ferrosos e não ferrosos são vendidos como sucata; enquanto que armações de paredes e seus revestimentos são descartados como entulhos, servindo apenas como ingredientes para aterro de terrenos baldios geralmente próximos do perímetro urbano.
Exemplo típico deste desperdício é visto com freqüência nas reformas seguidas de imóveis comerciais: fecha-se uma empresa comercial e, na alternância de empreendimento, quase tudo que se contém no recinto é demolido e substituído por outras divisões, revestimentos de pisos, de paredes, louças sanitárias, peças de mármores, de granitos, de gesso, forros de PVC, vitrines outros móveis alternativos. Assim, materiais seminovos e ainda utilizáveis são descartados como entulhos. A exemplo do que já ocorre com papéis, tecidos, plásticos, garrafas pet e vidros, há ainda muito a ser reciclado: pedaços de tijolos, cacos de telhas, pequenos retalhos de granito, de mármore, de gesso. Enfim rejeitos poderiam ser tornar matéria prima para a produção de outras utilidades. Um grave desperdício é o que descarta pedaços de madeira diretamente no lixo ou no fogo, deixando de lembrar que aquilo um dia foi coisa viva e fazia parte de alguma floresta.
Nunca seria tarde para conscientizar sobre a necessidade do uso racional dos recursos naturais, alguns renováveis (mas finitos) e outros definitivamente não. Neste grupo são classificados os recursos minerais, alguns abundantes na atualidade, tais como a água, o petróleo, as rochas portadoras de substâncias preciosas; outras apenas úteis para a estruturação e ornamentação de edificações. Estes recursos, especialmente a água potável já se percebe sua iminente escassez, fato preocupante para a humanidade. O petróleo, fonte energética natural de origem fóssil, segundo estimativas projetadas na década de 1970, já estaria extinto, mas sua existência também é finita. Cabe à humanidade desenvolver tecnologias de recursos energéticos alternativos para suprir as necessidades cuja demanda é crescente.
Resta-nos concluir que há muito a ser feito para que sejam evitados todos os desperdícios de materiais utilizados no ramos da construção civil, quer sejam das construções, das reformas ou de simples reparos.

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