A reflexão, a seguir, tem como visual a cidade de Vitória, Estado do Espírito Santo, e o conjunto de aglomerados urbanos chamados região metropolitana. Isto que ocorre por estas bandas e a reflexão que se faz, no que couber, talvez pudesse ser aproveitada para outros grandes centros.
Em quaisquer horários que nos dirijamos a Vitória, Vila Velha, Cariacica e Serra, estaremos diante de congestionamentos de veículos automotores, tanto autos de passeio, como de transporte coletivo e de cargas. Comenta-se que o problema passa pela construção de novas pontes, de túneis e de elevados. O que as ruas e os espaços urbanos não suportam é o elevado número, a cada vez mais presente nas ruas. Certamente, dizem, são coisas do progresso. Eu diria: é o preço que se paga pelo progresso.
Isso nos leva a reflexões sobre como poderiam ser adotadas providências simples, ora elevando o custo dos responsáveis maiores pelos transtornos, ora amenizando o custo das partes que se sentem as mais sacrificadas.
Maior conforto se destina aos usuários de automóveis de passeio, quase sempre, ocupados por apenas uma pessoa – somente o condutor, observando-se que extensas filas desses autos, tanto ocupam vias urbanas, pontes e estacionamentos, tanto aqueles oferecidos gratuitamente em locais públicos, nas praças de estabelecimentos comerciais e abarrotando as garagens das edificações residenciais e/ou comerciais – vê-se que não há mais onde estacionar, nem onde circular tantos veículos automotores.
Esse fato é coisa comum aos grandes centros populacionais, especificamente mais graves nas capitais e suas regiões metropolitanas. Isto torna a Grande Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, uma das metrópoles afetadas, pois as aglomerações urbanas espremem-se entre mar e montanhas. Atualmente os meios de se chegar à cidade de Vitória ou de sair dela é dotado ao todo de seis pontes, três das quais na parte sul e mesmo número na região norte.
Fala-se sobre a ampliação desse número de travessias, quer seja na construção de novas pontes e mesmo de túnel subaquático. São projetos que sequer tenham saído do papel em razão dos altos custos e de benefícios temporários.
Na região metropolitana de São Paulo e do Rio de Janeiro existem os metrôs, transportando milhões de passageiros, mas em Vitória, apesar de se ouvir falar vez outra sobre a implantação de um metrô de superfície, projeto ainda não tornado real, acredito, devidos aos altos custos, falta de praticidade e benefícios insignificantes.
No caso de São Paulo, houve tentativas de priorizar veículos para circular na cidade, baseado no número de final de placa. Houve benefícios, gerando insatisfação, às vezes, aos usuários finais. E o caos permanece real.
Quanto ao caso de Vitória, onde a frota cresce e as vias permanecem estáticas, imagino coisas a serem implementadas, se outras não existirem melhores. As seguintes:
1 – Transporte coletivo
- Isenção de pedágios;
- Reposição das gratuidades de passagens para idosos, gestantes e deficientes físicos, esses passes concedidos mediante prévio cadastro dos beneficiários;
- Redução nos preços das passagens pagas pelos usuários do sistema;
- Manutenção de meia passagem para estudantes, mediante apresentação da identidade estudantil (as sobras de passes poderão ser utilizadas após os períodos de férias, quando excederem o número de utilizações durante determinado período letivo);
2 – Táxis e veículos de transporte escolar, de transporte de trabalhadores, receberiam desconto de 50% dos valores devidos a título de pedágio.
3 – Automóveis particulares teriam 50% de desconto, quando trafegassem com número completo de assentos ocupados, nos demais casos, pagaria tarifa especial de até (cinco) vezes o preço normal de cada categoria do veículo de uso particular.
Há, ainda, a considerar para as hipóteses elencadas rigorosos estudos estatísticos para se chegar a números, visando menor quantidade de autos sobre as pontes, em circulação nas ruas e na ocupação de vagas de estacionamento.
Também estariam de isentos da cobrança de pedágios ambulâncias destinadas ao transporte de enfermos, viaturas do corpo de bombeiros e viaturas de uso policial.
Esta reflexão é coisa superficialmente tratada, tornando necessários estudos que visem proteção a idosos, gestantes, deficientes, policiais quando em serviço e outros que se encontrem ao abrigo das leis.
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