quarta-feira, 1 de abril de 2009

AUMENTO INOPORTUNO E GRAVE

Se não bastassem todos os efeitos nefandos da crise mundial, afetando de forma direta a economia brasileira, na concreta eliminação de postos de trabalho, inviabilizando exportações de produtos nacionais, quer sejam elas de origem primária ou produtos elaborados pela indústria nacional, as perdas de ganhos financeiros justos para redução dos custos de produção; a baixa dos juros, a redução das margens de lucratividade, tornadas necessárias para a conversão de ativos expressos em estoques de mercadorias, fazendo-os ativos financeiros para servirem ao cumprimento de compromissos com fornecedores e para garantia de meios para compras à vista.
Neste momento de gravidade financeira, o governo apregoa para que as classes de trabalhadores deixem de reivindicar recomposições salariais; de tal modo que haja preservação dos Empregos. As reduções de alíquotas de impostos, de juros e redução das margens de lucratividade. Tudo isso contribui inversamente no aumento do poder aquisitivos da massa salarial. Até aqui tudo bem; o que não se pode admitir é a extemporaneidade de como esse mesmo governo que, reconhecendo a gravidade da crise, induz a frenagem dos custos, repentinamente autoriza aumento nos preços dos medicamentos, a partir de hoje, 1º de abril. Não. Não é pegadinha de 1º de abril, não! O aumento é real e incide na maioria dos medicamentos considerados essenciais, porque são aqueles de uso continuado, especialmente para as enfermidades crônicas da clientela, na maioria, de portadores da terceira idade.
Pode ser até que tal medida já estivesse prevista, antes mesmo da existência da crise financeira mundial. Esperamos que também neste caso prevaleça o bom senso, norteador da justiça social. O que custa uma pequena renúncia daqueles sempre beneficiados com o infortúnio das classes menos favorecidas?

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