Não havia nada
que não fosse absolutamente branco.
Durante
festejos consecutivos de duas madrugadas, as vestimentas dos anfitriões e dos
convidados, os alimentos, as bebidas tinham igualmente o branco como cor única.
Serviam alimentos, provavelmente com os ingredientes de leite e seus derivados
juntamente com farináceos estritamente brancos.
Havia
convidados diversos: homens, mulheres, moças e crianças, vestindo roupas feitas
com tecidos impecavelmente brancos ou incolores, ocupando cadeiras e bancos em
espaços cujas paredes divisórias e tetos, que não contrastavam em nada: tudo
era branco mesmo.
O ambiente era
festivo e a decoração com móveis, lustres e, em tudo o mais, não havia
contrastes cromáticos. Eu vestia um terno de puro linho, daquele que tremulava
aos mais suaves movimentos e enamorei-me de Isabel, uma linda moça dotada de
imensa cabeleira, tal como flocos de algodão e, para não contrastar com toda
aquela brancura, suas vestes além do mesmo colorido exibiam um intenso brilho
prateado. Entre nós havia um relacionamento fraternamente cordial e sublime, um
verdadeiro êxtase coloquial. Em algum momento, ela dizia: - veja como aquela
jovem moça de branco tem o olhar fixo em você. Nisto desapareceu como se
tivesse se volatizado.
Nesses
encontros festivos, os alimentos consumidos tinham, posteriormente, trânsito
até atingir a finalização sem que perdessem a cor original...
Não houve
terceira madrugada nesses acontecimentos, pois foram interrompidos abruptamente
tal como é o costume.
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