Queiramos ou não, este é o mundo em que habitamos: seja harmonioso, hostil ou pacífico, este é nosso habitat. Por certo deveria ser harmonioso e pacífico, mas ao contrário, é hostil, tanto no sentido lato, como no estrito; não há como enxergar nossa moradia da maneira como nos foi legada, o Jardim do Édem. De lá, a maldade e a tentação demoníaca nos deixaram sem paz, harmonia e o estado de graça, que nos faziam criaturas pacíficas e contemplativas e semelhantes ao Criador.
Não sei se a evolução das espécies, ao invés de nos aperfeiçoar, fez regressão no comportamento, tornando-a cruelmente hostil e levada à prática de selvageria desmedida, especialmente contra os semelhantes. Observe-se que, animais ditos selvagens, apresentam abrandamento da ferocidade, tornando-se dóceis e domesticáveis; enquanto, nós humanos parecemos destinados ao inverso.
Basta que se leia apenas uma edição de jornal diário qualquer para que se verifique: as notícias são idênticas às do dia anterior e anteriores: a prática de crimes se sucede. São furtos, arrombamentos, assaltos, latrocínios, assassinatos, estupros, corrupção ativa e passiva, violência no âmbito familiar, violência no trânsito, golpes e tudo o que se possa imaginar de maldade contra os semelhantes. Parece que o gênio do mal está a vencer sempre.
De tudo isso, a que causas se pode explicar? O ser humano faz o meio em que vive ou sua vida é fruto desse ambiente? O assunto é por demais complexo, mas causas como educação infanto-juvenil, punições penais e ressocialização dos infratores.
Punição penal e ressocialização não devem ser entendidas como superlotações prisionais e falta de ocupação laboral dos detentos; Na verdade, as práticas criminais estão fora do controle e já passam do momento de o Estado se preocupar e tomar atitudes a fim de evitar que o crime se torne um poder paralelo, por enquanto; podendo, inclusive, oficializar-se como poder principal.
Nunca é demais apelar para que a sociedade organizada pense e aja no tempo devido, e com urgência.
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